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educação on-line, moodle e suas possibilidades educacionais

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A segunda abordagem é a teoria do C<strong>on</strong>struci<strong>on</strong>ismo, das c<strong>on</strong>cepções do Sul<br />

Africano, Prof. Dr. Seymour Papert, compartilhador de inúmeras idéias<br />

c<strong>on</strong>strutivistas. Além de amigo e colaborador de Jean Piaget, Papert é rec<strong>on</strong>hecido<br />

internaci<strong>on</strong>almente como um dos principais pensadores sobre as formas pelas quais<br />

a tecnologia pode modificar a aprendizagem. Papert acreditava numa<br />

aprendizagem autônoma, mas através de descobertas, em um c<strong>on</strong>texto de<br />

aprendizagem ativa e de trabalho dinâmico, e criticava “[...] a idéia de uma<br />

aprendizagem centrada no sistema, por mais aberto e manipulável que este seja<br />

não colhe”. (PINTO, 2002 p.222). Era uma forte critica a perspectiva da<br />

aprendizagem centrada no sujeito, sem grandes intervenções externas, <strong>on</strong>de o<br />

professor volta a ser subalternizado.<br />

Uma das principais idéias de Papert (2009) é que o desenvolvimento<br />

intelectual se realiza pela ação do sujeito sobre o mundo e o modo pelo qual isto<br />

se c<strong>on</strong>verte num processo de c<strong>on</strong>strução interna. Neste caso, o professor deverá<br />

enriquecer o ambiente, provocando situações para que o aprendiz possa se<br />

desenvolver de forma ativa, realizando também <strong>suas</strong> próprias descobertas, em vez<br />

de somente assimilar c<strong>on</strong>hecimentos pr<strong>on</strong>tos, baseados na memorização.<br />

Desta forma, o C<strong>on</strong>struci<strong>on</strong>ismo baseia-se na rec<strong>on</strong>strução teórica do<br />

c<strong>on</strong>strutivismo piagetiano feita por Seymour Papert. Na visão c<strong>on</strong>struci<strong>on</strong>ista, o<br />

objetivo é ensinar de tal forma, a produzir o máximo de aprendizagem, com o<br />

mínimo de ensino. É alcançar meios de aprendizagem fortes que valorizem a<br />

c<strong>on</strong>strução mental do sujeito, apoiada em <strong>suas</strong> próprias c<strong>on</strong>struções no mundo.<br />

Neste sentido, apoiou-se nas <strong>possibilidades</strong> da c<strong>on</strong>strução do c<strong>on</strong>hecimento através<br />

de computadores, procurando introduzir a Inteligência Artificial dos sistemas<br />

digitais ao processo educativo. Surgiam então, novas <strong>possibilidades</strong> para a evolução<br />

da Tecnologia Educaci<strong>on</strong>al através do desenvolvimento de softwares educativos.<br />

Ora, o uso das Tecnologias na Educação já existia antes de Papert ter desenvolvido<br />

essa c<strong>on</strong>cepção, e <strong>suas</strong> propostas possuíam até então, duas vertentes<br />

fundamentais:<br />

Em primeiro lugar, as c<strong>on</strong>cepções próprias das décadas dos anos 50 e 60, nas quais<br />

corresp<strong>on</strong>dia à tecnologia Educaci<strong>on</strong>al o estudo dos meios como geradores de aprendizagem.<br />

Em segundo lugar, fundamentalmente a partir da década de 70, aquelas c<strong>on</strong>cepções que<br />

definem a Tecnologia Educaci<strong>on</strong>al por seu estudo do ensino como processo tecnológico. (DE<br />

PABLOS PONS, 1994, P.42)<br />

Nos anos 50, origem da Tecnologia Educaci<strong>on</strong>al, iniciou-se os debates sobre o<br />

uso do computador na <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> decorrente do movimento crescente,<br />

especialmente nos EUA sobre o tema da Comunicação, já que o país c<strong>on</strong>figurava<br />

seu domínio e desenvolvimento desses equipamentos e buscava estratégias ao lado<br />

de outros campos científicos de apoio, especialmente o da psicologia. A sua<br />

utilização era baseada em c<strong>on</strong>cepções c<strong>on</strong>dutivistas, que se manifestava em<br />

modelos instrutivos nas quais apareciam noções de estímulo e reforço, objetivando<br />

formar mão de obra especializada para atender as demandas do mercado de<br />

trabalho. A raci<strong>on</strong>alidade e o cientificismo na <str<strong>on</strong>g>educação</str<strong>on</strong>g> serviam de alicerce para o<br />

planejamento educaci<strong>on</strong>al que deveria eliminar os elementos supérfluos e<br />

subjetivos, tendo como metas à eficiência e a produtividade do sistema. Este<br />

modelo tentava levar a escola à forma de organização industrial, segundo Mazzi<br />

(1981) como base o taylorismo e como características a formulação de objetivos<br />

Ciências Humanas em Revista, v.7, n.2, São Luis/MA, 2009 - ISSN 1678-81

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