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DIA 20 DE OUTUBRO - Redetec

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propriedade intelectual, na verdade, tem um papel muito localizado como um dos elementos<br />

que compõem o regime de apropriabilidade nesse resultado final do inovador.<br />

Só mais duas questões rápidas. Eu acho muito interessante essa discussão e coloco<br />

esses dois slides finais por conta disso. Em <strong>20</strong>06, a revista Research Policy, a mesma<br />

revista que publicou o artigo original, fez uma edição comemorativa de vinte anos do artigo.<br />

O artigo do Teece foi um dos artigos mais citados ao longo de todo esse tempo nesta revista<br />

em particular. Eles fizeram uma edição especial, onde vários autores da área destacaram,<br />

comentaram a contribuição do Teece. Nesse número especial, há uma contribuição<br />

interessante de Pisano, que usa a idéia de Teece sobre o regime de apropriabilidade e da<br />

posição dos ativos complementares, e inverte os termos da questão. Em vez de considerar<br />

que o regime de apropriabilidade é dado e que a empresa, então, busca a melhor estratégia<br />

em relação aos ativos complementares, ele descreve e explica o inverso. Os agentes<br />

constatam a sua posição em relação aos ativos complementares, e em função dessa<br />

posição, eles buscam fazer uma estratégia de propriedade intelectual de apropriabilidade.<br />

Essa é uma discussão bem interessante para localizar o fato de que um regime de<br />

propriedade intelectual fraco não necessariamente é ruim do ponto de vista privado, porque<br />

ele pode ser bom para o imitador, por exemplo, e vice­versa. O regime de apropriabilidade<br />

forte não é necessariamente ruim do ponto de vista do interesse público. Esse artigo de<br />

Pisano coloca questões bem interessantes para se discutir com mais profundidade o papel<br />

da propriedade intelectual e como ela pode ser usada.<br />

Enfim, era isso que eu queria passar para vocês, as mais variadas espécies de<br />

estratégias das empresas, cujos efeitos não podemos, de modo algum, tomar como<br />

absolutos, destacando a ambigüidade dos efeitos da propriedade intelectual. Muito obrigada.<br />

JOSÉ LAVAQUIAL<br />

Boa tarde. É um prazer estar aqui expondo um pouco do que estamos fazendo para<br />

vocês. Meu nome é José Lavaquial, sou gestor de uma parcela do Fundo Criatec,<br />

especificamente da parte que está aqui no Rio, e vou mostrar um pouco do que fazemos e<br />

no quanto acreditamos ser importante a questão da propriedade intelectual nos<br />

investimentos que fazemos.<br />

Antes de começar, eu queria colocar a visão central de propriedade intelectual para o<br />

Criatec, que é uma ferramenta pela qual garantimos ou tentamos garantir o controle sobre o<br />

conhecimento que está contido naquela empresa em que estamos pretendendo investir. De<br />

forma nenhuma ela é um fim, mas é com certeza um meio através do qual procuramos<br />

proteger o conhecimento. Acreditamos que nesse mundo da tão falada economia do<br />

conhecimento, da importância do conhecimento, fabricar alguma coisa é cada vez mais uma<br />

commodity e dominar o conhecimento que permite essa fabricação é a nossa questão<br />

estratégica.<br />

O fundo Criatec dedica­se à compra de participação em empresas, em empresas<br />

novas, empresas nascentes, inovadoras, operando através de regionais. Operamos no<br />

Brasil inteiro, centrado nos lugares onde acreditamos existir uma boa relação entre<br />

produção de conhecimento e ausência de investidores.<br />

As nossas áreas de interesse são agronegócios, biotecnologia, energia, tecnologia<br />

da informação, nanotecnologia e novos materiais. Somos um fundo de dez anos, cujos<br />

cotistas são dois: o BN<strong>DE</strong>S e o Banco do Nordeste. Nosso compromisso é de investir cem<br />

milhões de reais em cinqüenta empresas pelo Brasil. Desses dez anos, durante os primeiros<br />

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