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O Verbo e a Carne

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O <strong>Verbo</strong> e a <strong>Carne</strong> – 2 Análises do Roustainguismo ______________________________________________ 13<br />

Os autores espirituais de Os Quatro Evangelhos tratam este problema<br />

nos termos e na linha de pensamento de Kardec. Nada dizem de novo, nada<br />

revelam. Mas há uma novidade: a confusão que estabelecem nos seus<br />

comentários dando a impressão de que o fatalismo preside a vida humana na<br />

Terra. Apercebendo-se disso, passam então a fazer advertências contra a interpretação<br />

errônea do que afirmam: "Não vejais, nestes pontos de vista, nenhuma<br />

fatalidade...”. E esse aviso só serve para mais confundir o problema.<br />

A revelação da revelação nada revela nesse assunto, como se pode ver<br />

no texto. Limita-se a repetir princípios doutrinários que Roustaing já havia<br />

aprendido ao ler O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns. Mas ajunta à<br />

repetição algumas hipóteses absurdas e improváveis que os discípulos e<br />

seguidores do "mestre" acreditam ser verdades reveladas. Entre essas a de que<br />

a mudez de Zacarias foi produzida pelo anjo, que impregnou a sua língua de<br />

fluidos magnéticos, tornando-a pesada...<br />

VI<br />

O CORPO FLUÍDICO DE JESUS<br />

A teoria central do Roustainguismo é a do corpo fluídico de Jesus,<br />

que não possuis corpo carnal como nós. Vejamos como se explica nos textos a<br />

formação desse corpo:<br />

“Jesus houvera podido, unicamente por ato exclusivo da sua<br />

vontade, atraindo a si os fluídos ambientes necessários constituir o<br />

perispírito ou corpo fluídico tangível que vestiu para surgir no vosso<br />

mundo sob o aspecto de uma criancinha. Maria, porém, antes da sua<br />

encarnação, pedira, por devotamento e por amor, a graça de<br />

participar da obra de Jesus, atraindo, pela emanação de seus fluidos<br />

perispiríticos, os fluidos ambientes necessários à constituição daquele<br />

perispírito".<br />

"Dessa maneira se tinha que verificar a sua cooperação, mas de<br />

forma para ela inconsciente, porquanto o estado de encarnação<br />

humana lhe não permitia lembrar-se. Assim, ao aproximar-se o<br />

momento final da sua gravidez aos olhos dos homens, ela,<br />

inconscientemente, mas ardendo no desejo de cumprir a missão que o<br />

Senhor lhe revelara por intermédio do anjo ou espírito superior que lhe<br />

fora enviado, estabeleceu, pela emanação dos fluídos do seu perispírito,<br />

uma irradiação simpática que atraiu os fluídos necessários à formação<br />

do corpo fluídico de Jesus".<br />

"Nenhum efeito, entretanto, teria produzido a ação inconsciente de<br />

Maria, sem a intervenção da vontade daquele que ia descer ao vosso<br />

mundo. Jesus, pois, constituiu, ele próprio, pela ação da sua vontade, o<br />

perispírito tangível e quase material que se tornou, tendo-se em vista o<br />

planeta que habitais, um corpo relativamente semelhante ao vosso".<br />

(Tomo I - cap. I - Anunciação)<br />

Este pequeno trecho revela uma ingenuidade assustadora. O que fez<br />

Maria nesse episódio? Encarnou-se na Terra para fingir de mãe, esqueceu-se do<br />

papel que ia desempenhar – pois era médium inconsciente... – mas agiu<br />

inconscientemente atraindo os fluídos na esperança de representá-lo. Entretanto, no<br />

momento decisivo, Jesus teve de intervir e constituir ele mesmo o seu corpo fluídico,

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