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Revista Móin-Móin - CEART - Udesc

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<strong>Revista</strong> de Estudos sobre Teatro de Formas Animadas<br />

MÓIN-MÓIN<br />

movimentos preparatórios calcados nos giros de Maricota, que<br />

evidenciam o principio coreológico do movimento expressivo; já,<br />

nas ações físicas, estão caracterizados os princípios da eucinética.<br />

A) Esse movimento preparatório nomeei de “vida”. Os giros,<br />

saltos e desenhos espaciais ressaltam, como já dito, a coreologia do<br />

espaço. Neste momento de abstração busco uma grande relação<br />

do meu corpo com o espaço, expandindo e retraindo, usando a<br />

dinâmica espacial. Os braços são fundamentais ao levar o corpo<br />

pelo espaço e são as grandes “molas propulsoras” dos giros. Os<br />

giros simbolizam nesta partitura, assim como os saltos e desenhos<br />

espaciais, o passar do tempo, a vida que se desenrola e enrola-se a<br />

cada dia, vida que é concebida pela mulher, totem comunitário.<br />

B) A primeira ação seria a de “apresentação”, como no cortejo.<br />

Aqui os braços é que são apresentados, como representação do<br />

trabalho e da força comunitária. Há uma grande oposição dos braços<br />

com os ombros que vão para trás levando o corpo junto, dinâmica<br />

esta recorrente no sistema de manipulação do boneco. As mãos<br />

estão abertas prontas para o trabalho. Essa ação termina com grande<br />

energia que leva o corpo ao chão numa atitude de reverência, que<br />

se transforma em um movimento figurativo que simboliza um lavar<br />

roupas, “lavar a alma”.<br />

C ) Na segunda ação, “abraço”, se dá o contato de abraçar o<br />

público, como símbolo do mundo que nos circunda. Todo o corpo<br />

se envolve nesta ação, todo o corpo necessita estar presente para<br />

poder levar a ação para seu ápice que é o abraço, culminando em<br />

uma curva para cima contorcendo e opondo vários fragmentos do<br />

corpo. Busco a ritualização e a extrapolação espacial do ato coletivo.<br />

Neste ponto, a relação espacial continua como em “A” acrescida<br />

pela relação baseada no sistema de manipulação entre o tronco em<br />

bloco e o tronco gingado.<br />

Em bloco, o tronco ganha em unidade e no gingado o corpo<br />

ganha na fragmentação dos seus membros, um movimento<br />

ambivalente, “rígido e flexível”.<br />

D) O “machado”. Há uma relação objetal-imagética com o<br />

machado que leva todo o peso e a força do corpo concentrada nas<br />

mãos para cima em um salto, terminando com o descer do machado

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