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O Homem-Espiritual vol3- Watchman-Nee - Igreja em Feira de ...

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momento da tentação e da prova, <strong>de</strong>scobr<strong>em</strong> que ter<br />

uma vonta<strong>de</strong> submissa não é o mesmo que ter uma<br />

vonta<strong>de</strong> <strong>em</strong> harmonia com Deus. Perceb<strong>em</strong>os que ausência<br />

<strong>de</strong> resistência não significa necessariamente<br />

ausência <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> própria. Qu<strong>em</strong> é que não se preocupa<br />

<strong>em</strong> ter algum ganho, ou não guarda um pouco<br />

para si mesmo? Qu<strong>em</strong> é que não <strong>de</strong>seja ouro e prata,<br />

honra, liberda<strong>de</strong>, alegria, vantag<strong>em</strong>, posição ou qualquer<br />

outro b<strong>em</strong>? Pod<strong>em</strong>os até pensar que não nos importamos<br />

n<strong>em</strong> um pouco com esses valores. Enquanto<br />

os possuímos, pod<strong>em</strong>os até não ter consciência do<br />

domínio que eles exerc<strong>em</strong> sobre nós. Entretanto, assim<br />

que sentimos que corr<strong>em</strong>os o risco <strong>de</strong> perdê-los,<br />

<strong>de</strong>scobrimos o quanto <strong>de</strong>sejamos conservá-los. Uma<br />

vonta<strong>de</strong> submissa po<strong>de</strong> concordar com a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Deus <strong>em</strong> muitas ocasiões, mas s<strong>em</strong>pre há um dia <strong>em</strong><br />

que t<strong>em</strong>os <strong>de</strong> enfrentar uma luta ferrenha entre a nossa<br />

vonta<strong>de</strong> própria e a <strong>de</strong> Deus. E se a graça divina não<br />

realizar uma obra mais completa <strong>em</strong> nós, dificilmente<br />

vencer<strong>em</strong>os.<br />

A conclusão óbvia, a partir daí, é que não pod<strong>em</strong>os<br />

achar que uma vonta<strong>de</strong> submissa seja a perfeição <strong>de</strong>sejada.<br />

Embora ela esteja quebrantada e <strong>de</strong>stituída <strong>de</strong><br />

forças para resistir a Deus, ainda precisa estar <strong>em</strong><br />

harmonia com ele. Obviamente, t<strong>em</strong>os <strong>de</strong> reconhecer<br />

que chegar ao ponto <strong>de</strong> não termos forças para resistir<br />

a Deus já é fruto <strong>de</strong> sua maravilhosa graça. Costumamos<br />

dizer que uma vonta<strong>de</strong> submissa já está morta.<br />

Todavia, estritamente falando, ela ainda possui um fio<br />

<strong>de</strong> vida que não foi quebrado. Continua a existir nela<br />

uma inclinação secreta, uma admiração oculta pelo<br />

antigo modo <strong>de</strong> viver. É por isso que há ocasiões <strong>em</strong><br />

que ela obe<strong>de</strong>ce ao Senhor com menos alegria, menos<br />

entusiasmo e menor diligência. Apesar <strong>de</strong> obe<strong>de</strong>cer à<br />

vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus, permanece ainda uma diferença <strong>de</strong><br />

gosto que se manifesta <strong>em</strong> diversas situações. Se a essência<br />

do ego tivesse sido inteiramente aniquilada,<br />

nossa atitu<strong>de</strong> para com a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus seria exatamente<br />

a mesma <strong>em</strong> qualquer situação. Qualquer variação<br />

na prontidão, no sentimento e no esforço para<br />

obe<strong>de</strong>cer revela que não há perfeita harmonia entre<br />

nossa vonta<strong>de</strong> e a <strong>de</strong> Deus.<br />

Bons ex<strong>em</strong>plos <strong>de</strong>ssas duas condições da vonta<strong>de</strong><br />

são a mulher <strong>de</strong> Ló, os israelitas e o profeta Balaão.<br />

Pod<strong>em</strong>os dizer que, quando a esposa <strong>de</strong> Ló saiu <strong>de</strong><br />

Sodoma, quando os israelitas <strong>de</strong>ixaram o Egito, e<br />

quando Balaão abençoou a Israel, estavam obe<strong>de</strong>cendo<br />

à vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus. Todos foram submissos ao Senhor,<br />

e não seguiram sua própria opinião. Mesmo assim,<br />

sua inclinação interior não se achava <strong>em</strong> harmonia<br />

com ele. Por isso, terminaram <strong>em</strong> fracasso. Muitas<br />

vezes, a direção dos nossos passos é correta, mas, lá no<br />

fundo, nosso coração não está <strong>em</strong> harmonia com Deus.<br />

Assim, acabar<strong>em</strong>os fracassando.<br />

O CAMINHO PARA A VITÓRIA<br />

Deus não po<strong>de</strong> nos obe<strong>de</strong>cer. Ele é qu<strong>em</strong> quer nossa<br />

obediência a ele, isto é, à sua vonta<strong>de</strong>. E nenhuma outra<br />

atitu<strong>de</strong>, por mais nobre, importante e indispensável<br />

que seja po<strong>de</strong> substituir essa obediência. O que ele <strong>de</strong>seja<br />

é que façamos sua vonta<strong>de</strong>. Ele mesmo a faz e exige<br />

que a façamos também. S<strong>em</strong>pre que o ego do hom<strong>em</strong><br />

está presente, Deus só vê corrupção. Os atos que<br />

praticamos sob a direção do Espírito Santo são bons e<br />

proveitosos. Os mesmos atos praticados só pelo hom<strong>em</strong><br />

têm seu valor grand<strong>em</strong>ente reduzido. Em conseqüência,<br />

o ponto car<strong>de</strong>al <strong>de</strong> tudo não é a intenção do<br />

hom<strong>em</strong> n<strong>em</strong> a natureza das coisas, mas simplesmente a<br />

vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus. Esse é o primeiro ponto que <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os<br />

ter <strong>em</strong> mente.<br />

Vejamos agora como a vonta<strong>de</strong> do hom<strong>em</strong> po<strong>de</strong><br />

entrar <strong>em</strong> sintonia com a <strong>de</strong> Deus. Como é que pod<strong>em</strong>os<br />

tirar a vonta<strong>de</strong> própria do centro <strong>de</strong> nossa vida, colocando<br />

<strong>em</strong> seu lugar a <strong>de</strong> Deus? Tudo gira <strong>em</strong> torno da<br />

vida natural. Quanto mais inflexíveis formos com respeito<br />

ao controle <strong>de</strong> nossa alma, maior será nossa união<br />

com Deus. E o que mais impe<strong>de</strong> essa união é a energia<br />

da alma. Quanto mais esmagarmos a vitalida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> nossa alma, mais nossa vonta<strong>de</strong> se centralizará <strong>em</strong><br />

Deus. Nossa nova vida nos inclina <strong>em</strong> direção a ele,<br />

mas o velho modo <strong>de</strong> ser da alma a sufoca. O que t<strong>em</strong>os<br />

a fazer para chegarmos ao ápice da espiritualida<strong>de</strong><br />

é abandonar a natureza própria da alma, <strong>de</strong>ixando-a<br />

morrer.<br />

O hom<strong>em</strong> s<strong>em</strong> Deus está perdido e qualquer coisa fora<br />

<strong>de</strong> Deus é vã. Tudo o que está fora <strong>de</strong> Deus provém<br />

da carne. Qualquer força ou pensamento que não seja<br />

do Senhor constitui maldição. Dev<strong>em</strong>os negar nossa<br />

própria força e também nossos prazeres. T<strong>em</strong>os <strong>de</strong> negar-nos<br />

a nós mesmos por completo, <strong>em</strong> todas as dimensões<br />

<strong>de</strong> nossa vida. Não pod<strong>em</strong>os fazer nada por<br />

nós mesmos, mas t<strong>em</strong>os <strong>de</strong> confiar <strong>em</strong> Deus, <strong>em</strong> qualquer<br />

circunstância. Precisamos avançar passo a passo,<br />

seguindo o caminho <strong>de</strong> Deus, esperando o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong>le<br />

e satisfazendo as condições divinas. Dev<strong>em</strong>os receber<br />

voluntariamente a força, a sabedoria, a justiça e a obra<br />

que Deus nos dá. Reconheçamos o Senhor como a<br />

fonte <strong>de</strong> todas as coisas. Assim, alcançar<strong>em</strong>os a harmonia<br />

<strong>de</strong>sejada.<br />

Isso é realmente a "porta estreita", o "caminho apertado".<br />

Ela é apertada e difícil porque a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Deus <strong>de</strong>ve ser o padrão para cada passo. Existe apenas<br />

uma regra: não dar lugar ao ego. Qualquer <strong>de</strong>sobediência<br />

aí nos afasta do caminho. Contudo é possível obe<strong>de</strong>cer.<br />

A medida que quebramos os hábitos, gostos,<br />

<strong>de</strong>sejos e anseios da alma, sua natureza própria se <strong>de</strong>sfaz<br />

e cessa nossa resistência ao Senhor. Como é lamentável<br />

que tantos cristãos nunca tenham passado por<br />

essa porta, n<strong>em</strong> trilhado esse caminho! Outros já entraram,<br />

mas não prosseguiram andando pacient<strong>em</strong>ente.<br />

Esse período difícil po<strong>de</strong> ser longo ou curto, mas só

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