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Da universidade à educação básica: alguns fatores intervenientes

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[...] Devo considerar que foram muitas as dificuldades encontradas durante o<br />

processo, desde a elaboração do cronograma das aulas até a sua realização.<br />

Essas dificuldades estão relacionadas a vários <strong>fatores</strong>, dentre os quais estão a<br />

pouca experiência, o domínio de conteúdo que necessitaria ser maior e<br />

consistente, requerendo para tanto mais leituras, mais atividade, segurança e<br />

clareza na forma de explorar o conteúdo, saber utilizar as terminologias<br />

adequadas, relacionar pontos de vista dos autores, enfim, possuir todas essas<br />

potencialidades que são <strong>básica</strong>s e eficazes para a formação do docente (LIMA,<br />

2003, p. 2).<br />

Quando se referem ao ensino de Arte e aos professores da <strong>educação</strong><br />

<strong>básica</strong>, os graduandos utilizam as palavras desvalorização, preconceito,<br />

marginalização, conforme mostra Silva (2003, p. 2):<br />

[...] Pudemos notar que a desvalorização da disciplina ensino de Arte é expressa<br />

por certo preconceito, acarretando marginalização do professor e, este, muitas<br />

vezes é visto pelos dirigentes da escola com a função de apenas enfeitar e<br />

decorar a instituição nos períodos de festas. Além disso, esses dirigentes não se<br />

interessam em verificar se os professores de EA seguem os conteúdos propostos<br />

pelos PCN [...] o professor é visto por seus colegas de outras disciplinas como<br />

alguém abaixo do seu nível, como um não profissional. Isso, muitas vezes,<br />

acontece por falta de clareza deste próprio professor sobre a função da arte na<br />

<strong>educação</strong> [...] Frisamos, ainda, que essa desvalorização e descaso com o ensino<br />

de Arte não são manifestados somente por <strong>alguns</strong> dirigentes, colegas de<br />

profissão, mas pela maioria dos alunos.<br />

Sobre os conteúdos ministrados, para Ribeiro (2003, p. 2), estes “são<br />

organizados a partir da pesquisa em diversos livros didáticos que as editoras<br />

distribuem [...] e, quase sempre, versam sobre as artes visuais”. Esta graduanda<br />

trabalhou com o programa de uma escola de ensino fundamental e, com base no<br />

seu relato, ela ministrou os mesmos temas de artes plásticas que estavam sendo<br />

ministrados, também, nas escolas de ensino médio.<br />

As reações dos alunos das escolas de <strong>educação</strong> <strong>básica</strong>, frente ao ensino<br />

de Arte, modificam-se nos diversos níveis de escolaridade. Mesmo assim, permanece<br />

o estigma de que esse ensino tem “pouca valia” para a vida. Para os<br />

graduandos, são os diretores e os próprios professores que acabam induzindo os<br />

alunos a se inscreverem no PSG somente em uma unidade do “programa de<br />

arte”, achando, com isso, que aprovarão maior número de estudantes de sua<br />

escola. Entretanto, para Bezerra (2003, p. 3), o fato do ensino de Arte ser<br />

direcionado pelo PSG vem dificultando a integração de suas unidades<br />

constitutivas porque o professor fica restrito somente <strong>à</strong>queles temas que serão<br />

cobrados nesse concurso, “o que contribui para o aluno desvalorizar o processo<br />

educativo que a arte pode favorecer”. Para ele, essa desvalorização pelo aluno<br />

“pode ser também um reflexo da falta de planejamento pedagógico da escola.”<br />

<strong>Da</strong> <strong>universidade</strong> <strong>à</strong> <strong>educação</strong> <strong>básica</strong>

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