t?^ história SI - Centro de Documentação e Pesquisa Vergueiro
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RLPRES5PQ HhShNHA - 19<br />
CQNTINURÇRatNDB PORDEB<br />
contava com especialistas como o<br />
falecido <strong>de</strong>legado Fleury. A cria<br />
ção dos centros <strong>de</strong> informações foT<br />
<strong>de</strong>liberada numa reunião da cúpula<br />
militar em 1969, quando foi traça<br />
do o Plano <strong>de</strong> Segurança Internar<br />
traduzido <strong>de</strong>pois no Manual <strong>de</strong> Segu<br />
rança das Forças Armadas e que<br />
dividiu o pais em zonas <strong>de</strong> <strong>de</strong>fe s a<br />
interna, que correspon<strong>de</strong>m mais ou<br />
menos as áreas dos quatro exerci -<br />
tos.<br />
0 órgão máximo continuava seii<br />
do o SNI-Serviço Nacional <strong>de</strong> Infor^<br />
maçoes, que baseado em seu extenso<br />
arquivo traçaria as linhas <strong>de</strong> ação.<br />
0 órgão <strong>de</strong>liberativo seria o Cen<br />
tro <strong>de</strong> Informação, teoricamente os<br />
três(da Marinha, do Exército e da<br />
Aeronáutica), mas na pratica o do<br />
Exercito concentrou mais po<strong>de</strong>res. J^ijBI<br />
Ao CIE estariam ligados os CODIs-<br />
<strong>Centro</strong> <strong>de</strong> Operações <strong>de</strong> Defesa In<br />
terna, instalados em cada se<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
comando <strong>de</strong> área. Os CODIs nao sao<br />
Órgãos constituídos permanentemen-<br />
te em forma física. Seu chefe e o<br />
chefe do Estado-Maior do comando<br />
da ãrea. Por exemplo: o chefe do<br />
Estado-Malor do I Exército é o che<br />
fe do CODI/Rio. Ele convoca, quan<br />
do é preciso, todos os chefes <strong>de</strong><br />
segurança da área, que são sbbord_i_<br />
nados na pratica a este comando,em<br />
bora teoricamente nao o sejam. Sao<br />
eles: o Secretário <strong>de</strong> Segurança, o<br />
chefe do DOPS, o comandante da PM,<br />
os comandantes das três policias<br />
* (PE, PA, Policia Marítima, Fuzile,!<br />
ros Navais), os chefes <strong>de</strong> segundas<br />
seções das três forças e ainda os<br />
chefes dos DOIs).<br />
Teceu-se, portanto, uma malha<br />
específica sobre a malha oficial.A<br />
fragmentação foi exagerada,pois e£<br />
sa organização se repetia em cada<br />
gran<strong>de</strong> comaado, que sao quatro ao<br />
todo, e mais duas áreas (Planalto<br />
e Amazônia). Como coor<strong>de</strong>nador, o<br />
CIE acaba colocando agentes seus<br />
como elos espalhados por todo o<br />
pais, tecendo assim uma segunda ma<br />
lha paralela. Além <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nar as<br />
ações da primeira, entrará em ação<br />
<strong>de</strong> campana e combate, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />
do organograma e da hierarquia da<br />
malha do sistema.<br />
São, portanto, três re<strong>de</strong>s - u<br />
ma oficial e ostensiva (comandos,<br />
secretarias, polícias), outra ofi_<br />
ciai e parcialmente secreta (cen<br />
tros <strong>de</strong>_informaçõesf codis, dois)e<br />
outra não oficial e secretíssima<br />
(os agentes do CIF). Mas como os<br />
agentes do CIE podiam circular e<br />
agir in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente, criando £<br />
te "aparelhos" para o trabalho d£<br />
interrogatório, os agentes das ou<br />
trás re<strong>de</strong>s passaram a fazer o mes_<br />
mo. Surge uma terceira malha. Sc<br />
para eles ficou confuso e não fo<br />
ram raros os conflitos entre as<br />
agências, para a esquerda ficou<br />
praticamente impossível distinguir<br />
em qual as malhas estava, quando<br />
caía, a nao ser no momento em que<br />
davam entrada no DOI, encarregado<br />
da parte já oficial. Alguns foram<br />
mortos nessa fase clan<strong>de</strong>stina e ja<br />
mais chegaram a dar entrada ofT<br />
ciai no DOI. Outros, como Rubem<br />
Faiva, chegaram mortos ao DOI, fo<br />
ram recusados e <strong>de</strong>sapareceram.<br />
Hoje, a agora chamada <strong>de</strong> "comu<br />
nida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informações" opera coro<br />
cerca <strong>de</strong> 200 mil homens que são do<br />
mais alto escalão do sistema até<br />
humil<strong>de</strong>s informantes pagos ou coo£<br />
tados. Este número é estimativo,<br />
segundo a revista VEJA, pois não<br />
existe no papel. Nao se po<strong>de</strong> avteri^<br />
guar também, com certeza, o oirça<br />
mento da comunida<strong>de</strong>, pois seus leas<br />
tos se diluem em "outras cespesas<br />
Apesar da abertura e <strong>de</strong> balões <strong>de</strong><br />
ensaio lançados no final do Gover<br />
no passado a comunida<strong>de</strong> continua<br />
intacta.<br />
Brasil e EUA criam 4<br />
grupos para tratar da<br />
cooperação bilateral<br />
TT<br />
O Brasil e os Estados<br />
Unidos criaram quatro<br />
grupos <strong>de</strong> trabalho nas<br />
áreas <strong>de</strong> ciência e tecnolo-<br />
gia (incluindo a área <strong>de</strong><br />
informática», nuclear, mili-<br />
tar e <strong>de</strong> economia e comér-<br />
cio com o objetivo <strong>de</strong> tra-<br />
tar da cooperação bilate-<br />
ral. Esta foi a principal <strong>de</strong>-<br />
cisão da reunião realizada<br />
em Washington, na sexta<br />
tí^ feira passada, entre o Mi-<br />
, 3" ,• nistro das Relações Exte-<br />
%}%J , > ■ riores. Saraiva Guerreiro, e<br />
o Secretario <strong>de</strong> Estado<br />
americano, Oeorge Shultz,<br />
segundo informou o secre-<br />
tário Es|)eciai <strong>de</strong> Informá-<br />
tica, coronel Joubert Bnzl<br />
da, apôs conferência pro-<br />
movida |)ela entida<strong>de</strong> dos<br />
ii Mdiriou <strong>de</strong>Bomputadoras,<br />
a Huifi.u do Itlo<br />
V.\v. In foi Indlrmlo puni<br />
'w' ínilho do cUnir.lu ti Uicriolo<br />
gia pelo rciircHeiiUuilr. do<br />
Itanuirutl, rus|M>itMi'ivet dl<br />
reto pela escolha dos re-<br />
presentantes brasileiros, o<br />
embaixador Miguel Osó-<br />
rio. Do mesmo grupo <strong>de</strong>ve-<br />
rão participar também re-<br />
presentantes do CNPq e<br />
da Financiadora <strong>de</strong> Estu-<br />
dos e Projetos—Finep.<br />
As reuniões entre os dois<br />
paises foram iniciadas com<br />
a visita do presi<strong>de</strong>nte Ro-<br />
nald Reagan ao pais, em<br />
novembro do ano passado,<br />
segundo explicou o coro-<br />
nel Joubert Brizida.<br />
A agenda <strong>de</strong> reuniões<br />
dos quatro grupos <strong>de</strong> tra-<br />
balho Já foi proposta pelos<br />
americanos, mas não teve<br />
inicialmente a concordân-<br />
cia dos brasileiros. No mo-<br />
mento, as duas representa-<br />
ções estão negociando o<br />
organograma dos grupos e<br />
seus calendários <strong>de</strong> reu-<br />
niões, que po<strong>de</strong>rão ter uma<br />
periodicida<strong>de</strong> mensal.<br />
O lado brasileiro está<br />
sendo representado pejo<br />
embaixador Miguel Osório<br />
e o americano pelo seu em-<br />
baixador no Brasil, Antho-<br />
ny Motley.<br />
O secretário Especial <strong>de</strong><br />
Informática reafirmou que<br />
o documento divulgado<br />
pela imprensa <strong>de</strong> autoria<br />
do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> co-<br />
mercio dos Estados Uni-<br />
dos, propondo mudanças<br />
na política nacional <strong>de</strong> in-<br />
formática, não tem caráter<br />
oficial. Joubert Bnzida elo-<br />
giou o pronunciamento do<br />
embaixador americano re-<br />
tirando o caráter oficial do<br />
documento em questão.