educação on-line, moodle e suas possibilidades educacionais
educação on-line, moodle e suas possibilidades educacionais
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O Moodle, por ser um instrumento influenciador dessas c<strong>on</strong>struções, acaba<br />
se tornando um modelo exemplar de trocas culturais. Ele se c<strong>on</strong>ecta aos alunos de<br />
um modo pessoal, detectando as necessidades de aprendizagem, facilitando<br />
discussões e atividades de um modo que leve os alunos, colectivamente, em<br />
direção aos objetivos propostos por essa comunidade virtual. Obviamente que o<br />
Moodle não força a este estilo de comportamento. Ele foi feito para o otimizar.<br />
Desta forma, justifica o nome “Virtual” desse espaço digitalizado, não no sentido<br />
obvio de simular, mas de amplificar a força da aprendizagem. No futuro, à medida<br />
que a infraestrutura técnica do Moodle for se tornando mais estável, acredita-se<br />
que promover avanços de carater pedagógico será a principal direção de<br />
desenvolvimento.<br />
Por outro lado, verifica-se nesses últimos anos que o Moodle c<strong>on</strong>quistou a<br />
preferência de muitas instituições no Brasil para gerenciamento de diversos cursos.<br />
A preocupação surge num possível uso inadequado desse sistema que pode<br />
comprometer o seu objetivo principal, ocasi<strong>on</strong>ando percas muitas vezes<br />
irreversíveis para formação do aluno. Nem sempre, os compromissos assumidos<br />
pelos agentes administrativos, professores e alunos são cumpridos em sua plenitude<br />
e assim, cuidados devem ser tomados para evitar como também premeditar<br />
problemas, que surjam durante essa modalidade de ensino.<br />
A partir dessas reflexões, sugere-se a implantação de um instrumento<br />
regulador, capaz de estabelecer ações significativas para o uso do Moodle, levando<br />
em c<strong>on</strong>ta, <strong>suas</strong> c<strong>on</strong>cepções pedagógicas. Não é uma questão de limitar os processos<br />
de c<strong>on</strong>strução do c<strong>on</strong>hecimento ou c<strong>on</strong>trolar as trocas simbólicas e culturais dentro<br />
da comunidade virtual, mas de criar regras suficientemente gerais para o uso<br />
adequado desse sistema por instituições brasileiras, visando garantir um mínimo<br />
possível de qualidade no processo ensino-aprendizagem.<br />
Muitas instituições decidem pela utilização de determinado ambiente por<br />
mera empolgação ou eventual indicação tecnológica. Muitas vezes, a instituição<br />
promotora, professores e usuários não possuem referências pedagógicas<br />
significativas para sua aplicação, e assim não tem a noção exata da real<br />
objetividade das ferramentas virtuais que o Moodle disp<strong>on</strong>ibiliza. Suas ações<br />
decorrem de forma aleatória, disfarçada em solidez pedagógica, ocultado pela<br />
falta de humildade instituci<strong>on</strong>al. O Instrumento regulador garantiria ainda o Moodle<br />
como um processo significativo, valorativo e respeitado como modalidade, e<br />
evitaria sua transformação num produto de aprendizagem, empacotado e<br />
objetivado, um meio de ceder diplomas sem ter compromisso com a formação de<br />
seu alunado.<br />
O p<strong>on</strong>to de partida para o de<strong>line</strong>amento desse instrumento seriam estudos<br />
aprofundados nas experiências pedagógicas com o Moodle em instituições<br />
rec<strong>on</strong>hecidas no país. Os exemplos que apresentarem resultados significativos<br />
serviriam de base para regular o uso didático desse sistema. As experiências<br />
fracassadas serviriam como inspirações para busca de soluções. Tal instrumento<br />
regulador passaria então por aperfeiçoamentos, sendo reavaliado em períodos prédeterminados,<br />
acompanhando a evolução tecnológica e da sociedade.<br />
Ciências Humanas em Revista, v.7, n.2, São Luis/MA, 2009 - ISSN 1678-81