Revista do II Encontro de Embarcacións Tradicionais de Galicia

Perspectivas históricas e actualidade das embarcacións tradicionais
Patrimonio Naval - Valores
no no 1 do Art.' 24 do Reg. CEE 4028186 que obriga a
"destruiçao" das embarcaçoes até 9 metros de comprimento,
cujos propietários optaram por receber os subsídios de
cessaçao de actividade.
No colóquio de Nantes foi unânime a expressa0 de
repudio por uma acçao tao negativa de Bruxelas, cujos
burocratas, no dizer dos comentadores, demonstraram nao
ter qualquer preocupaçao no plano das consequências
culturais'.'
Para nós, portugueses, estes aspectos suo
duplamente importantes: primeiro porque a qualidade e
diversidade deste nosso Património naval, como se viu,
constituiam un facnto relevante no plano europeu e no pla-
no mundial. Em segundo lugar, porque, em face da plena
adesao de Portugal a CEEI já temos recebido alguns avisos
sobre a urgente necessidade da preservaçao da nossa
identidade cultural. Aliás, é essa uma cindiçao primeira para
a possibilidade de um turismo de qualidade vingar entre
nós.
Mas felizmente nem tudo suo noticias
negativas.REcentemente, soube através do dr. Armando Reis
Moura, que o Parque Natural da Ria Formosa tinha recuperado
e mantinha a navegar uma barca do atum, exemplo
que merecia ser ponderado pelas autoridades regionais
responsáveis. Por outro lado, acabo de ter a confirmaçao
de que o programa para a construçao de um caíque do
Algarve, iniciativa do Capitao do porto de Okao, Exmo.
Sr. Comandante Centeno, (que conta agora com o apoio
de um grupo coordenado pelo Exmo. Sr. Almirante Viegas)
se encontra bem encaminhado, tendo, aliás, conseguido
merecer o interesse do Museu da Ciência de Lisboa uma
vez que se trata de um programa relacionável com uma
Exposiçao sobre Tecnologia dos Descobrimentos. Evidentemente,
limito-me a dois casos situados no Algarve, onde
nos encontramos.
Enfim, em face do alegado argumento de que a
defesa da identidade cultural constitui factor natural da
nossa própria sobrevivência, as iniciativas positivas que nos
vao surgindo podem dar-nos uma ideia de esperança de
que nao chegou a hora de nos acontecer como aos
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dinossauros: desaparecer!
Octávio Lixa Filgueiras
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O barco do mar, saveiro ou
barco da xávega, da costa
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Gtnograficos-Avezro I1
17 O assunto foi discutido na 4" comunicaçao da Secçao H) Protedion et réglementation.
18 Cfr. o III Relatório in Common European Marítime Heritage Conggress Proceedings, Amsterdam 1993 relativo a Portugal,
de minha autoria.
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II ENCONTRO DE EMBARCACIÓNS TRADICIONAIS.ÇALICIA 95