Da universidade à educação básica: alguns fatores intervenientes
Da universidade à educação básica: alguns fatores intervenientes
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1. Introdução<br />
Este texto é decorrente de uma experiência educativa e dos principais<br />
<strong>fatores</strong> <strong>intervenientes</strong> que emergiram ao longo da execução do projeto “Repassando<br />
os conteúdos básicos de arte no ensino médio da escola pública: uma<br />
atividade de extensão e aperfeiçoamento pedagógico”, iniciado em abril de 1999<br />
e concluído em fevereiro de 2004 (Resolução n.º 155/2000-CONSEPE/UFMA).<br />
Tais <strong>fatores</strong> serviram como referências para a compreensão dos limites e possibilidades<br />
de um curso de formação do educador para a <strong>educação</strong> <strong>básica</strong>, através<br />
do ensino de Arte.<br />
No período de sua vigência, o referido projeto reuniu graduandos e graduados<br />
em torno de <strong>alguns</strong> eventos, <strong>alguns</strong> com a perspectiva de contribuir para<br />
o acesso dos alunos do ensino médio da rede estadual de São Luís aos cursos<br />
superiores, através dos diferentes “concursos públicos” (incluindo os vestibulares).<br />
2. A experiência educativa: visão geral<br />
Nessa experiência, todos os agentes educativos (estudantes de ensino<br />
médio, graduandos, graduados e demais educadores da rede de ensino) estiveram<br />
envolvidos com o estudo e a socialização não somente dos conhecimentos<br />
de formação específica sobre arte, mas com aqueles de fundamentação legal e<br />
de formação geral e pedagógica. Assim, entre 1999 e 2004, as ações de extensão<br />
e aperfeiçoamento pedagógico caminharam em três direções.<br />
A primeira, voltada para o desenvolvimento da uma conduta docenteprofissional<br />
do graduando, enfatizou a relação teoria-prática que se estabelece<br />
no âmbito escolar para validar, negar, retificar, ou ampliar o conhecimento adquirido<br />
ao longo do seu processo de formação acadêmica. Efetivou-se ao longo<br />
de 10 semestres letivos, através da disciplina Prática de Ensino, incluindo, além<br />
dos graduandos regularmente matriculados no Curso de Educação Artística<br />
(EDA/UFMA), os graduados em outras licenciaturas como participantes em<br />
estágio extracurricular.<br />
A segunda, voltada para o aluno do ensino médio, tentou suprir uma<br />
defasagem entre o que é cobrado nos diferentes “concursos públicos” e o que<br />
estava (ou ainda está) sendo oferecido em matéria de ensino de Arte, tanto nas<br />
escolas públicas e privadas quanto nas instâncias de formação do educador.<br />
Foram oferecidos 13 cursos de extensão sobre os conteúdos educativos do ensino<br />
de Arte, que deveriam ser ministrados nas 3 (três) séries desse nível da <strong>educação</strong><br />
<strong>básica</strong> e que são “cobrados” nos vestibulares. A socialização desses con-<br />
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<strong>Da</strong> <strong>universidade</strong> <strong>à</strong> <strong>educação</strong> <strong>básica</strong>