percursos do artista como agente transformador - UFF
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No primeiro capítulo abordaremos o embate <strong>do</strong> <strong>artista</strong> com a vida e a<br />
possível dissolução completa das barreiras que apartam esses <strong>do</strong>is universos. Na<br />
verdade, o embate já não deve existir e, sim, um processo de contribuição mútua<br />
entre os diversos setores da sociedade. Para isso debateremos sobre a maneira de<br />
o <strong>artista</strong> enfrentar as dificuldades da imaterialidade da obra no processo artístico e,<br />
mais ainda, fazer dessa imaterialidade seu motor, agin<strong>do</strong> ativamente <strong>como</strong><br />
transforma<strong>do</strong>r social e facilita<strong>do</strong>r das relações humanas.<br />
No segun<strong>do</strong> capítulo discutiremos o lugar dessa arte e desse <strong>artista</strong> pós-<br />
modernos, comprometi<strong>do</strong>s com a defesa de idéias <strong>como</strong> as de Allan Kaprow e<br />
Joseph Beuys e envoltos numa produção pautada nas relações com os distintos<br />
âmbitos da sociedade, tentan<strong>do</strong> entender o lugar desse <strong>artista</strong> e sua arte de maneira<br />
que a eficácia de sua produção simbólica possa de fato contribuir para as<br />
transformações da comunidade na qual está inserida.<br />
No terceiro capítulo, faremos uma análise de minha produção artística,<br />
oportunidade em que algumas questões fundamentais ao trabalho serão tratadas,<br />
atravessada pelos conceitos de Comte-Sponville e seus parceiros. Acima de tu<strong>do</strong>,<br />
estaremos lidan<strong>do</strong> com a vida e seus desejos, problemas e alegrias reais, e<br />
desenfatizan<strong>do</strong> o objeto artístico para atentarmos aos pequenos movimentos<br />
cotidianos muitas vezes relega<strong>do</strong>s a segun<strong>do</strong> plano, mas que podem perfeitamente<br />
ser o estopim das mudanças.<br />
Frente à urgência e ao desejo de se criar um novo mun<strong>do</strong>, afastan<strong>do</strong>-nos<br />
cada vez mais das mazelas contemporâneas, pensar em fazeres artísticos<br />
orienta<strong>do</strong>s a esses anseios, estabelecen<strong>do</strong> um contato íntimo com os matizes da<br />
vida, nos parece ser questão primordial a qualquer campo <strong>do</strong> pensamento. Os ideais<br />
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