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1.3 - Estrutura do documento<br />
Tendo em vista os objectivos acima apresentados, na seccao 2 deste documento sera apresentado 0<br />
perfil linguistico dos alunos a entrada do ensino secundario. Assim, depois de uma breve apresentacao<br />
dos dados, orais e escritos, usados como base empirica da investigacao (seccao 2.1), fomece-se um<br />
diagn6stico geral da competencia linguistic a dos alunos, a nivel do lexico, da gramatica e do discurso<br />
(seccao 2.2), apresentando-se, a concluir, e de forma mais desenvolvida, algumas 'areas criticas' da<br />
aquisicao do Portugues, em que os alunos revelam mais dificuldades (seccao 2.3). Na Ultima seccao<br />
deste documento, depois de uma breve introducao te6rica sobre questoes de aquisicao e ensino de L2<br />
(seccao 3.1), apresenta-se uma analise do actual programa do ESG para a 8 a classe, destacando-se<br />
alguns aspectos que merecem urna reflexao mais aprofundada (seccao 3.2). A finalizar, propoem-se<br />
algumas pistas de trabalho, estabelecidas com base no confronto dos dados linguisticos com 0 actual<br />
program a, que podem ajudar os tecnicos do INDE a produzir urn programa de lingua portuguesa mais<br />
apropriado para a populacao deste nivel do ESG (seccao 3.3).1<br />
2 - PERFIL LINGUiSTICO DOS ALUNOS A ENTRADA DO ENSINO<br />
SECUNDARIo: PRIMEIRO DIAGNOSTICO<br />
2.1 - As bases de dados<br />
Esta pesquisa tomou como base ernpirica dados orais e escritos produzidos por alunos da 7 a<br />
classe de diferentes provincias do pais. Os dados orais foram recolhidos em 2003 por equipas do<br />
INDE, atraves de entrevistas semi-estruturadas a 60 alunos de Maputo-Cidade, Maputo-Provincia,<br />
Zambezia e Cabo Delgado (15 alunos por provincia). Os dados escritos, extraidos de Tovela<br />
(2000), foram produzidos por 65 alunos da cidade de Maputo (45 alunos) e Magude (20 alunos).<br />
Do ponto de vista sociolinguistico, pode dizer-se que cerca de metade dos alunos que<br />
produziram estes dois corpora estao na faixa etaria dos 14-15 anos, e cerca de 60 % tern uma<br />
lingua bantu como lingua materna. 0 quadro 2 fornece informacoes mais detalhadas sobre 0<br />
perfil sociolinguistico dos alunos que produziram 0 corpus oral.'<br />
VARIA VELfPROV. ZAMBEZIA C.DELGADO M-PROvlNCIA M-CIDADE TOTAL<br />
Sexo<br />
Idade<br />
L1<br />
M 10 67% II 73% 7 47% 9 60% 37 62%<br />
F 5 23% 4 27% 8 53% 6 40% 23<br />
12 ] 7% - - 3 20% 1 7% 5 8%<br />
13-14<br />
15-16<br />
6<br />
7<br />
40%<br />
46%<br />
2<br />
4<br />
]3%<br />
27%<br />
10<br />
2<br />
-<br />
67%<br />
13%<br />
8<br />
6<br />
53%<br />
40%<br />
26<br />
19<br />
43%<br />
32%<br />
'2::.17 1 7% 9 60% - - - - 10 17%<br />
L. B. 13 87% 13 87% 2 13% 12 80% 80 67%<br />
Port. 2 13% 2 13% 13<br />
38%<br />
87% 3 20% 20 33%<br />
Quadro 2 - Dados sociolinguisticos dos alunos da r classe que produziram 0 corpus oral<br />
(L.B. - lingua bantu)<br />
I Para alern da informacao fomecida neste documento, estao ainda disponiveis para os investigadores educacionais varios 'dossiers' com dados<br />
suplementares sobre varias sub-areas da competencia lingutstica dos alunos (concordancia verbal, ortografia/acentuacao, etc.).<br />
2 Nao se fomece urn quadro identico para os dados escritos dado que foram recolhidos no ambito de urn outro estudo, e os informantes nao foram<br />
caracterizados de acordo com os mesmos criterios (cf. Tovela 2000).<br />
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