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educação on-line, moodle e suas possibilidades educacionais

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Visando a diferenciação das aprendizagens em relação à interação e<br />

interatividade entre os alunos, Moran (2003) propõe classificar os cursos <strong>on</strong>-<strong>line</strong><br />

levando em c<strong>on</strong>ta a ênfase na cooperação, dividindo-os em dois formatos: os nãocooperativos<br />

e os cooperativos, <strong>on</strong>de o primeiro se preocupa com os c<strong>on</strong>teúdos<br />

expostos diretamente para o aluno e o segundo com os estímulos das interações<br />

sociais entre alunos do mesmo curso. Os cursos de propostas não-cooperativos<br />

adotam uma metodologia <strong>on</strong>de o professor e os materiais são resp<strong>on</strong>sáveis pelo<br />

c<strong>on</strong>teúdo e desenvolvimento seqüencial do curso. Os alunos se colocam como<br />

c<strong>on</strong>strutores individuais de seus próprios caminhos e c<strong>on</strong>hecimentos, sendo que a<br />

interação não é uma prioridade dentro do processo.<br />

Os cooperativos procuram adotar as colaborações como instrumento através<br />

do qual se c<strong>on</strong>strói os saberes, valorizando as relações entre os participantes. O<br />

professor tem o objetivo de estimular a troca de informações entre os<br />

participantes, favorecendo a c<strong>on</strong>vivência social e a c<strong>on</strong>strução do c<strong>on</strong>hecimento de<br />

forma compartilhada.<br />

Diante essas classificações fica evidente que o mais importante é não perder<br />

de vista que a tecnologia, por mais moderna e de fácil manuseio, não avaliza a<br />

qualidade da proposta. Os materiais didáticos, sejam eles idealizados para uma<br />

página virtual ou um livro, encerram desenvolvimentos de c<strong>on</strong>teúdos. A qualidade<br />

não está relaci<strong>on</strong>ada exclusivamente ao software e <strong>suas</strong> <strong>possibilidades</strong><br />

comunicativas, mas com as <strong>possibilidades</strong> de desenvolvimento dos c<strong>on</strong>teúdos e às<br />

atividades geradoras de uma aprendizagem significativa.<br />

AVAS, MOODLE E SUAS ORIGENS<br />

Em muitos casos, as tecnologias surgem em diversas culturas como prótese<br />

do desenvolvimento humano, objetivando o aumento, por exemplo, de uma<br />

capacidade muscular, sensorial ou cognitiva. No início do século XIX, as máquinas a<br />

vapor possibilitaram a industrialização, aumentando a produção massiva dos bens e<br />

serviços, permitindo o rápido transporte. A função principal destas máquinas neste<br />

c<strong>on</strong>texto foi substituir e amplificar o trabalho físico do homem. Na sociedade atual,<br />

a informática, junto com as telecomunicações e a microeletrônica, tornou possível<br />

a produção massiva e sistemática das informações, da tecnologia e do<br />

c<strong>on</strong>hecimento. Os seus objetivos são a substituição e a amplificação do trabalho<br />

mental do homem.<br />

Assim, os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) nasceram diante da<br />

euforia e do modismo tecnológico da expansão das redes de informações pelo globo<br />

terrestre, período c<strong>on</strong>hecido como revolução digital, identificada por Tajra (2000)<br />

ao afirmar que a internet, a partir de 1995, penetrou no mercado, iniciando uma<br />

nova revolução, a revolução digital, a era da inteligência em rede, na qual seres<br />

humanos combinam sua inteligência, c<strong>on</strong>hecimento e criatividade para revoluções<br />

de riquezas e desenvolvimento social.<br />

Mesmo assim, é possível identificar inspirações tecnológicas na <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> no<br />

inicio dos anos 70. As idéias de Ivan Illich expostas na sua obra “Sociedade sem<br />

Escolas” de 1973 já propunham modalidades alternativas de aprendizagem. Entre<br />

<strong>suas</strong> propostas estava à necessidade do uso do computador para promover<br />

enc<strong>on</strong>tros entre alunos e educadores com mesmas afinidades acadêmicas, além de<br />

servir de suporte para estimular grupos de discussão e exposição de idéias.<br />

Ciências Humanas em Revista, v.7, n.2, São Luis/MA, 2009 - ISSN 1678-81

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