Dezembro - Adventist World
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H E R A N Ç A A D V E N T I S T A<br />
A comunidade mundial de fé dos adventistas do sétimo dia<br />
tem apoiado literalmente milhões de crianças em mais de 200<br />
países. Quase todas essas crianças são servidas pelo Ministério<br />
da Escola Sabatina, que oferece material apropriado a cada<br />
idade. No texto abaixo, escrito por um dos historiadores mais<br />
conhecidos da Igreja, está retratada a história de como esse<br />
ministério começou. – Os Editores<br />
Foi no verão de 1852, seis anos após o início da mensagem<br />
do terceiro anjo. A sede, se assim podia ser chamada,<br />
localizava-se em um lugar escondido de Rochester,<br />
Nova Iorque (EUA). O número de obreiros, nos campos,<br />
resumia-se a três. A cólera se alastrava pela cidade e, pela noite<br />
afora, o rumor agourento da carruagem da morte parecia condenar<br />
os vivos. As pessoas foram tomadas pelo medo.<br />
Tiago e Ellen White tinham compromissos fora de Rochester,<br />
em Bangor, Maine, e viajariam em charrete puxada por<br />
cavalo. Porém, Edson, seu fi lho de 3 anos, estava acometido de<br />
cólera. Como poderiam partir? Com os irmãos e irmãs, eles<br />
o entregaram ao Senhor e, embora a enfermidade estivesse<br />
estável, o garoto ele continuava fraco e inerte. Não podiam<br />
abandoná-lo, embora devessem ir. Colocando o menino sobre<br />
um travesseiro, em uma tarde, às dezesseis horas, a mãe viajou<br />
cerca de trinta e seis quilômetros, enquanto o pai dirigia, antes<br />
de fazer uma pausa à noite.<br />
– Se continuarem – disse seu anfi trião –, vão enterrar essa<br />
criança na beira da estrada. Mesmo assim, continuaram por<br />
mais cento e sessenta quilômetros em dois dias. A mãe estava<br />
exausta e dormia grande parte do caminho com o fi lho atado<br />
ao corpo por uma faixa de tecido, para que não caísse. O<br />
pequeno Edson reviveu e restabelecia-se progressivamente,<br />
enquanto os pais cumpriam seus compromissos, iniciados<br />
em Vermont.<br />
Porventura, o fato de presenciar a doença de seu fi lho foi<br />
um alerta a Tiago White para a necessidade da causa infantil?<br />
Teria ele ouvido a voz do Mestre, enquanto dirigia, orando<br />
silenciosamente ao contemplar sua esposa exausta e o bebê<br />
sofrendo, dizendo: “não as impeçais, pois delas é o reino dos<br />
céus”? Havia lá outros bebês e outras crianças dos crentes que,<br />
embora fossem poucas centenas, estavam abatidas, não por<br />
alguma enfermidade, mas pela negligência espiritual. Uma<br />
criança – o ela representava? Simplesmente um pequeno homem<br />
e, como pequeno homem, deveria receber um pouco do<br />
que os homens mais velhos recebiam. Deveria ouvir sermões,<br />
Arthur W. Spalding (1877-1953) foi um educador<br />
adventista muito admirado, além de autor<br />
e editor. Seus quatro volumes sobre a história<br />
da Igreja, Origin and History of Seventh-day<br />
<strong>Adventist</strong>s (Origem e História dos <strong>Adventist</strong>as<br />
do Sétimo Dia), de onde foi extraído este texto, (vol. 2, p. 61-65),<br />
foram publicados em 1962.<br />
24 <strong>Adventist</strong> <strong>World</strong> | <strong>Dezembro</strong> 2007<br />
Suprindo<br />
Cri<br />
das<br />
movendo os pés pendentes do banco alto e sacudindo o corpo<br />
cansado contra sua mãe; se não conhecia todas as palavras difíceis,<br />
conheciam as fáceis, como: pecado, queda, anjo, Jesus, fi m<br />
do mundo. O tempo era curto, o Senhor voltaria antes que as<br />
crianças crescessem; para que educá-las? Tiago White escreveu:<br />
“Alguns pensaram que, porque Cristo estava voltando, não precisavam<br />
colocar tal fardo sobre seus fi lhos. Esse foi um grave<br />
erro, sufi ciente para ser severamente repreendido pelo Céu.”<br />
Esse homem que gostava de crianças tinha sido professor.<br />
No início de seu ministério, ele havia contestado os adultos<br />
por se oporem à conversão e batismo de crianças, e agora, ao<br />
enfrentar difi culdades para impulsionar a mensagem fi nal<br />
do evangelho, estava profundamente preocupado com as necessidades<br />
delas. E Deus o usou como um meio de plantar a<br />
semente de um magnífi co movimento da igreja pela educação<br />
das crianças. Seu propósito imediato era começar com a única<br />
revista que possuíam – a Review and Herald [atualmente,<br />
<strong>Adventist</strong> Review]. Disse ele: “Planejamos publicar uma pequena<br />
revista mensal com assuntos de interesse das crianças,<br />
e estamos seguros de que nossos irmãos e irmãs concordarão<br />
conosco quanto a essa grande necessidade. As crianças precisam<br />
de uma revista só para elas, que as instrua e pela qual se<br />
interessem.<br />
“Deus está trabalhando com as crianças, cujos pais ou<br />
tutores são crentes. Muitas delas estão se convertendo e necessitam<br />
ser instruídas na verdade presente. Há ainda uma<br />
boa parcela de crianças, cujos pais ou tutores são crentes, mas<br />
estão sendo negligenciadas e não estão recebendo a instrução<br />
correta. Conseqüentemente, não manifestam muito interesse<br />
pela própria salvação. Cremos que tal revista, como a que<br />
desejamos publicar, será de interesse de tais crianças e despertará<br />
os pais ou tutores para seu importante dever. Sobre<br />
eles está a tremenda responsabilidade de instruir almas para<br />
o reino de Deus. Mas é um fato lamentável que muitas crianças<br />
são deixadas sem instrução apropriada. Esse assunto nos<br />
preocupa mais do que podemos expressar. Que Deus desperte<br />
Seu povo para o senso do dever para com a mente jovem,<br />
confi ada ao seu cuidado, para guiá-la no caminho da virtude<br />
e santidade.<br />
“É nossa intenção oferecer quatro ou cinco lições por