Compromisso Aluno - Juerp
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CUIDADOS COM O<br />
TRADICIONALISMO<br />
(Mt 15.1-20)<br />
Jesus está em Jerusalém. Nesta cidade<br />
importantíssima para o judaísmo,<br />
alguns fariseus e escribas perguntaram a<br />
Jesus: Por que transgridem os teus discípulos<br />
a tradição dos anciãos? (v. 1). Jesus<br />
responde fazendo uma pergunta muito<br />
pertinente? Por que vocês transgridem<br />
o mandamento de Deus de honrar pai e<br />
mãe por causa da sua tradição? Esta questão<br />
fez lembrar o pensamento do teólogo<br />
luterano Jaroslav Pelikan: “Tradição é a<br />
fé viva daqueles que já morreram. Tradicionalismo<br />
é a fé morta dos que ainda<br />
vivem”. Jesus não rejeita a tradição, mas<br />
o tradicionalismo. Este último era o caso<br />
dos religiosos judeus. Notamos que, nos<br />
versículos 5 e 6, Jesus condena de forma<br />
veemente a desculpa dos religiosos judeus<br />
de se eximirem da responsabilidade<br />
com o pai e a mãe a pretexto de dizerem:<br />
“É oferta ao Senhor aquilo que poderias<br />
aproveitar de mim”. Ele diz claramente:<br />
“Invalidastes a Palavra de Deus, por causa<br />
da vossa tradição”.<br />
Jesus agora toca num ponto essencial<br />
que é a hipocrisia – a incoerência<br />
entre o que está no coração e o que<br />
se fala, se expressa ou se vive (v. 7-9).<br />
Era uma palavra do profeta Isaías no<br />
capítulo 29.13. Deve sempre haver<br />
coerência entre o que cremos e o que<br />
praticamos; entre o que sentimos e<br />
o que vivemos. A boca deve ser sem-<br />
38 COMPROMISSO2T13<br />
pre o resultado do coração. É por ela<br />
que devemos verbalizar quem somos.<br />
Mais adiante, o Senhor Jesus começa<br />
a tratar de outro assunto que é a contaminação<br />
do homem. Não é o que<br />
entra que contamina o homem, mas o<br />
que sai da sua boca (v. 11). Jesus trata<br />
a questão essencial: a espiritualidade e<br />
a ética. As pessoas realmente espirituais,<br />
que possuem uma espiritualidade<br />
bíblica, vivem a ética bíblica. Não são<br />
compartimentos estanques ou separados.<br />
Jesus esclarece de forma magistral<br />
nos versículos 19 e 20 toda a gênese do<br />
comportamento humano. Enquanto<br />
os religiosos judeus – os tradicionalistas<br />
– estavam preocupados com a<br />
aparência e com a prática do lavar as<br />
mãos (sabemos que isto é necessário<br />
por causa da saúde, mas não de ne a<br />
espiritualidade e a ética de ninguém),<br />
Jesus coloca a relevância do interior,<br />
do coração, que de ne o caráter do ser<br />
humano. Enquanto a religião como<br />
sistema focaliza o exterior e a aparência,<br />
o evangelho, por sua vez, enfatiza<br />
o interior. Por trás de toda ação existe<br />
a motivação. Há coerência no evangelho.<br />
Há coerência no cristão genuíno,<br />
nascido de novo.<br />
O APARENTE POUCO CASO<br />
COM A MULHER CANANEIA<br />
(Mt 15.21-28)<br />
Esta mulher é um exemplo de fé<br />
genuína. Ela tinha uma lha horrivel-