O Homem-Espiritual vol3- Watchman-Nee - Igreja em Feira de ...
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sar <strong>em</strong> outros assuntos.<br />
Quando o inimigo ataca a mente do cristão, este<br />
t<strong>em</strong> dificulda<strong>de</strong> para ouvir os outros. Muitas vezes ele<br />
per<strong>de</strong> palavras, e até mesmo frases. Para escutar com<br />
atenção, precisa franzir a testa, tentando compreen<strong>de</strong>r<br />
o que os outros estão querendo dizer. Às vezes, <strong>de</strong>ixa<br />
<strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r até as palavras mais simples. A mensag<strong>em</strong><br />
chega <strong>de</strong>turpada aos seus ouvidos. Tudo isso se<br />
<strong>de</strong>ve a uma perturbação da mente. Os espíritos malignos<br />
provocam um entendimento preconcebido da<br />
mensag<strong>em</strong>, que eles interpretam previamente. Por essa<br />
razão, muitos crentes são avessos a ouvir o que os<br />
outros têm a dizer. Antes que termin<strong>em</strong>os <strong>de</strong> falar, estão<br />
eles nos interrompendo impacient<strong>em</strong>ente. É que os<br />
espíritos malignos já colocaram na mente <strong>de</strong>les inúmeros<br />
pensamentos, e quer<strong>em</strong> que eles os consi<strong>de</strong>r<strong>em</strong>,<br />
e pass<strong>em</strong> a divulgá-los logo <strong>em</strong> seguida. Em verda<strong>de</strong>,<br />
tais indivíduos estão ouvindo tanto o que se diz <strong>em</strong><br />
seu interior como fora. Dentro, estão as insinuações<br />
do inimigo; fora, o que outro está falando. A voz interior<br />
é mais forte do que a que chega aos seus ouvidos.<br />
Desse modo, eles têm dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> ouvir o que v<strong>em</strong><br />
<strong>de</strong> fora. Tais sintomas <strong>de</strong> <strong>de</strong>satenção são uma prova<br />
<strong>de</strong> que os el<strong>em</strong>entos satânicos ocuparam o coração <strong>de</strong>les.<br />
Os crentes, às vezes, passam por essa experiência.<br />
E enquanto não for<strong>em</strong> libertos da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses espíritos,<br />
serão incapazes <strong>de</strong> concentrar-se.<br />
Essa perturbação mental costuma levar os cristãos<br />
a abanar a cabeça, num esforço para se livrar<strong>em</strong> <strong>de</strong>sses<br />
pensamentos angustiantes. Precisam falar <strong>em</strong> voz<br />
alta consigo mesmos, para produzir uma impressão<br />
<strong>em</strong> sua mente. Caso contrário, não vão enten<strong>de</strong>r nada,<br />
pois ela está obscurecida. Mais ainda, essas pessoas<br />
precisam ler <strong>em</strong> voz alta, para conseguir pensar no<br />
que estão lendo.<br />
INATIVIDADE<br />
Quando a mente do cristão sofre um ataque violento,<br />
per<strong>de</strong> a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pensar. Cai quase completamente<br />
nas mãos <strong>de</strong> espíritos malignos, <strong>de</strong> modo que<br />
seu dono não po<strong>de</strong> mais utilizá-la. Não consegue pensar,<br />
ainda que queira, pois se tornou incapaz <strong>de</strong> iniciar<br />
qualquer pensamento próprio. Na realida<strong>de</strong>, miría<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> pensamentos passam por sua mente, s<strong>em</strong> qualquer<br />
controle e s<strong>em</strong> que ele possa <strong>de</strong>tê-los, para começar os<br />
seus. As idéias <strong>de</strong> fora são irresistíveis, a ponto <strong>de</strong> não<br />
lhe permitir consi<strong>de</strong>rar as suas próprias. Ele po<strong>de</strong> até<br />
achar um espaço na mente, on<strong>de</strong> inserir seu pensamento,<br />
mas logo <strong>de</strong>scobre que é muito <strong>de</strong>sgastante<br />
continuar pensando. As muitas vozes e os muitos assuntos<br />
que lá se encontram sufocam a sua própria. Para<br />
que alguém pense, <strong>de</strong>ve possuir m<strong>em</strong>ória, imaginação<br />
e po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> raciocínio. O crente, no entanto, já<br />
per<strong>de</strong>u essas faculda<strong>de</strong>s, por isso não consegue pensar.<br />
Está <strong>de</strong>stituído da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criar, <strong>de</strong>duzir,<br />
l<strong>em</strong>brar, comparar, julgar e apreen<strong>de</strong>r. Desse modo,<br />
não po<strong>de</strong> pensar. Se ele insistir, vai sentir uma espécie<br />
<strong>de</strong> sensação confusa que sufoca qualquer pensamento<br />
produtivo.<br />
Com o processo mental cativo, o cristão naturalmente<br />
<strong>de</strong>senvolve um ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nado e<br />
<strong>de</strong>sequilibrado. Para ele, um montículo é como se fosse<br />
uma montanha. Tudo lhe parece tão difícil quanto<br />
subir ao céu por uma escada. Passa a ter medo <strong>de</strong><br />
qualquer coisa que lhe exija pensar. Não gosta <strong>de</strong> relacionar-se<br />
com outros, porque isso exige d<strong>em</strong>ais <strong>de</strong>le.<br />
T<strong>em</strong> a sensação <strong>de</strong> que, se quiser manter regularmente<br />
um bom <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho nas tarefas diárias, precisa<br />
dar a vida. Acha-se preso por uma ca<strong>de</strong>ia intangível,<br />
que os outros não consegu<strong>em</strong> ver. Sente-se tão<br />
mal quanto um escravo que quer fugir e não consegue.<br />
Esses cristãos viv<strong>em</strong> como que sonhando. Desperdiçam<br />
seu t<strong>em</strong>po, pois não têm pensamentos úteis,<br />
n<strong>em</strong> imaginação, raciocínio ou consciência. Quando a<br />
mente é tomada <strong>de</strong> assalto, a vonta<strong>de</strong>, que obe<strong>de</strong>ce ao<br />
seu comando, fica automaticamente comprometida.<br />
Os crentes, então, tornam-se passivos, permitindo que<br />
as circunstâncias os jogu<strong>em</strong> para lá e para cá, s<strong>em</strong> tomar<strong>em</strong><br />
nenhuma <strong>de</strong>cisão própria. Cheios <strong>de</strong> pensamentos<br />
conturbados e s<strong>em</strong> paz, não consegu<strong>em</strong> romper<br />
esse cativeiro para tornar<strong>em</strong>-se livres. Parece que<br />
estão presos por algo que não consegu<strong>em</strong> ver. Têm<br />
vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer muitas coisas; quando tentam, porém,<br />
uma compulsão opressora os leva a <strong>de</strong>sistir, pois,<br />
aos seus olhos, todas as tarefas se tornaram impossíveis.<br />
Para eles, a vida é uma sucessão <strong>de</strong> obstáculos<br />
intransponíveis. Po<strong>de</strong>rão, por acaso, estar satisfeitos?<br />
Esse tipo <strong>de</strong> inativida<strong>de</strong> é muito diferente da natural.<br />
Se o probl<strong>em</strong>a da mente é apenas passivida<strong>de</strong>, é<br />
possível ativá-la a qualquer instante. No entanto, se a<br />
inativida<strong>de</strong> do cérebro for <strong>de</strong>vida à opressão <strong>de</strong> espíritos<br />
malignos, não adianta tentar, A pessoa simplesmente<br />
não consegue pensar! Parece que a cabeça está<br />
afundando sob o peso <strong>de</strong> uma carga pesada! É isso<br />
que acontece quando os processos mentais estão profundamente<br />
afetados por espíritos malignos.<br />
A inativida<strong>de</strong> mental também é causada pela preocupação<br />
constante <strong>de</strong> que muitos crentes sofr<strong>em</strong>. Se<br />
nos colocarmos no lugar <strong>de</strong>les, certamente ver<strong>em</strong>os<br />
que esses irmãos têm tudo para estar satisfeitos e ser<br />
felizes. A realida<strong>de</strong>, porém, é que estão cheios <strong>de</strong> preocupações<br />
e <strong>de</strong> pensamentos angustiantes. Se lhes<br />
perguntarmos por que estão assim, logo ver<strong>em</strong>os que<br />
para eles nada está bom. Se os aconselharmos a se livrar<strong>em</strong><br />
<strong>de</strong>sses probl<strong>em</strong>as, vão se achar completamente<br />
incapazes. Eles mesmos não entend<strong>em</strong> o porquê <strong>de</strong>sse<br />
estado <strong>de</strong> coisas. Parece que estão afundando <strong>em</strong> um<br />
pântano do qual não consegu<strong>em</strong> sair sozinhos. Tão<br />
acostumados estão a viver<strong>em</strong> preocupados que não<br />
têm mais forças para superar essa situação. Com certeza,<br />
isso é a mão do inimigo. Se fosse uma preocupa-