17.04.2013 Views

t?^ história SI - Centro de Documentação e Pesquisa Vergueiro

t?^ história SI - Centro de Documentação e Pesquisa Vergueiro

t?^ história SI - Centro de Documentação e Pesquisa Vergueiro

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

PcUfriCÂ PARTIP/TRIA RESENHA - 1^<br />

R essuseitando<br />

a proposta <strong>de</strong> coligação<br />

com o PMDB OT ww.«o<br />

"Por dcllb«riiv*o do Diretó-<br />

rio Ectadurü, HüMO partido em<br />

Sio Paulo íIàII aceita ocupar<br />

qualquer cargo <strong>de</strong> conflança<br />

nomeado pelo governo Mon-<br />

(oro, no entanto, pela mmma<br />

<strong>de</strong>llberaçio, o partido po<strong>de</strong>rá<br />

aceitar participar em qual-<br />

quer cargo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que te trate<br />

<strong>de</strong> uma Indlca^i» por proeca-<br />

to <strong>de</strong> eleiçio <strong>de</strong> baixo para<br />

cima".<br />

Koi lundametiulmente este<br />

argumento, cuntidu numa no-<br />

la il.i Executiva h^taüuai, que<br />

serviu <strong>de</strong> base para que 26<br />

iiKTiihros dos Hí que outnpôem o<br />

diretório estadual (27 se en-<br />

contravam ausentes) <strong>de</strong>libe-<br />

rassem que o PT <strong>de</strong> Sàu Paulo<br />

<strong>de</strong>ve aceitar a parlicipavto no<br />

governo Montoni. Apesar <strong>de</strong><br />

PRULQ DETRRan<br />

• E eis que leio, na manchete <strong>de</strong><br />

"Tribuna da Imprensa" (Rio), o se-<br />

guinte: "PT acusa Tancredo e Brizola<br />

<strong>de</strong> cúmplices do regime militar." Pois<br />

multo bem. Trato, Imediatamente, <strong>de</strong><br />

ler os <strong>de</strong>mais Jornais, tanto do Rio<br />

como <strong>de</strong> São Paulo, tentanto encon-<br />

trar a integra da palpitante nota.<br />

Nada. Nenhuma linha. Só mesmo a<br />

"Tribuna", que é dirigida por Hélio<br />

Fernan<strong>de</strong>s — e que Inclusive apoiou o<br />

golpe <strong>de</strong> 1964 — teve a bonda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

registrar a posição do que se conven-<br />

cionou chamar <strong>de</strong> "Partidos dos<br />

Trabalhadores". (Atenção revisão: é<br />

com aspas mesmo.)<br />

• Isto, penso, vale um pouco <strong>de</strong><br />

raciocínio em torno do que vem acon-<br />

tecendo com o PT. £ natural que te-<br />

mos, os <strong>de</strong>mocratas, uma sincera e<br />

solidária simpatia pelo Partido criado<br />

por Lula. Mas Isto, creio, não po<strong>de</strong>rá<br />

nos Impedir <strong>de</strong> crer que, cada vez<br />

mais, esse grupo merguojha numa es-<br />

pécie <strong>de</strong> auto<strong>de</strong>strulçãò. Se vocês ten-<br />

tarem puxar pela memória, obser-<br />

varão que hã um ano atrás, até menos,<br />

qualquer nota do PT causava gran<strong>de</strong><br />

reboliço. Era uma coisa danada. O PT<br />

dizia que água era terra e lá vinha, no<br />

dia seguinte, o assunto em manchete.<br />

Hoje, passado algum tempo, Isso não<br />

merece nem mesmo uma linha <strong>de</strong><br />

página interna.<br />

• Oque houve? Ê claro que os mem-<br />

bros do partido voltarão a tocar na<br />

velha tecla <strong>de</strong> que a Imprensa, em<br />

gerai, só pensa em sabotar o PT. E<br />

fato que Isto Já aconteceu — especial-<br />

mente nos tempos em que o grupo <strong>de</strong><br />

Lula surgia como a gran<strong>de</strong> novida<strong>de</strong><br />

lalur na recusa em ocupar<br />

cargof dt- confiança, na ver<br />

da<strong>de</strong> « que st estabelece como<br />

único critério, para qualquer<br />

cargo conforme du. a nota, é<br />

ser ii posto resultado ou nào<br />

<strong>de</strong> uma "indicavâo por pro-<br />

cesso ile elciçàa <strong>de</strong> baixo para<br />

cima"<br />

Colocando as coisas <strong>de</strong>s<br />

ta forma, <strong>de</strong>liberadamente se<br />

lança uma cortina <strong>de</strong> fumada<br />

naquilo que é <strong>de</strong>term r.anlc no<br />

caso <strong>de</strong> uma secretaria gover-<br />

namcntal: indicado "por bai-<br />

xo ou por cima", um secretá-<br />

rio está assumindo um cargo<br />

<strong>de</strong> confiança do prefeito ou<br />

governador — assim como um<br />

ministro no caso do governo<br />

fe<strong>de</strong>ral. A partir do momento<br />

<strong>de</strong> sua posse, portanto auto<br />

maticamente, o indicado sr<br />

encontra subordinado ao cbe<br />

fc ilo governo ao programa c<br />

planos do pai lido a que este<br />

pertencer.<br />

Neste sentido, nào bá como<br />

escon<strong>de</strong>r que aceitar a secre<br />

laria da KABES implica neces-<br />

sariamente em fa/er o PT<br />

governar junto com o PMDB<br />

em subordinar o partido ao<br />

progiama <strong>de</strong> Monioro e nâo<br />

ao do PT ou mesmo das<br />

I poucas) bases que por ven-<br />

tura participem <strong>de</strong> algum<br />

processo <strong>de</strong> 'cUxâo' Em<br />

palavras claras, aceitar a par<br />

ticipavâo na PABHS significa<br />

ressuscitar a proposta <strong>de</strong> coli-<br />

gava., do PT com o PMDB,<br />

que foi esmagadoramente re<br />

leitada nas conveaçfla que o<br />

partido já reali/ou.<br />

Dma situa»,So diferente se<br />

colocaria ptn exemplo, no<br />

caso da paiticipaváo em uma<br />

elelivài' <strong>de</strong>mocritica para u<br />

diretor <strong>de</strong> um liospiial como o<br />

das Clinicas ou então para a<br />

reiloria ou diretoria <strong>de</strong> uni-<br />

versida<strong>de</strong> ou faculda<strong>de</strong>s pú<br />

blicas. Aqui os cargos em<br />

queslAo não Ia/em parte da<br />

equipe .entrai <strong>de</strong> governo,<br />

não >>ão postos <strong>de</strong> confiança.<br />

PT, Saudações<br />

dos anos 80, com capacida<strong>de</strong> para<br />

<strong>de</strong>sestabillzar o sistema pol/tl-<br />

co/eleltoral a que o Pais seria con-<br />

duzido a partir da abertura. Mas o<br />

tempo passou, as eleições se reali-<br />

zaram e. agora, o PT é uma ausência<br />

permanente dos Jornais. Sabotagem?<br />

Agora, não. È a falta <strong>de</strong> competência<br />

que o partido tem <strong>de</strong>monstrado no dla-<br />

a-dla.<br />

• Vale observar: a UDN (União<br />

Democrática Nacional) era, há anos,<br />

um gran<strong>de</strong> fracasso eleitoral mantido<br />

pelas suas absurdas e pobres vestals.<br />

Foi um Partido que <strong>de</strong>spontou para o<br />

anonimato. Fantasiada <strong>de</strong> liberal, a<br />

UDN era um dos mais abjetos exem-<br />

plos da pregação golpista e antlpo-<br />

puiar. Foi â falência com tal Índice <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>scrédito que acabou por ser <strong>de</strong>s-<br />

prezada até mesmo pelo golpe <strong>de</strong> 64.<br />

que preferiu criar "quadros" novos<br />

(geralmente ver<strong>de</strong>-oliva) a encampar<br />

aquele grupo <strong>de</strong> fracassados.<br />

• Mas. ainda assim, a UDN conti-<br />

nuou a ter seu espaço nos Jornais. Dela<br />

se falava como se fosse uma coisa im-<br />

portante e não apenas uma imagem<br />

nítida do fracasso e da frustração. E<br />

também é verda<strong>de</strong> que. da mesma for-<br />

ma, colhendo <strong>de</strong>rrotas após <strong>de</strong>rrotas,<br />

os partidos ainda menores, como o PL<br />

(Partido Libertador), <strong>de</strong> Raul Pilla.<br />

ou o PRP (Partido <strong>de</strong> Representação<br />

Popular), <strong>de</strong> Plínio Salgado, conti-<br />

nuaram a ter cobertura — sendo que<br />

este último tentara até mesmo a ação<br />

terrorista em ca<strong>de</strong>la para fazer com<br />

que o governo brasileiro entrasse na<br />

política Internacional <strong>de</strong> Hltler. Chega<br />

A rcliiljfrú uutwiioimj .,,,,.<br />

eles po<strong>de</strong>m vn .i gu/,ar poi esta<br />

situação po<strong>de</strong> permitir que<br />

sejam postas em prática algu<br />

mas rvcilidas cofrenlrs com o<br />

prugraiiM do candidain elciio t<br />

<strong>de</strong> .unido am .i vonuule d;i IMM.-<br />

que participou do processo <strong>de</strong><br />

eleição.<br />

De tudo iw fica claro como<br />

água que a única maneira <strong>de</strong><br />

lazer prevalecei verda<strong>de</strong>ira<br />

mente a vonta<strong>de</strong> da base na<br />

escolha <strong>de</strong> uma secretaria<br />

municipal é arrancando, no<br />

caso <strong>de</strong> S.Paulo, a eleição<br />

direta para o prefeito da<br />

capital Pois é intervindo na<br />

escolha do prefeito que se<br />

po<strong>de</strong>rá interferir <strong>de</strong> fato na<br />

escolha e na atuuvão <strong>de</strong><br />

qualquer secretário. f{ este<br />

combate, por eleiv

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!