Dezembro - Adventist World
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o<br />
mensagem. A mensagem de um Deus<br />
que não Se assenta isolado em Seu trono,<br />
para falar, de uma distância remota,<br />
da realidade de pecado e dor, mas que<br />
está preparado para Se humilhar e morrer<br />
por Sua criatura ingrata.<br />
A Santa Ceia não apenas<br />
nos relembra a morte de Jesus,<br />
mas proclama alta e publicamente<br />
Sua vitória sobre<br />
o pecado, apontando para o<br />
glorioso dia de Sua segunda<br />
vinda (1Co 11:26).<br />
Esse olhar para frente é<br />
uma parte importante da<br />
teologia cristã e seu estilo de<br />
vida. Ajuda a nos lembrar que a vida<br />
não consiste apenas 50, 60 ou 80 anos e<br />
uma sepultura esperando por nós, mas<br />
que há esperança além da sepultura.<br />
Seremos reunidos com nossos queridos<br />
e com nosso Salvador ressurreto, naquele<br />
grande dia, quando Ele “enxugará dos<br />
olhos toda a lágrima” (Ap 7:17; 21:4;<br />
cf Is 25:8).<br />
Fator Freqüentemente Mal<br />
Compreendido<br />
O livro do Apocalipse descreve essa<br />
reunião como uma grande festa de casamento<br />
(Ap 19:7-9), a qual, mais uma<br />
vez, é uma lembrança da Santa Ceia<br />
(e da antiga refeição da páscoa). Na<br />
realidade, a figura de comer e beber<br />
é usada freqüentemente no livro do<br />
Apocalipse e está relacionada à vitória e<br />
celebração (Ap 2:7; 3:20; 7:16; 12:6, 14;<br />
19:9; 21:6; e 22:17). Essa figura também<br />
introduz a idéia do julgamento final<br />
(Ap 6:8; 14:10; 16:6; 17:16; 19:17, 18;<br />
e 20:9). 2<br />
Esse aspecto particular do julgamento,<br />
em relação a comer e beber, está<br />
presente também na Santa Ceia. Paulo<br />
lembra a igreja de Corinto e afirma que<br />
o indivíduo que participa da Santa Ceia<br />
“indignamente” “será réu do corpo e<br />
do sangue do Senhor” (1Co 11:27).<br />
Em outras palavras, quando você e eu<br />
participamos da Santa Ceia sem nos<br />
arrependermos de nossos maus pensa-<br />
mentos, obras más e motivos egoístas,<br />
perdemos uma oportunidade inacreditável.<br />
Continuamos a carregar esses<br />
pecados, em vez de “descarregá-los”<br />
sobre nosso Receptor de pecados celestial<br />
e deixar que sejam apagados dos<br />
nossos registros.<br />
Esses sentimentos de Paulo podem<br />
ser a razão por que alguns de nós não<br />
participam da Santa Ceia. Talvez se sintam<br />
indignos – sentem que a desordem<br />
de sua vida nunca poderá ser corrigida.<br />
Acham que talvez não possam perdoar o<br />
que fizeram com eles.<br />
Na verdade, não são essas coisas<br />
que nos tornam indignos. Só nos tornamos<br />
indignos de participar da Santa<br />
Ceia quando não mais ouvimos a voz<br />
do Espírito Santo – o Espírito nos fala<br />
com amor, quer nos condenando, quer<br />
nos transformando. Aqueles que participaram<br />
da primeira Ceia não eram<br />
infalíveis ou perfeitos. Na verdade, todos<br />
os participantes, naquela noite, negaram<br />
sua fé, traíram seu Mestre e simplesmente<br />
fugiram.<br />
Por intermédio da Santa Ceia,<br />
entretanto, Deus providenciou uma<br />
maneira maravilhosa de nos alegrar<br />
fisicamente na companhia dos crentes.<br />
Ao lavarmos os pés uns dos outros, ao<br />
comermos e bebermos os emblemas<br />
da morte de Jesus Cristo, ao cantarmos<br />
juntos um hino de vitória e salvação,<br />
com o qual terminamos cada uma<br />
dessas cerimônias, tornamo-nos parte<br />
do (indivisível) corpo de Cristo – a<br />
noiva se aprontando para encontrar<br />
seu Noivo.<br />
Novas Memórias, Novos Hinos<br />
Ainda posso me lembrar dessas<br />
maravilhosas reuniões de Santa Ceia<br />
– algumas vezes celebradas em lugares<br />
estranhos, geralmente participando com<br />
pessoas que eu nunca havia conhecido<br />
antes, mas que sempre me levaram para<br />
mais perto do meu Salvador. Toda vez<br />
que participo da Ceia, o perdão se torna<br />
realidade, novas memórias de vitórias<br />
são acrescentadas, novos hinos são escritos<br />
e vidas são transformadas.<br />
Eu amo estar à mesa. E você?<br />
1 Os três evangelhos que descrevem a história da última Santa<br />
Ceia incluem o termo “cálice” (Mt 26:27; Mc 14:23; Lc 22:17;<br />
também 1Co11:25-27), o que não especifica, na realidade, o<br />
tipo de bebida que estava no cálice. A indicação do conteúdo<br />
do cálice vem, apenas, na declaração de Jesus (mais tarde)<br />
de que Ele não iria “beber desse fruto da videira” até o fim<br />
do banquete escatológico (Mt 26:29). Para pesquisa mais<br />
profunda, veja Gerald A. Klingbeil, Bridging the Gap: Ritual<br />
and Ritual Texts in the Bible (Bulletin for Biblical Research<br />
Supplements 1; Winona Lake, Indiana: Eisenbrauns, 2007),<br />
p. 178-181.<br />
2 Para mais detalhes, veja Gerald A. Klingbeil, “‘Eating’<br />
and ‘Drinking’ in the Book of Revelation: A Study of New<br />
Testament Thought and Theology”, Journal of the <strong>Adventist</strong><br />
Theological Society 16.1-2 (2005): p. 75–92.<br />
S A Santa Ceia é a participação nos emblemas<br />
do corpo e sangue de Jesus como uma<br />
expressão de fé em nosso Senhor e Salvador.<br />
Nessa experiência de comunhão, Cristo<br />
está presente e fortalece Seu povo. Ao participarmos, proclamamos alegremente a<br />
morte do Senhor até que Ele venha outra vez. A preparação para a Ceia inclui autoexame,<br />
arrependimento e confissão. O Mestre ordenou a cerimônia do lava-pés como<br />
símbolo de purificação renovada, para expressar disposição de servir um ao outro<br />
com humildade semelhante à de Cristo, e para unir, em amor, nosso coração. A Santa<br />
Ceia é aberta a todos os crentes cristãos (1Co 10:16, 17; 11:23-30; Mt 26:17-30; Ap 3:20;<br />
Jo 6:48-63; 13:1-17).<br />
anta<br />
A<br />
Ce a<br />
<strong>Dezembro</strong> 2007 | <strong>Adventist</strong> <strong>World</strong> 13