educação on-line, moodle e suas possibilidades educacionais
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INTRODUÇÃO<br />
EDUCAÇÃO ON-LINE, MOODLE<br />
E SUAS POSSIBILIDADES EDUCACIONAIS<br />
Roure Santos Ribeiro 1<br />
O Moodle surgiu da necessidade de enriquecer aulas presenciais,<br />
proporci<strong>on</strong>ando uma dinâmica sedutora e empolgante para os alunos em horários<br />
livres, propenso a não perder de vista a qualidade do processo. Atualmente, as<br />
propostas para o uso deste software adquiriram outras dimensões, indo além da<br />
complementação de uma disciplina, e passando a exercer o gerenciamento de<br />
cursos inteiros, semipresenciais ou totalmente à distância.<br />
Em várias Instituições, a utilização do Moodle sustenta-se pedagogicamente<br />
na própria filosofia inspirado pelo seu criador e adotado pelo software, o<br />
Socioc<strong>on</strong>struci<strong>on</strong>ismo. Assim, esse Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA)<br />
defende uma proposta de c<strong>on</strong>strução compartilhada do c<strong>on</strong>hecimento, na mesma<br />
medida que possibilita a socialização de seus participantes através de uma<br />
realidade <strong>on</strong>de o c<strong>on</strong>tato físico é nulo. Neste caso, para o entendimento desta<br />
filosofia haverá a necessidade de compreender outras duas abordagens que servem<br />
de suporte para esta perspectiva tecnológica, o C<strong>on</strong>strutivismo piagetiano e o<br />
C<strong>on</strong>struci<strong>on</strong>ismo papertiano que às vezes, geram uma grande c<strong>on</strong>fusão c<strong>on</strong>ceitual.<br />
Esta análise direci<strong>on</strong>a-se para o c<strong>on</strong>texto virtual, numa relação não presencial,<br />
<strong>on</strong>de as mediações ac<strong>on</strong>tecem através de máquinas inteligentes interligadas em<br />
redes.<br />
Entretanto, para a compreensão da aplicação pedagógica do Moodle é<br />
imprescindível um estudo da c<strong>on</strong>cepção de <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> <strong>on</strong>-<strong>line</strong> e seus de<strong>line</strong>amentos,<br />
relaci<strong>on</strong>ando esta modalidade com sua aplicabilidade tecnológica, observando os<br />
principais p<strong>on</strong>tos c<strong>on</strong>stituintes e colaborativos para o desenvolvimento de uma<br />
aprendizagem com suporte na Internet. Esses ambientes virtuais referem-se a um<br />
espaço cibernético de aprendizagem disp<strong>on</strong>ibilizado pelas tecnologias da<br />
informática, permitindo o uso de ferramentas virtuais administradas para fins<br />
educaci<strong>on</strong>ais e se apresentam ao mesmo tempo, como um espaço de interação<br />
social entre os diferentes agentes educativos. Desta forma, “[...] o c<strong>on</strong>hecimento é<br />
c<strong>on</strong>struído nas interações entre sujeito e meio, dependendo dos dois ao mesmo<br />
tempo”. (ALMEIDA, 2003).<br />
Mesmo havendo bastante resistência, principalmente em comunidades<br />
acadêmicas que defendem a presença física do professor no processo ensinoaprendizagem,<br />
não é de hoje que a aplicação de um sistema de ensino <strong>on</strong>-<strong>line</strong> é<br />
vista como uma modalidade alternativa e promissora para a <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g>, alcançando<br />
grupos da sociedade que de alguma forma, estão impossibilitados de sua presença<br />
física regular em uma sala de aula.<br />
1 Graduado em Comunicação Social - UFMA, Especialista em Docência Superior – UFMA, Especialista<br />
em Práticas Pedagógicas Inovadoras e Educação Inclusiva – UEMA, Aluno do Programa de Mestrado<br />
em Educação. Email: roure_ma@hotmail.com<br />
Ciências Humanas em Revista, v.7, n.2, São Luis/MA, 2009 - ISSN 1678-81
Desta forma, o presente estudo pretende primeiramente compreender a<br />
definição de <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> <strong>on</strong>-<strong>line</strong> e <strong>suas</strong> classificações. Em seguida, investigará as<br />
origens inspiradoras e educaci<strong>on</strong>ais dos Ambientes Virtuais de Aprendizagens e o<br />
Moodle, relaci<strong>on</strong>ando-os com a sua evolução e sua utilização no meio educaci<strong>on</strong>al.<br />
Averiguam-se ainda as abordagens que norteiam esse ambiente, fazendo um breve<br />
entendimento sobre elas e avaliando <strong>suas</strong> aplicabilidades no ensino <strong>on</strong>-<strong>line</strong>. Por<br />
fim, realiza uma analise pessoal sobre a colaboração de ambientes como o Moodle<br />
para <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> <strong>on</strong>-<strong>line</strong>, analisando <strong>suas</strong> <strong>possibilidades</strong> para um processo<br />
educaci<strong>on</strong>al de qualidade.<br />
Assim, o estudo tem a pretensão de oferecer aos profissi<strong>on</strong>ais envolvidos na<br />
área da Educação a Distância, subsídios para reflexões sobre o uso Moodle,<br />
incentivando pesquisas direci<strong>on</strong>adas para a sua aplicação metodológica, além de<br />
suporte para análises de outros Ambientes Virtuais de Aprendizagem.<br />
COMPREENDENDO A EDUCAÇÃO ON-LINE<br />
Atualmente, acompanhando a crescente influência dos computadores na<br />
sociedade globalizada, a Educação a Distância vem se estendendo pela Internet, e<br />
aos poucos, ressurgindo como modalidade alternativa para superar as limitações de<br />
atendimento do ensino regular. “A Internet se c<strong>on</strong>stitui como a principal<br />
resp<strong>on</strong>sável pelo status atual c<strong>on</strong>cedido a Educação a Distância. Seus recursos<br />
ampliam as <strong>possibilidades</strong> de interação, abrindo para os programas a distância vias<br />
de comunicações antes inexploradas”. (MARÇAL, 1999, p.49)<br />
A difusão da modalidade à distância através das redes favoreceu a sua<br />
ascendência perante uma parte significativa da sociedade, principalmente aquela<br />
com acessibilidade tecnológica. A reformulação de sua imagem e importância<br />
perante o cenário educaci<strong>on</strong>al brasileiro acabou sendo inevitável. O novo c<strong>on</strong>texto<br />
da Educação a Distância trouxe o rec<strong>on</strong>hecimento e, também o incentivo da Lei de<br />
Diretrizes e Bases da Educação Brasileira de 1996, <strong>on</strong>de o nivelamento entre as<br />
modalidades de ensino foram equaci<strong>on</strong>adas.<br />
As universidades brasileiras passaram a se dedicar à pesquisa e à oferta de cursos superiores<br />
à distância e ao uso de novas tecnologias nesse processo a partir de 1994, com a expansão<br />
da Internet nas Universidades de Ensino Superior (IES) e com a publicação da Lei de<br />
Diretrizes e Bases para a Educação Naci<strong>on</strong>al (LDB), em dezembro de 1996, que oficializou a<br />
EAD como modalidade válida e equivalente para todos os níveis de ensino. (KURC, 2008)<br />
Com o ambiente propício ao desenvolvimento de projetos educaci<strong>on</strong>ais à<br />
distância, c<strong>on</strong>juntamente com os avanços tecnológicos dos meios informatizados, a<br />
<str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> <strong>on</strong>-<strong>line</strong> se estruturou como um modelo flexível, atraente e eficaz. Por<br />
isso, a modalidade vem se expandindo rapidamente, principalmente, através da<br />
web, como afirma Ribeiro e Baumel, que: “A <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> a distância com uso da<br />
Internet está enc<strong>on</strong>trando um terreno fértil para se disseminar no Brasil e promete<br />
explodir nos próximos anos no mercado brasileiro.” (RIBEIRO e BAUMEL, 2003,<br />
p.111)<br />
Mas para um entendimento sobre <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> <strong>on</strong>-<strong>line</strong>, torna-se necessário,<br />
primeiramente, envolver as definições fundamentais sobre ensino, <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> e<br />
<str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> à distância, dem<strong>on</strong>strando na prática <strong>suas</strong> diferenças relevantes e assim,<br />
evitando empregar esses termos e <strong>suas</strong> correlações indiscriminadamente.<br />
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Segundo a diferenciação feita por Landim (1997) o ensino é mais ligado as<br />
atividades de treinamento, adestramento e instrução, centrada na transmissão do<br />
c<strong>on</strong>hecimento. A <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> decorre de um processo ensino-aprendizagem, <strong>on</strong>de o<br />
aluno aprende a aprender, a saber, pensar, criar, inovar, c<strong>on</strong>struir c<strong>on</strong>hecimentos<br />
e participar ativamente de seu próprio crescimento. A <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> a distância é uma<br />
forma sistematicamente organizada de auto-estudo <strong>on</strong>de o aluno se instrui a partir<br />
do material de estudo que lhe é apresentado, <strong>on</strong>de o acompanhamento e a<br />
supervisão do sucesso do estudante são levados a cabo por um grupo de<br />
professores. “Isto é possível de ser feito a distância através da aplicação de meios<br />
de comunicação capazes de vencer l<strong>on</strong>gas distancias”. (G. Dohmem, 1967, apud<br />
Nunes, 1992)<br />
Desta forma, a <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> <strong>on</strong>-<strong>line</strong> é o resultado da c<strong>on</strong>vergência do processo<br />
de ensino com auxilio das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) e a<br />
Educação à Distância. C<strong>on</strong>fundido como E-learning, trata-se de uma metodologia<br />
<strong>on</strong>de o aluno aprende através de c<strong>on</strong>teúdos disp<strong>on</strong>íveis no computador ou na<br />
Internet, ou os dois simultaneamente, <strong>on</strong>de o professor, se existir, está<br />
geograficamente distante do aluno, e se comunicando através dos meios de<br />
comunicação disp<strong>on</strong>íveis pela Internet, podendo existir ainda, sessões presenciais.<br />
Da mesma forma que o ensino através de cartas evoluiu ao l<strong>on</strong>go de sua<br />
história para a <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> à distância, o ensino <strong>on</strong>-<strong>line</strong> também transcendeu<br />
limitações, chegando ao status de <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> <strong>on</strong>-<strong>line</strong>. Evidentemente, que um dos<br />
fatores para esse novo c<strong>on</strong>texto está estreitamente ligado a própria evolução<br />
tecnológica dos meios de comunicação, com o surgimento de novos aparatos que<br />
proporci<strong>on</strong>am altos níveis de interação e interatividade nunca antes utilizadas pela<br />
modalidade à distância. A <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> <strong>on</strong>-<strong>line</strong> se transformou numa alternativa<br />
tecnológica de desenvolvimento educaci<strong>on</strong>al, resultante de uma tendência<br />
evolutiva dos diferentes tipos de mídia no ensino a distância.<br />
Outro fator é que a <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> <strong>on</strong>-<strong>line</strong> vem sendo alvo de inúmeros estudos, e<br />
na medida em que é aplicado no Ensino Superior, também vai sofrendo<br />
modificações em sua c<strong>on</strong>ceitualização. Neste sentido, a própria terminologia usada<br />
também vai mudando. Para Lencastre e Araújo (2009), o que era universalmente<br />
c<strong>on</strong>hecido como ensino ou <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> a distância é hoje c<strong>on</strong>hecido como<br />
aprendizagem a distância, enfatizando a aprendizagem do estudante. O ensino<br />
distribuído foca a comunicação entre um ensino mais tradici<strong>on</strong>al e as tarefas fora<br />
da sala de aula, e a <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> <strong>on</strong>-<strong>line</strong> refere à <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> mediada por meios<br />
eletrônicos, comumente, mas erradamente, designada de e-Learning.<br />
O E-learning é um modelo que cresceu durante os anos 90 com o advento da<br />
Internet e trata do uso de tecnologias que suportam uma aprendizagem num<br />
determinado tempo e espaço bastante específico, fixo e c<strong>on</strong>servador, <strong>on</strong>de a<br />
instrução predomina em sua essência. Por isso, é importante lembra que<br />
“aprendizagem é uma atividade inerente a qualquer humano, que pode ac<strong>on</strong>tecer<br />
em qualquer lugar e em qualquer altura, as pessoas estão c<strong>on</strong>stantemente a<br />
aprender”. (LENCASTRE e ARAÚJO, 2009)<br />
A <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> <strong>on</strong>-<strong>line</strong> é a própria evolução pedagógica e tecnológica do elearning,<br />
e está relaci<strong>on</strong>ada com o uso da Internet e seus recursos como meio para<br />
a publicação de material didático-pedagógico para realização de cursos, na<br />
comunicação entre alunos e professores e em várias <strong>possibilidades</strong> interativas<br />
capazes de proporci<strong>on</strong>ar a colaboração e a cooperação na c<strong>on</strong>strução de<br />
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c<strong>on</strong>hecimentos. Assim, a definição de <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> <strong>on</strong>-<strong>line</strong> tem como essência o<br />
processo ensino-aprendizagem, e nesta perspectiva, c<strong>on</strong>ceitua-se pela distribuição<br />
de c<strong>on</strong>hecimento cuidadosamente c<strong>on</strong>struído através de tecnologias. Este cuidado<br />
parece adequado para uma definição que exclui a simples comunicação por<br />
computador e ainda, a distribuição eletrônica de documentos a não ser que sejam<br />
usados num c<strong>on</strong>texto de ensino-aprendizagem. A propriedade da <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> <strong>on</strong>-<strong>line</strong><br />
é o c<strong>on</strong>hecimento cuidadosamente c<strong>on</strong>struído, e desta forma, nos últimos anos,<br />
essa metodologia está cada vez mais popular nas instituições superiores como meio<br />
eficaz de disseminação da informação.<br />
A <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> <strong>on</strong>-<strong>line</strong> envolve não só a Internet, mas dispositivos eletrônicos<br />
capazes de armazenar ou fornecer material educativo a qualquer momento para<br />
ser usado em qualquer outro computador ou dispositivos de multimídia como o CD,<br />
DVD, Pendrive e outros. C<strong>on</strong>siderando essas <strong>possibilidades</strong>, Lencastre e Araújo<br />
(2009) c<strong>on</strong>sideram para esta modalidade, três aspectos prioritários para seu<br />
desenvolvimento. O primeiro aspecto é o pedagógico, relativo às estratégias de<br />
ensino-aprendizagem. O segundo é o tecnológico, relativo a computadores,<br />
programas, transmissão de dados, uso de recursos audiovisuais multimídia. O<br />
terceiro é organizaci<strong>on</strong>al, relativo ao planejamento da estrutura, suporte ao<br />
estudante, processos síncr<strong>on</strong>os e assíncr<strong>on</strong>os.<br />
Os autores apresentam os principais p<strong>on</strong>tos de cada aspecto citado. Em<br />
relação ao Pedagógico da <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> <strong>on</strong>-<strong>line</strong> cita-se:<br />
• os estudantes estudam e têm acesso à informação em qualquer local ou espaço <strong>on</strong>de<br />
possam ter um computador com acesso à Internet e comunicam com a f<strong>on</strong>te de informações<br />
via correio electrónico, fóruns de discussão, c<strong>on</strong>ferência, mensagens instantâneas e outras<br />
formas de comunicação <strong>on</strong>-<strong>line</strong>;<br />
• o estudante é independente em relação ao ambiente do curso e pode equilibrar restrições,<br />
como a falta de tempo para acesso em horário “normal”. Para a maioria das actividades ou<br />
tarefas, o horário de acesso de cada um é independente dos horários de acesso dos colegas<br />
de curso;<br />
• o ritmo de aprendizagem é o de cada um e é independente do dos demais colegas;<br />
• o docente é orientador. Estabelece metas, negocia e acompanha o processo de aquisição<br />
de c<strong>on</strong>hecimento, avalia o rendimento, certifica-se de que todos os recursos necessários ao<br />
cumprimento das <strong>suas</strong> tarefas estão disp<strong>on</strong>íveis;<br />
• a comunicação com os colegas e a elaboração de projectos colaborativos é tão importante<br />
quanto à orientação do docente. As ferramentas utilizadas incluem fóruns, correio<br />
electrónico, mensagens instantâneas;<br />
• as tecnologias têm papel importante no estudante e na aprendizagem. Os recursos<br />
multimédia, áudio, de animação ou de vídeo, ajudam a atenuar a dificuldade de leitura no<br />
m<strong>on</strong>itor;<br />
• a estrutura do c<strong>on</strong>teúdo deve ser suficientemente flexível para encorajar o estudante<br />
qualquer que seja o nível de experiência. (LENCASTRE e ARAÚJO, 2009)<br />
Para os p<strong>on</strong>tos relativos ao aspecto tecnológico envolvem a possibilidade do<br />
uso simplificado dos editores de texto; dos recursos para descarregar ficheiros; as<br />
ferramentas de comunicação (fóruns, correio eletrônico, mensagens instantâneas);<br />
as ferramentas de avaliação; as ferramentas de m<strong>on</strong>itorização do acesso e percurso<br />
e as ferramentas de colaboração.<br />
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Quanto aos aspectos organizaci<strong>on</strong>ais, os autores relaci<strong>on</strong>am com o c<strong>on</strong>texto<br />
da aprendizagem, em processos de comunicação, de motivação, de avaliação do<br />
estudante pelo docente e vice-versa. Num ambiente educativo, não presencial, os<br />
aspectos relaci<strong>on</strong>ados com troca de idéias e saberes, e a forma como se c<strong>on</strong>segue<br />
esta interação, ganha muita importância na medida em que a linguagem não verbal<br />
está ausente. Todas as dúvidas, c<strong>on</strong>clusões, impressões, precisam ser explicitadas<br />
para não haver incoerências comunicativas entre os participantes.<br />
Outra definição de <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> <strong>on</strong>-<strong>line</strong> é apresentada pelo Serviço Naci<strong>on</strong>al de<br />
Aprendizagem Comercial (SENAC), uma das pi<strong>on</strong>eiras no Brasil a utilizar ambientes<br />
virtuais de aprendizagem. Para c<strong>on</strong>siderar <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> <strong>on</strong>-<strong>line</strong> (SENAC, 2009) devemse<br />
levar em c<strong>on</strong>ta, três características essenciais: Separação física do aluno, o uso<br />
de comunicação em dois sentidos suportada pela internet e o uso de uma rede<br />
computaci<strong>on</strong>al para apresentação ou distribuição de c<strong>on</strong>teúdo pela internet.<br />
C<strong>on</strong>tudo, a maior particularidade do ensino <strong>on</strong>-<strong>line</strong> é ser realizada em um ambiente<br />
digitalizado, além de possuir algumas características pedagógicas e comunicativas<br />
diferenciadas das demais modalidades de <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g>.<br />
Para o SENAC, apesar dos cursos <strong>on</strong>-<strong>line</strong> não precisarem obrigatoriamente de<br />
um Ambiente Virtual de Aprendizagem para ser caracterizada ou definida como tal,<br />
sua utilização gera grandes <strong>possibilidades</strong> de um processo realmente favorável para<br />
essa modalidade. Hoje, muitas Instituições que investem nesse ensino, estruturam<br />
e desenvolvem cursos através de softwares (programas) capazes de gerenciamento,<br />
compartilhamento e armazenamento de informações disp<strong>on</strong>íveis exclusivamente<br />
para a web.<br />
A <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> <strong>on</strong>-<strong>line</strong> através de Ambientes Virtuais de Aprendizagem oferece<br />
<strong>possibilidades</strong> para o processo educaci<strong>on</strong>al, entre elas podem-se destacar: a<br />
elaboração, c<strong>on</strong>strução e compartilhamento coletivo do saber, ocorrendo através<br />
das trocas instantâneas das comunicações, peculiares desses sistemas; o acesso<br />
ilimitado as f<strong>on</strong>tes da própria Internet; e o incentivo as relações em redes, para<br />
lógicas não-hierárquicas e não-<strong>line</strong>ares. As dificuldades técnicas podem surgir em<br />
qualquer processo tecnológico, elas são insignificantes para impedir a harm<strong>on</strong>ia de<br />
um ambiente colaborativo de aprendizagem, já que o uso de ferramentas como os<br />
e-mails, chat´s e fóruns não apresentam maiores complexidades. Acredita-se<br />
então, que o grande desafio do ensino <strong>on</strong>-<strong>line</strong> está em tornar as comunicações do<br />
ambiente em algo c<strong>on</strong>strutivo para aprendizagem.<br />
Desta maneira, c<strong>on</strong>sidera-se a criação de regras ou c<strong>on</strong>trato de c<strong>on</strong>dutas a<br />
serem c<strong>on</strong>stituídos no ambiente virtual, mesmo que na maioria das vezes, fique<br />
implícito, levando em c<strong>on</strong>ta as diferenças entre as interações virtuais e as<br />
presenciais, além também de c<strong>on</strong>siderar as comunicações não-verbais, em<br />
ambientes de arquivos compartilhados.<br />
A <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> <strong>on</strong>-<strong>line</strong> permitiu uma renovação de valores e métodos<br />
educaci<strong>on</strong>ais que podem resolver questões tanto da <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> presencial como à<br />
distância, entres quais: maior acesso, menor custo, mais interatividade,<br />
flexibilidade e c<strong>on</strong>tinuidade entre outros (SENAC, 2009). Os ambientes virtuais de<br />
aprendizagem, a exemplo do Moodle são projetados para apresentarem o processo<br />
de ensino de forma envolvente e dinâmico, mobilizando a atenção de seus usuários<br />
e assim, garantindo a comunicação em tempo real ou não, c<strong>on</strong>sequentemente,<br />
estimulando a aprendizagem. Essas ferramentas virtuais podem oferecer diversos<br />
modelos de cursos que coexistem de acordo com <strong>suas</strong> necessidades especificas. O<br />
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Educador deve ter a c<strong>on</strong>sciência da abrangência de cada modelo, usando de<br />
maneira coerente e resp<strong>on</strong>sável, explorando <strong>suas</strong> <strong>possibilidades</strong>.<br />
Para isso, Valente (2009) propõe ainda, algumas classificações para<br />
diferentes abordagens da <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> na Internet como: Quanto ao grau de interação<br />
entre alunos e professores, quanto ao equilíbrio do c<strong>on</strong>teúdo e a interação, e por<br />
fim, quanto à ênfase na cooperação. Para o autor, o grau de interação está<br />
relaci<strong>on</strong>ado à capacidade das comunicações entre os usuários no processo<br />
educativo <strong>on</strong>-<strong>line</strong>, levando em c<strong>on</strong>ta três p<strong>on</strong>tos: O primeiro é o Broadcast, que<br />
“[...] é a capacidade do sistema em enviar a informação para todas as máquinas<br />
interligadas em redes de computadores e sub-redes. Essa abordagem é baseada em<br />
tutoriais computaci<strong>on</strong>ais ou comunicação unilateral”. (WIKIPÉDIA, 2009) O<br />
professor, após organizar seu material, disp<strong>on</strong>ibiliza pela rede ou é enviado por email.<br />
Neste caso, o aluno não interage com o professor.<br />
A segunda está relaci<strong>on</strong>ada à virtualização da escola, ou seja, sua<br />
capacidade técnica e pedagógica em administrar o espaço virtual para fins<br />
educaci<strong>on</strong>ais. Nessa dinâmica o professor envia o c<strong>on</strong>teúdo ao aluno, que estuda e<br />
devolve sob forma de atividade ou avaliação dem<strong>on</strong>strando o que aprendeu. O<br />
terceiro, o estar junto virtual. É basicamente sua capacidade de comunicação<br />
bilateral instantânea ou não instantânea. A Instituição deve disp<strong>on</strong>ibilizar e<br />
gerenciar da melhor forma, o maior número possível de recursos de interação e<br />
interatividade. Esse procedimento visa aproximar de maneira virtual, o professor e<br />
aluno que estão geograficamente distantes, podendo atender <strong>suas</strong> ansiedades,<br />
expectativas e dúvidas que surgem inevitavelmente durante o processo de ensino<br />
<strong>on</strong>-<strong>line</strong>.<br />
Em relação à abordagem quanto ao equilíbrio do c<strong>on</strong>teúdo e à interação<br />
cita-se Moran (2003) que classifica os cursos da seguinte maneira: cursos focados no<br />
c<strong>on</strong>teúdo, cursos que equilibram c<strong>on</strong>teúdo e interação, e cursos que focam mais a<br />
interação que o c<strong>on</strong>teúdo.<br />
Os cursos focados no c<strong>on</strong>teúdo apresentam todo a sua estrutura<br />
programática e c<strong>on</strong>teúdos finalizados, estabelecendo pouca interação via e-mail,<br />
listas de discussão ou fóruns. Alguns críticos procuram generalizar esses cursos<br />
como exemplos predominantes do ensino <strong>on</strong>-<strong>line</strong>, além de afirmar sua ineficiência<br />
pedagógica gerada pelo isolamento do aluno. A crítica é decorrente da alegação<br />
que esses cursos não oferecem uma comunicação ativa, apresentando limitações na<br />
c<strong>on</strong>strução, compartilhamento e nas trocas culturais.<br />
Cursos que equilibram c<strong>on</strong>teúdo e interação apresentam seus c<strong>on</strong>teúdos<br />
pr<strong>on</strong>tos um primeiro momento, e doravante, é c<strong>on</strong>struído ao l<strong>on</strong>go do processo. O<br />
c<strong>on</strong>teúdo fica disp<strong>on</strong>ível <strong>on</strong>-<strong>line</strong> e são desenvolvidas atividades de pesquisa e<br />
comunicação com os alunos, tomando aproximadamente, a metade do tempo do<br />
curso.<br />
Nos cursos que focam mais a interação que o c<strong>on</strong>teúdo, apresenta um forte<br />
estímulo à criação de comunidades virtuais de aprendizagem, <strong>on</strong>de a comunicação<br />
síncr<strong>on</strong>a e assíncr<strong>on</strong>a c<strong>on</strong>stantes entre os alunos favorecem a c<strong>on</strong>strução coletiva<br />
do c<strong>on</strong>hecimento. Essa característica é marcante em cursos que utilizam os novos<br />
ambientes virtuais como o Moodle em sua plenitude tecnológica, mas em alguns<br />
casos, tais <strong>possibilidades</strong> pedagógicas não são exploradas adequadamente por seus<br />
administradores e professores, fragilizando todo o processo.<br />
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Visando a diferenciação das aprendizagens em relação à interação e<br />
interatividade entre os alunos, Moran (2003) propõe classificar os cursos <strong>on</strong>-<strong>line</strong><br />
levando em c<strong>on</strong>ta a ênfase na cooperação, dividindo-os em dois formatos: os nãocooperativos<br />
e os cooperativos, <strong>on</strong>de o primeiro se preocupa com os c<strong>on</strong>teúdos<br />
expostos diretamente para o aluno e o segundo com os estímulos das interações<br />
sociais entre alunos do mesmo curso. Os cursos de propostas não-cooperativos<br />
adotam uma metodologia <strong>on</strong>de o professor e os materiais são resp<strong>on</strong>sáveis pelo<br />
c<strong>on</strong>teúdo e desenvolvimento seqüencial do curso. Os alunos se colocam como<br />
c<strong>on</strong>strutores individuais de seus próprios caminhos e c<strong>on</strong>hecimentos, sendo que a<br />
interação não é uma prioridade dentro do processo.<br />
Os cooperativos procuram adotar as colaborações como instrumento através<br />
do qual se c<strong>on</strong>strói os saberes, valorizando as relações entre os participantes. O<br />
professor tem o objetivo de estimular a troca de informações entre os<br />
participantes, favorecendo a c<strong>on</strong>vivência social e a c<strong>on</strong>strução do c<strong>on</strong>hecimento de<br />
forma compartilhada.<br />
Diante essas classificações fica evidente que o mais importante é não perder<br />
de vista que a tecnologia, por mais moderna e de fácil manuseio, não avaliza a<br />
qualidade da proposta. Os materiais didáticos, sejam eles idealizados para uma<br />
página virtual ou um livro, encerram desenvolvimentos de c<strong>on</strong>teúdos. A qualidade<br />
não está relaci<strong>on</strong>ada exclusivamente ao software e <strong>suas</strong> <strong>possibilidades</strong><br />
comunicativas, mas com as <strong>possibilidades</strong> de desenvolvimento dos c<strong>on</strong>teúdos e às<br />
atividades geradoras de uma aprendizagem significativa.<br />
AVAS, MOODLE E SUAS ORIGENS<br />
Em muitos casos, as tecnologias surgem em diversas culturas como prótese<br />
do desenvolvimento humano, objetivando o aumento, por exemplo, de uma<br />
capacidade muscular, sensorial ou cognitiva. No início do século XIX, as máquinas a<br />
vapor possibilitaram a industrialização, aumentando a produção massiva dos bens e<br />
serviços, permitindo o rápido transporte. A função principal destas máquinas neste<br />
c<strong>on</strong>texto foi substituir e amplificar o trabalho físico do homem. Na sociedade atual,<br />
a informática, junto com as telecomunicações e a microeletrônica, tornou possível<br />
a produção massiva e sistemática das informações, da tecnologia e do<br />
c<strong>on</strong>hecimento. Os seus objetivos são a substituição e a amplificação do trabalho<br />
mental do homem.<br />
Assim, os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) nasceram diante da<br />
euforia e do modismo tecnológico da expansão das redes de informações pelo globo<br />
terrestre, período c<strong>on</strong>hecido como revolução digital, identificada por Tajra (2000)<br />
ao afirmar que a internet, a partir de 1995, penetrou no mercado, iniciando uma<br />
nova revolução, a revolução digital, a era da inteligência em rede, na qual seres<br />
humanos combinam sua inteligência, c<strong>on</strong>hecimento e criatividade para revoluções<br />
de riquezas e desenvolvimento social.<br />
Mesmo assim, é possível identificar inspirações tecnológicas na <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> no<br />
inicio dos anos 70. As idéias de Ivan Illich expostas na sua obra “Sociedade sem<br />
Escolas” de 1973 já propunham modalidades alternativas de aprendizagem. Entre<br />
<strong>suas</strong> propostas estava à necessidade do uso do computador para promover<br />
enc<strong>on</strong>tros entre alunos e educadores com mesmas afinidades acadêmicas, além de<br />
servir de suporte para estimular grupos de discussão e exposição de idéias.<br />
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Um enc<strong>on</strong>tro arranjado pelo computador para discutir um artigo que apareceu numa revista<br />
naci<strong>on</strong>al, mantido num café da Quarta Avenida, não obrigará a nenhum dos participantes a<br />
ficar na companhia de seus novos c<strong>on</strong>hecidos por mais tempo do que leva para tomar uma<br />
xícara de café, nem estará obrigado a enc<strong>on</strong>tra-se com qualquer um deles numa segunda<br />
vez. (ILLICH, 1985 p.51)<br />
Quando os primeiros ambientes virtuais surgiram na década de 80,<br />
preocupavam-se em apenas disp<strong>on</strong>ibilizar materiais educaci<strong>on</strong>ais de forma mais<br />
diretiva. Esses sistemas eram criticados por serem espaços de c<strong>on</strong>teúdo fechado, e<br />
as atividades estariam previamente organizadas, sem possibilidade de rearranjo<br />
(SENAC, 2009). Repetia-se a mesma didática, centrada no professor, aplicada em<br />
muitos centros presenciais, mas dessa vez, de forma eletrônica, caracterizando um<br />
ambiente tecnicista de aprendizagem.<br />
No final dos anos 90, esse entendimento começou a ser revisto, em<br />
decorrência principalmente, da expansão desenfreada das redes pelo mundo. A<br />
Internet disseminada pelo globo terrestre viabilizou a acessibilidade ampla das<br />
informações que se tornarão cada vez mais compartilhada entre as pessoas. A<br />
sociedade estava evidenciando uma nova revolução, o que se chamaria em seguida<br />
de Globalização da Informação. Não se poderia abrir mão desta oportunidade de<br />
transformação dos processos de aquisição da informação, principalmente aqueles<br />
direci<strong>on</strong>ados para área educaci<strong>on</strong>al. A <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> tinha que acompanhar essa<br />
revolução, na busca de uma alternativa de melhor formar e informar futuras<br />
gerações de profissi<strong>on</strong>ais das mais diversas áreas da sociedade.<br />
Foi nesta época, através de muita pressão, principalmente pelos intelectuais<br />
e acadêmicos, que o papel dos computadores na <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> deveria ser revisto,<br />
analisando sua funci<strong>on</strong>alidade de maneira mais ampla do que simples dispositivos<br />
eletrônicos capazes de repassar c<strong>on</strong>hecimentos pr<strong>on</strong>tos e de forma eletrônica. A<br />
aquisição de c<strong>on</strong>hecimentos diversificados e de fácil acesso a f<strong>on</strong>tes inesgotáveis<br />
de informações da Internet, ao lado de um planejamento pedagógico,<br />
comprometido com uma <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> moderna, resultaria em algo promissor para<br />
elevação intelectual.<br />
Desta forma, a segunda geração de ambientes virtuais de aprendizagem<br />
evoluiu visando essa nova realidade, aproveitando os aperfeiçoamentos<br />
tecnológicos e sendo planejados, passando a utilizar como base, as seguintes<br />
estratégias:<br />
1. Incorpora elementos já existentes da web, como correio eletrônico e grupos de discussão.<br />
2. Agregar elementos para atividades específicas de informática, como gerenciar arquivos e<br />
copias de segurança.<br />
3. Criar elementos específicos para atividade educaci<strong>on</strong>al, como módulos para c<strong>on</strong>teúdo e<br />
avaliação<br />
4. Adici<strong>on</strong>ar elementos de administração acadêmica sobre cursos, alunos, avaliações e<br />
relatórios. (FRANCO, CORDEIRO, CASTILHO, 2003)<br />
Os novos ambientes virtuais passaram a seguir essa ideologia educaci<strong>on</strong>al,<br />
transformando-se em sistemas acessíveis à c<strong>on</strong>figuração do espaço de<br />
aprendizagem com grande flexibilidade do tempo e espaço, de modo atender as<br />
necessidades de diferentes grupos de usuários.<br />
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Com o crescimento do mercado e o surgimento de diversos ambientes<br />
c<strong>on</strong>tendo <strong>suas</strong> próprias ferramentas, houve a necessidade para Lucena (2009) da<br />
criação de padrões para o desenvolvimento de soluções que se adaptassem a<br />
qualquer tipo de plataforma. Assim, o amoldamento desses padrões c<strong>on</strong>sistia na<br />
universalização da utilização dos c<strong>on</strong>teúdos, na possibilidade de reutilização de<br />
objetos de aprendizagem e a na fácil migração para outros ambientes. (SENAC,<br />
2009)<br />
É nessa atmosfera de busca de ferramentas e métodos para a melhor<br />
aplicabilidade e eficácia da <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> na web é que surge o ambiente virtual de<br />
aprendizagem Moodle em 2002. Um sistema informatizado capaz de simular<br />
situações de sala de aula através recursos de interação e interatividade virtual,<br />
exigidos pelos novos padrões.<br />
Vários protótipos iniciais foram desenvolvidos e descartados, antes que ele lançasse a versão<br />
1.0 para um mundo supresso, no dia 20 de agosto de 2002. Esta versão estava dirigida a<br />
pequenas turmas, mais íntimas, no nível universitário, e era sujeita a pesquisas de estudo<br />
de casos que analisavam de perto a natureza da colaboração e da reflexão que ac<strong>on</strong>teciam<br />
entre pequenos grupos de participantes adultos. (WIKIPÈDIA, 2009)<br />
O Moodle é um pacote de softwares de comunicação e administração<br />
capazes de produzir cursos na web. Trata-se de um projeto de desenvolvimento<br />
global, sendo aperfeiçoado c<strong>on</strong>stantemente por outros usuários que possuem<br />
habilidades em programação e métodos pedagógicos em c<strong>on</strong>s<strong>on</strong>ância com processo<br />
de ensino <strong>on</strong>-<strong>line</strong>. Trata-se de um Ambiente Virtual de Aprendizagem que é provido<br />
livremente como software de f<strong>on</strong>te aberto. Isso não significa que o Moodle não<br />
possua registro ou direitos autorais. O sistema permite copiar, usar e modificar o<br />
Moodle c<strong>on</strong>tanto que o usuário “[...] proveja a f<strong>on</strong>te a outros; não modifique ou<br />
remova a licença original e os direitos autorais, e aplique esta mesma licença a<br />
qualquer trabalho derivado”. (MOODLE, 2009)<br />
A palavra Moodle originalmente é uma sigla para Modular Objeto Orientado<br />
Dinâmico de Ensino Envolvente, significado útil para os entendimentos e c<strong>on</strong>ceitos<br />
estudados por programadores e teoristas da <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g>. Este software surgiu para o<br />
c<strong>on</strong>texto educaci<strong>on</strong>al trazendo as c<strong>on</strong>cepções da c<strong>on</strong>strução c<strong>on</strong>stante do<br />
c<strong>on</strong>hecimento e das interações sociais, características que evoluíram<br />
principalmente nestes últimos dez anos para os ambientes virtuais de<br />
aprendizagem. Incorporou recursos de comunicação síncr<strong>on</strong>a e assíncr<strong>on</strong>a da<br />
Internet, relaci<strong>on</strong>ando-os com um sofisticado sistema de gerenciamento de dados,<br />
organizando passo a passo o que o aluno deve realizar, para alcançar o objetivo<br />
proposto pelo curso durante um determinado período.<br />
Através dele, o usuário é motivado a desenvolver tarefas e participações<br />
dentro de perspectivas socioc<strong>on</strong>struci<strong>on</strong>ista, abordagem justificada pelo seu<br />
criador, <strong>on</strong>de os objetivos são alcançados através da c<strong>on</strong>strução colaborativa do<br />
c<strong>on</strong>hecimento, previamente programado e supervisi<strong>on</strong>ado por coordenadores e<br />
tutores especialistas com a disciplina e o sistema digital de gestão. Mas todas essas<br />
características do Moodle só podem ser alcançadas quando se tem em mente que o<br />
sistema precisa ser flexível em todas <strong>suas</strong> estruturas para satisfazer uma variedade<br />
larga de necessidades, enquanto permanece simples o bastante para os professores<br />
começarem o bom uso do poder da internet para comunidade que c<strong>on</strong>strói uma<br />
aprendizagem colaboradora. O sistema Moodle deve ser visto como uma caixa de<br />
ferramentas, <strong>on</strong>de os usuários podem simplesmente e naturalmente começar <strong>suas</strong><br />
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atividades, progredindo com o passar do tempo, facilitando o acesso para uma<br />
comunidade mais avançada.<br />
Assim, a exemplo do Moodle, os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs)<br />
procuram reunir em uma Website, recursos para uso didático e para gestão dos<br />
processos de ensino-aprendizagem na rede. Esses sistemas buscam corresp<strong>on</strong>der às<br />
necessidades de professores, administradores e alunos, desenvolvendo ambientes<br />
motivadores e de fácil utilização, com <strong>possibilidades</strong> de adaptação a diferentes<br />
metodologias. De maneira geral, os AVAs dessa nova geração disp<strong>on</strong>ibilizam<br />
diferentes interfaces para alunos, professores administradores, visando a atender<br />
as necessidades de cada segmento e garantir, a inviolabilidade das informações.<br />
Por isso que os acessos são c<strong>on</strong>trolados e registrados, feitos através por códigos de<br />
identificação como senhas pessoais ou criptografias (códigos complexos de<br />
segurança).<br />
Apesar do Moodle não ser uma produção tecnológica naci<strong>on</strong>al, em pouco<br />
tempo popularizou-se pelas Instituições promotoras de Educação a Distância no<br />
Brasil, tornando um dos ambientes de aprendizagem mais utilizado no país,<br />
principalmente para o Ensino a Distância.<br />
A PEDAGOGIA MOODLE<br />
De modo geral, a essência do software de rede Moodle são os cursos que<br />
disp<strong>on</strong>ibilizam diversas ferramentas para alunos, professores e administradores<br />
desenvolverem um trabalho criativo e dinâmico. Entre as atividades e recursos<br />
disp<strong>on</strong>íveis destacam-se os fóruns, glossários, wikis, tarefas, banco de dados e<br />
outros que podem ser pers<strong>on</strong>alizados de acordo com as necessidades de cada<br />
abordagem. O Modelo de apresentação deste software de rede é baseado na<br />
seqüência de unidades expostas para determinado período, combinando atividades<br />
individuais e em grupos, auxiliados por ferramentas guias que ajudam os<br />
participantes a aprender os caminhos dentro do processo.<br />
Existem na Internet outras ferramentas capazes de c<strong>on</strong>struir facilmente<br />
comunidades de estudantes, como blogs, messenger, listas de participantes e<br />
outros como também dispositivos úteis de agrupamento de usuários como<br />
relatórios, fóruns temáticos e vários sistemas que surgem quase que diariamente na<br />
rede. A diferença é que Moodle força seus usuários deliberadamente a se envolver<br />
nas mesmas ferramentas de acordo com a criatividade do professor, e a<br />
comunidade se mantêm fechada para um objetivo colaborativo, <strong>on</strong>de o acesso é<br />
permitido através de um código pessoal, tornando o ambiente e seus materiais<br />
didáticos seguros.<br />
Para o criador do Moodle, o Australiano Prof. Martim Dougiamas, o<br />
C<strong>on</strong>struci<strong>on</strong>ismo social é a pedagogia empregada pelo ambiente, e se justifica<br />
seguindo cinco referências úteis para tal entendimento:<br />
Primeiro é que todos nós somos os professores potenciais como também os estudantes - em<br />
um verdadeiro ambiente colaborador nós somos ambos; segundo, nós aprendemos<br />
particularmente bem do ato de criar ou expressar algo para outros verem; terceiro, nós<br />
aprendemos muito há pouco observando a atividade de nossos semelhantes; quarto,<br />
entendendo os c<strong>on</strong>textos de outros, nós podemos ensinar mais de um modo de<br />
transformação (c<strong>on</strong>strutivismo); e quinto, um ambiente de aprendizagem precisa ser flexível<br />
e adaptável, de forma que isto pode resp<strong>on</strong>der depressa às necessidades dos participantes<br />
dentro disto. (MOODLE, 2008).<br />
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A primeira vista, fica impossível não lembrar, e até mesmo, relaci<strong>on</strong>ar essa<br />
pedagogia ao C<strong>on</strong>struci<strong>on</strong>ismo social do professor norte americano de psicologia<br />
Kenneth Gergen, um movimento de crítica à Psicologia Social modernista do inicio<br />
do século XX que procurava afirmar através de três grandes pressupostos que:<br />
O primeiro é que a realidade é dinâmica, não possuindo qualquer tipo de essência ou leis<br />
imutáveis. A segunda é que o c<strong>on</strong>hecimento é somente uma c<strong>on</strong>strução social, baseado em<br />
comunidades lingüísticas. A terceira é que o c<strong>on</strong>hecimento tem c<strong>on</strong>seqüências sociais, e que<br />
são estas que devem determinar se ele é válido ou não. (CASTAÑON, 2005).<br />
Com isso, Gergen procura dedicar-se ao desenvolvimento do diálogo entre a<br />
teoria c<strong>on</strong>struci<strong>on</strong>ista e as práticas sociais. Numa proposital relação, mas no<br />
c<strong>on</strong>texto virtual, Dougiamas acredita que o C<strong>on</strong>strutivismo social do Moodle ocorre<br />
através de um processo de c<strong>on</strong>strução do c<strong>on</strong>hecimento, de forma colaborativa e<br />
dinâmica, procurando desenvolver neste c<strong>on</strong>texto, uma pequena cultura de objetos<br />
compartilhados, com significados compartilhados. Ele acredita que alguém que é<br />
introduzido dentro desse tipo de cultura, aprenderá c<strong>on</strong>stantemente em ser parte<br />
dessa cultura e seus vários níveis. Perante essa posição, a idéia parte do principio<br />
do incentivo à inquietude do usuário nesse processo, que estimulado pelo próprio<br />
ambiente, buscará está dinamicamente participativo dentro desta comunidade<br />
virtual. Desta forma, propicia um ambiente verdadeiramente democrático, <strong>on</strong>de<br />
todos os participantes se colocam ativos dentro do processo.<br />
Este c<strong>on</strong>ceito estende as ideias acima para um grupo social c<strong>on</strong>struindo coisas umas para as<br />
outras, criando, de forma colaborativa, uma pequena cultura de objetos compartilhados,<br />
com significados compartilhados. Quando alguém é introduzido dentro de uma cultura como<br />
esta, está a aprender c<strong>on</strong>tantemente sobre como ser uma parte dessa cultura, a vários<br />
níveis. Um exemplo bem simples é um objecto como um copo. O objecto pode ser usado<br />
para muitas coisas, mas o seu formato sugere algum "c<strong>on</strong>hecimento" sobre c<strong>on</strong>ter líquidos.<br />
Um exemplo mais complexo é um curso <strong>on</strong>-<strong>line</strong>: a "aparência" das ferramentas do software<br />
não apenas indica determinados aspectos de funci<strong>on</strong>amento do curso, mas também as<br />
actividades e textos produzidos dentro do grupo como um todo, que ajudarão a moldar<br />
como cada pessoa se comporta dentro desse grupo. (MOODLE, 2008).<br />
Observa-se que as c<strong>on</strong>cepções de Gergen e de Dougiamas apresentam<br />
semelhanças em relação à c<strong>on</strong>strução de c<strong>on</strong>hecimentos, apesar de serem<br />
desenvolvidas e aplicadas para realidades e c<strong>on</strong>textos diferentes. Sendo assim, essa<br />
abordagem inevitavelmente remete-se a outras duas que dão suporte a pedagogia<br />
empregada pelo Moodle.<br />
A primeira centrada nas idéias c<strong>on</strong>strutivistas, em especial do Psicólogo<br />
Suíço Jean Piaget ao afirmar que o c<strong>on</strong>hecimento é uma c<strong>on</strong>strução social, ou seja,<br />
“[...] somos ativos quando interpretamos a experiência para assimilá-la aos nossos<br />
esquemas e teorias, e somos ativos quando mudamos nossos esquemas e teorias de<br />
forma a acomodarem-se à realidade”. (CASTAÑON, 2005). Piaget acredita que o<br />
mundo vai moldando nossos esquemas quando os desmente seguidamente, exigindo<br />
uma nova acomodação. Seguindo este pensamento, ele resolve elaborar um modelo<br />
de desenvolvimento cognitivo c<strong>on</strong>strutivista, ricamente sustentado por dados<br />
empíricos, que apresentava o sujeito como artífice principal, através da sua ação<br />
no mundo, de <strong>suas</strong> próprias estruturas cognitivas. “É a partir da c<strong>on</strong>stituição de<br />
novas relações baseadas no c<strong>on</strong>hecimento prévio, que se alcançam patamares<br />
cognitivos superiores, sempre levando em c<strong>on</strong>sideração o caráter simultâneo e<br />
provisório da teoria piagetiana.” (FRANCO, 1999).<br />
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A segunda abordagem é a teoria do C<strong>on</strong>struci<strong>on</strong>ismo, das c<strong>on</strong>cepções do Sul<br />
Africano, Prof. Dr. Seymour Papert, compartilhador de inúmeras idéias<br />
c<strong>on</strong>strutivistas. Além de amigo e colaborador de Jean Piaget, Papert é rec<strong>on</strong>hecido<br />
internaci<strong>on</strong>almente como um dos principais pensadores sobre as formas pelas quais<br />
a tecnologia pode modificar a aprendizagem. Papert acreditava numa<br />
aprendizagem autônoma, mas através de descobertas, em um c<strong>on</strong>texto de<br />
aprendizagem ativa e de trabalho dinâmico, e criticava “[...] a idéia de uma<br />
aprendizagem centrada no sistema, por mais aberto e manipulável que este seja<br />
não colhe”. (PINTO, 2002 p.222). Era uma forte critica a perspectiva da<br />
aprendizagem centrada no sujeito, sem grandes intervenções externas, <strong>on</strong>de o<br />
professor volta a ser subalternizado.<br />
Uma das principais idéias de Papert (2009) é que o desenvolvimento<br />
intelectual se realiza pela ação do sujeito sobre o mundo e o modo pelo qual isto<br />
se c<strong>on</strong>verte num processo de c<strong>on</strong>strução interna. Neste caso, o professor deverá<br />
enriquecer o ambiente, provocando situações para que o aprendiz possa se<br />
desenvolver de forma ativa, realizando também <strong>suas</strong> próprias descobertas, em vez<br />
de somente assimilar c<strong>on</strong>hecimentos pr<strong>on</strong>tos, baseados na memorização.<br />
Desta forma, o C<strong>on</strong>struci<strong>on</strong>ismo baseia-se na rec<strong>on</strong>strução teórica do<br />
c<strong>on</strong>strutivismo piagetiano feita por Seymour Papert. Na visão c<strong>on</strong>struci<strong>on</strong>ista, o<br />
objetivo é ensinar de tal forma, a produzir o máximo de aprendizagem, com o<br />
mínimo de ensino. É alcançar meios de aprendizagem fortes que valorizem a<br />
c<strong>on</strong>strução mental do sujeito, apoiada em <strong>suas</strong> próprias c<strong>on</strong>struções no mundo.<br />
Neste sentido, apoiou-se nas <strong>possibilidades</strong> da c<strong>on</strong>strução do c<strong>on</strong>hecimento através<br />
de computadores, procurando introduzir a Inteligência Artificial dos sistemas<br />
digitais ao processo educativo. Surgiam então, novas <strong>possibilidades</strong> para a evolução<br />
da Tecnologia Educaci<strong>on</strong>al através do desenvolvimento de softwares educativos.<br />
Ora, o uso das Tecnologias na Educação já existia antes de Papert ter desenvolvido<br />
essa c<strong>on</strong>cepção, e <strong>suas</strong> propostas possuíam até então, duas vertentes<br />
fundamentais:<br />
Em primeiro lugar, as c<strong>on</strong>cepções próprias das décadas dos anos 50 e 60, nas quais<br />
corresp<strong>on</strong>dia à tecnologia Educaci<strong>on</strong>al o estudo dos meios como geradores de aprendizagem.<br />
Em segundo lugar, fundamentalmente a partir da década de 70, aquelas c<strong>on</strong>cepções que<br />
definem a Tecnologia Educaci<strong>on</strong>al por seu estudo do ensino como processo tecnológico. (DE<br />
PABLOS PONS, 1994, P.42)<br />
Nos anos 50, origem da Tecnologia Educaci<strong>on</strong>al, iniciou-se os debates sobre o<br />
uso do computador na <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> decorrente do movimento crescente,<br />
especialmente nos EUA sobre o tema da Comunicação, já que o país c<strong>on</strong>figurava<br />
seu domínio e desenvolvimento desses equipamentos e buscava estratégias ao lado<br />
de outros campos científicos de apoio, especialmente o da psicologia. A sua<br />
utilização era baseada em c<strong>on</strong>cepções c<strong>on</strong>dutivistas, que se manifestava em<br />
modelos instrutivos nas quais apareciam noções de estímulo e reforço, objetivando<br />
formar mão de obra especializada para atender as demandas do mercado de<br />
trabalho. A raci<strong>on</strong>alidade e o cientificismo na <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> serviam de alicerce para o<br />
planejamento educaci<strong>on</strong>al que deveria eliminar os elementos supérfluos e<br />
subjetivos, tendo como metas à eficiência e a produtividade do sistema. Este<br />
modelo tentava levar a escola à forma de organização industrial, segundo Mazzi<br />
(1981) como base o taylorismo e como características a formulação de objetivos<br />
Ciências Humanas em Revista, v.7, n.2, São Luis/MA, 2009 - ISSN 1678-81
comportamentais, a raci<strong>on</strong>alização entre os meios e fins, a possibilidade de<br />
reprodução, a divisão do trabalho e o c<strong>on</strong>trole de qualidade.<br />
Nesse c<strong>on</strong>texto, c<strong>on</strong>solidou-se a Tecnologia Educaci<strong>on</strong>al, um instrumento<br />
para atendimento das exigências da raci<strong>on</strong>alidade e eficiência. A aplicação de<br />
meios tecnológicos na <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> fundamentava-se na esperança de que estes, por<br />
representarem modernidade e objetividade, pudessem soluci<strong>on</strong>ar os problemas da<br />
<str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g>, que para outros estudiosos estavam em seu subjetivismo.<br />
Os educadores entusiastas da tecnologia educaci<strong>on</strong>al na época aceitavam a<br />
idéia de que a <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> é um universo fechado, que não tem ligação com as<br />
questões sociais e por isso gera seus próprios problemas. Dentro desta perspectiva,<br />
para soluci<strong>on</strong>á-los bastaria aplicar mecanismos de correção e regulação a fim de<br />
voltar ao equilíbrio. Pensava-se que, com a elaboração de objetivos<br />
comportamentais facilmente observáveis e mensuráveis, o planejamento minucioso<br />
e o uso de tecnologia avançada, o professor poderia ter total c<strong>on</strong>trole do processo<br />
ensino-aprendizagem e obter êxito. Como c<strong>on</strong>seqüência dessa postura, a tecnologia<br />
educaci<strong>on</strong>al foi chamada pelos seus críticos de “mecanicista” e “anti-humanista”.<br />
Nessa fase c<strong>on</strong>servadora inicial, tecnologia educaci<strong>on</strong>al significava<br />
aparelhagem, <strong>possibilidades</strong> técnicas. O desenvolvimento, a introdução e a<br />
utilização de equipamentos ocupavam o primeiro plano de interesse.<br />
Esse modelo, que tentava levar a escola à forma de organização industrial, tinha, segundo<br />
Mazzi (1981), como base o taylorismo e como características “a formulação de objetivos<br />
comportamentais, a raci<strong>on</strong>alização entre os meios e fins, a possibilidade de reprodução, a<br />
divisão do trabalho e o c<strong>on</strong>trole de qualidade” (p.25), o que incentivou e impulsi<strong>on</strong>ou o<br />
surgimento de estratégias pedagógicas nas quais as tecnologias eram meios sempre<br />
presentes”.(SAMPAIO, 1999.p.21).<br />
No inicio da década de 80 surgia uma nova estratégia pedagógica,<br />
reivindicada desde os anos 70. C<strong>on</strong>sistiria em uma intensa, dinâmica e produtiva<br />
interação com os sistemas digitais inteligentes, recém surgidos das Novas<br />
Tecnologias da Informação e Comunicação para o desenvolvimento intelectual do<br />
individuo.<br />
“A tecnologia educaci<strong>on</strong>al fundamenta-se em uma opção filosófica, centrada no<br />
desenvolvimento integral do homem, inserida na dinâmica da transformação social;<br />
c<strong>on</strong>cretiza-se pela aplicação de novas teorias, princípios, c<strong>on</strong>ceitos e técnicas num esforço<br />
permanente de renovação da <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g>”.(ABT,1982. p.17).<br />
O uso das tecnologias ap<strong>on</strong>ta para uma <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> que venha atender as<br />
necessidades humanas na era da informação e para isso deve possuir algumas<br />
características como o desenvolvimento das habilidades de pensar criticamente,<br />
comunicar-se, resolver problemas e c<strong>on</strong>textualizar, aprendizagem cooperativa,<br />
avaliação como base no desempenho, professor orientador e facilitador da<br />
aprendizagem e centros de aprendizagem que utilizem tecnologias variadas como<br />
recursos de ensino.<br />
A teoria c<strong>on</strong>struci<strong>on</strong>ista de Papert para os computadores aproveitou-se<br />
essencialmente da evolução dos circuitos integrados, que ascenderam na década de<br />
60 e possibilitaram uma verdadeira revolução tecnológica, dando um salto<br />
significativo para o desenvolvimento de dispositivos mais potentes e inteligentes,<br />
com dimensões cada vez menores. Esse progresso resultaria no surgimento dos<br />
computadores pessoais, menos complexos e de c<strong>on</strong>siderável manuseio. O passo<br />
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dado por Papert foi fundamental para reestruturação e c<strong>on</strong>solidação teórica e<br />
prática da Tecnologia Educaci<strong>on</strong>al iniciada em meados dos anos 70. De mero<br />
tecnicismo escolar, os dispositivos eletrônicos passaram a ser vistos como<br />
significativos instrumentos de desenvolvimento intelectual no processo<br />
educaci<strong>on</strong>al.<br />
Entre os anos 60 e 70, os primeiros passos na c<strong>on</strong>strução de modelos que permitiam fazer a<br />
ligação entre os sistemas de computação e a <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> baseavam-se no beahiorismo puro,<br />
<strong>on</strong>de cada sujeito da aprendizagem era dirigido em cada passo da sua aprendizagem até aos<br />
modelos então inovadores do c<strong>on</strong>strutivismo, na altura ainda muito centrados em Piaget, em<br />
que cada sujeito d aprendizagem era encorajado a enc<strong>on</strong>trar e c<strong>on</strong>struir os seus próprios<br />
percursos de aprendizagem. (PINTO, 2002. p.204)<br />
Na área da Tecnologia Educaci<strong>on</strong>al, Papert se tornou referencia básica de<br />
pesquisa. Ele foi o primeiro a desenvolver um software, dentro de sua teoria<br />
c<strong>on</strong>struci<strong>on</strong>ista, relaci<strong>on</strong>ando a aprendizagem com a inteligência artificial, que foi<br />
denominado de LOGO.<br />
O outro destaque é para Seymour Papert e seu Logo, c<strong>on</strong>struído pelo grupo MIT, que<br />
procurou uma aproximação a matemática e as tecnologias par as crianças e que é uma das<br />
referencias padrão nos processos educaci<strong>on</strong>ais da utilização das TIC. (PINTO, 2002. p.205)<br />
Falar de Papert sem citar o LOGO tornar-se-ia impossível entender as raízes<br />
teóricas da informática na <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g>. Partindo deste p<strong>on</strong>to, acredita-se identificar<br />
o pilar mais forte da c<strong>on</strong>cepção pedagógica do Moodle, <strong>on</strong>de inteligência artificial<br />
é à base de toda a estruturação programática desse ambiente. Os suportes teóricos<br />
aplicados por Papert para o c<strong>on</strong>struci<strong>on</strong>ismo têm a ver com a sua própria<br />
experiência de vida, psicologicamente, fundamenta-se nas idéias de Piaget, <strong>on</strong>de<br />
foi colaborador na Suíça, antes de inventar o LOGO. Podem-se destacar as<br />
principais teses desta c<strong>on</strong>cepção, c<strong>on</strong>forme Papert:<br />
[...] é a ação do sujeito sobre o mundo e o modo pelo qual isto se c<strong>on</strong>verte num processo de<br />
c<strong>on</strong>strução interna. O professor será aquele que enriquece o ambiente, provoca situações<br />
para que o aprendiz possa se desenvolver de forma ativa, realizando também <strong>suas</strong> próprias<br />
descobertas, ao invés de somente assimilar c<strong>on</strong>hecimentos pr<strong>on</strong>tos, baseados na<br />
memorização. Este sujeito aprende / pensa, mesmo sem ser “ensinado'', uma vez que está<br />
em c<strong>on</strong>stante atividade na interação com o ambiente, elaborando e reelaborando hipóteses<br />
que o expliquem. As crianças são vistas como c<strong>on</strong>strutoras de <strong>suas</strong> próprias estruturas<br />
intelectuais. Diante dos estímulos, a partir de seus esquemas mentais, formulam hipóteses,<br />
na tentativa de resolver essas situações. Quando não c<strong>on</strong>seguem resolvê-las, passam por<br />
c<strong>on</strong>flitos cognitivos que as levam à busca de reformulações dessas hipóteses, ampliando<br />
cada vez mais seus sistemas de compreensão, num c<strong>on</strong>tínuo movido pela busca de equilíbrio<br />
de <strong>suas</strong> estruturas cognitivas. Dessa forma, a aprendizagem é resultante da interação do<br />
sujeito com o objeto do c<strong>on</strong>hecimento, que não se reduz ao objeto c<strong>on</strong>creto, mas inclui o<br />
outro, a família, a escola, o social. (PAPERT, 2009).<br />
A origem do LOGO está diretamente associada à infância africana de Papert.<br />
Desde então, ele percebia que cada criança é o c<strong>on</strong>strutor do seu próprio saber,<br />
tendo o seu próprio percurso de aprendizagem, seguindo <strong>suas</strong> idéias e <strong>suas</strong><br />
metáforas para c<strong>on</strong>struir os seus próprios raciocínios. Por isso, a criação deste<br />
software atendia a esses propósitos.<br />
Mesmo com o grande espaço de tempo entre as criações, levando em c<strong>on</strong>ta a<br />
rapidez das evoluções tecnológicas nesses últimos 40 anos, observam-se quase os<br />
mesmos objetivos e cuidados pedagógicos em ambos os processos tecnológicos As<br />
competências proporci<strong>on</strong>adas pelo software educaci<strong>on</strong>al LOGO de Papert na<br />
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década de 70 se assemelham aos do Moodle de Dougiamas do Século XXI, uma vez<br />
que “[...] orienta-se para um desenvolvimento de aprendizagens de caráter<br />
metacognitivo, ou seja, pouco centrada nos c<strong>on</strong>teúdos.” (PINTO, 2002. p.224).<br />
Assim, o LOGO como o Moodle desenvolve saberes, sobretudo, saber-fazer,<br />
sobretudo, saberes-fazer de grande abrangência.<br />
As inspirações pedagógicas que levaram Dougiamas a desenvolver o Moodle<br />
não somente decorrem do C<strong>on</strong>strutivismo Social e do C<strong>on</strong>strutivismo piagetiano,<br />
mas essencialmente do C<strong>on</strong>struci<strong>on</strong>ismo de Papert e de <strong>suas</strong> linhagens teóricas. As<br />
teorias de Papert englobam idéias c<strong>on</strong>gruentes entre as abordagens anteriores,<br />
aprimorando-as para serem aplicados num c<strong>on</strong>texto virtual, servindo de inspiração<br />
para criação dos primeiros softwares educaci<strong>on</strong>ais e c<strong>on</strong>sequentemente, os<br />
primeiros Ambientes Virtuais de Aprendizagem, visando proporci<strong>on</strong>ar competências<br />
como: a aut<strong>on</strong>omia na aprendizagem, impulsi<strong>on</strong>ar a perseverança do aluno,<br />
estruturar o pensamento lógico, desenvolver o espírito científico e competências<br />
pelo método experimental.<br />
Entretanto, ao l<strong>on</strong>go desses anos, houve incansáveis criticas sobre o uso de<br />
Tecnologias na Educação. Softwares como LOGO, Moodle e outros são alvos<br />
c<strong>on</strong>stantes de críticos que não aceitam a ausência do professor e a independência<br />
do aluno em qualquer processo. Muitos afirmavam que esses dispositivos “[...]<br />
empregavam uma visão empresarial da escola, atomização do processo de ensino e<br />
do sujeito na aprendizagem, mecanicismo, instrumentalismo, eficientismo e<br />
ignorância do c<strong>on</strong>texto histórico político social do processo educativo”. (MAGGIO,<br />
1997 p.16). Talvez o excesso de tanta crítica acabasse criando uma cultura de<br />
negação a qualquer tipo de dispositivo ou proposta técnica, por declará-la<br />
favorável de um pensamento técnico-instrumental, ou ainda, a necessidade de<br />
desprezar o desenvolvimento de técnicas de baixo custo<br />
CONCLUSÃO<br />
Diante das reflexões apresentadas ao l<strong>on</strong>go deste trabalho, tendo como<br />
referencial teórico as perspectivas c<strong>on</strong>strutivistas piagetiana e o c<strong>on</strong>struci<strong>on</strong>ismo<br />
de Papert acerca da aprendizagem mediada pelas tecnologias da informação e<br />
comunicação, a relevância pedagógica do uso desse ambiente virtual Moodle na<br />
<str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> <strong>on</strong>-<strong>line</strong> passa essencialmente pela compreensão das <strong>possibilidades</strong> de<br />
cada ferramenta disp<strong>on</strong>ibilizada e do nível de comprometimento dos usuários<br />
envolvidos no processo ensino-aprendizagem.<br />
O nível de competência de um ambiente como Moodle é medido através de<br />
aspectos relativos à promoção da aut<strong>on</strong>omia do estudante, procurando-se<br />
dimensi<strong>on</strong>ar as atividades como estruturas de sentido piagetiano e papertiano, que<br />
não reduzem as <strong>possibilidades</strong> de interação. Perante as abordagens apresentadas, o<br />
Moodle propõe um modelo de ensino que sai da passividade para um mais centrado<br />
no aluno, baseado em <strong>suas</strong> atitudes, enquanto c<strong>on</strong>strutor de c<strong>on</strong>hecimento e<br />
indivíduo social, que aprende com os outros. A c<strong>on</strong>stituição de grupos em um<br />
ambiente como o Moodle precisa garantir a igualdade e a mutualidade na<br />
realização das tarefas. A c<strong>on</strong>strução de portfólios virtuais pelos estudantes deve<br />
levar em c<strong>on</strong>sideração que, a produção acadêmica nestes ambientes passa a<br />
integrar a Internet, local <strong>on</strong>de o estudante é visualizado por outros que analisarão,<br />
c<strong>on</strong>tribuirão e ainda c<strong>on</strong>testarão <strong>suas</strong> idéias.<br />
Ciências Humanas em Revista, v.7, n.2, São Luis/MA, 2009 - ISSN 1678-81
O Moodle, por ser um instrumento influenciador dessas c<strong>on</strong>struções, acaba<br />
se tornando um modelo exemplar de trocas culturais. Ele se c<strong>on</strong>ecta aos alunos de<br />
um modo pessoal, detectando as necessidades de aprendizagem, facilitando<br />
discussões e atividades de um modo que leve os alunos, colectivamente, em<br />
direção aos objetivos propostos por essa comunidade virtual. Obviamente que o<br />
Moodle não força a este estilo de comportamento. Ele foi feito para o otimizar.<br />
Desta forma, justifica o nome “Virtual” desse espaço digitalizado, não no sentido<br />
obvio de simular, mas de amplificar a força da aprendizagem. No futuro, à medida<br />
que a infraestrutura técnica do Moodle for se tornando mais estável, acredita-se<br />
que promover avanços de carater pedagógico será a principal direção de<br />
desenvolvimento.<br />
Por outro lado, verifica-se nesses últimos anos que o Moodle c<strong>on</strong>quistou a<br />
preferência de muitas instituições no Brasil para gerenciamento de diversos cursos.<br />
A preocupação surge num possível uso inadequado desse sistema que pode<br />
comprometer o seu objetivo principal, ocasi<strong>on</strong>ando percas muitas vezes<br />
irreversíveis para formação do aluno. Nem sempre, os compromissos assumidos<br />
pelos agentes administrativos, professores e alunos são cumpridos em sua plenitude<br />
e assim, cuidados devem ser tomados para evitar como também premeditar<br />
problemas, que surjam durante essa modalidade de ensino.<br />
A partir dessas reflexões, sugere-se a implantação de um instrumento<br />
regulador, capaz de estabelecer ações significativas para o uso do Moodle, levando<br />
em c<strong>on</strong>ta, <strong>suas</strong> c<strong>on</strong>cepções pedagógicas. Não é uma questão de limitar os processos<br />
de c<strong>on</strong>strução do c<strong>on</strong>hecimento ou c<strong>on</strong>trolar as trocas simbólicas e culturais dentro<br />
da comunidade virtual, mas de criar regras suficientemente gerais para o uso<br />
adequado desse sistema por instituições brasileiras, visando garantir um mínimo<br />
possível de qualidade no processo ensino-aprendizagem.<br />
Muitas instituições decidem pela utilização de determinado ambiente por<br />
mera empolgação ou eventual indicação tecnológica. Muitas vezes, a instituição<br />
promotora, professores e usuários não possuem referências pedagógicas<br />
significativas para sua aplicação, e assim não tem a noção exata da real<br />
objetividade das ferramentas virtuais que o Moodle disp<strong>on</strong>ibiliza. Suas ações<br />
decorrem de forma aleatória, disfarçada em solidez pedagógica, ocultado pela<br />
falta de humildade instituci<strong>on</strong>al. O Instrumento regulador garantiria ainda o Moodle<br />
como um processo significativo, valorativo e respeitado como modalidade, e<br />
evitaria sua transformação num produto de aprendizagem, empacotado e<br />
objetivado, um meio de ceder diplomas sem ter compromisso com a formação de<br />
seu alunado.<br />
O p<strong>on</strong>to de partida para o de<strong>line</strong>amento desse instrumento seriam estudos<br />
aprofundados nas experiências pedagógicas com o Moodle em instituições<br />
rec<strong>on</strong>hecidas no país. Os exemplos que apresentarem resultados significativos<br />
serviriam de base para regular o uso didático desse sistema. As experiências<br />
fracassadas serviriam como inspirações para busca de soluções. Tal instrumento<br />
regulador passaria então por aperfeiçoamentos, sendo reavaliado em períodos prédeterminados,<br />
acompanhando a evolução tecnológica e da sociedade.<br />
Ciências Humanas em Revista, v.7, n.2, São Luis/MA, 2009 - ISSN 1678-81
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RESUMO<br />
Este trabalho procura descrever e analisar a evolução e a pedagogia proposta pelo ambiente<br />
virtual de aprendizagem Moodle, apresentando fatores importantes para o desenvolvimento<br />
de cursos pela Internet. O c<strong>on</strong>strutivismo social é ap<strong>on</strong>tado como a filosofia do Moodle que<br />
se apresenta pelas c<strong>on</strong>struções do c<strong>on</strong>hecimento resultantes das trocas culturais através das<br />
ferramentas socializantes oferecidas pelo sistema digital. Verifica-se a preocupação do<br />
entendimento desta filosofia a fim de evitar uma c<strong>on</strong>fusão c<strong>on</strong>ceitual, e sua crescente<br />
utilização pelas instituições promotoras de ensino <strong>on</strong>-<strong>line</strong>, defendendo o acesso a uma<br />
aprendizagem compartilhada e colaborativa. Assim, o trabalho propõe a criação de um<br />
instrumento regulador, capaz de estabelecer diretrizes legais sobre o uso de Ambientes<br />
Virtuais de aprendizagem, em especial, o Moodle.<br />
Palavras chaves: Moodle. Educação <strong>on</strong>-<strong>line</strong>. Ambiente Virtual. Aprendizagem.<br />
Ciências Humanas em Revista, v.7, n.2, São Luis/MA, 2009 - ISSN 1678-81