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gustavo barroso história secreta do brasil - temposdofim.com

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Farroupilha era alimentada pela MÃO OCULTA de Mauá (58)." É<br />

preciso, em homenagem à verdade, dizer que Irineu Evangelista de<br />

Souza era pessoa ligada intimamente a negócios de caráter internacional,<br />

que se tornaram vultosos e se entrosaram <strong>com</strong> o Prata. Alberto<br />

Faria, seu panegirista, reconhece suas relações <strong>com</strong> os farroupilhas,<br />

dan<strong>do</strong> razão a Varela: "Rezam as crônicas que na ponta <strong>do</strong> Curvelo,<br />

em Santa Teresa, residência de Mauá, encontravam abrigo revoltosos<br />

foragi<strong>do</strong>s. Certo é que nessa casa se trabalhava em favor deles; e<br />

veremos pela confissão de um, que, para a fortaleza de Santa Cruz<br />

(59), o negociante Irineu fazia transportar, ocultamente e à sua<br />

custa, a alimentação de trinta prisioneiros (60). Aí <strong>do</strong>rmiu várias noites<br />

o emissário que David Canabarro man<strong>do</strong>u a Minas consultar o liberalíssimo<br />

Teófilo Ottoni (61) sobre as condições da Capitalização (1844)<br />

e aí se tramou a evasão de Onofre Pires da Silveira, da fortaleza de<br />

Santa Cruz (62)." Não é preciso acrescentar mais uma linha para ficar<br />

cabalmente demonstrada a ação da MÃO OCULTA de Mauá nos<br />

graves acontecimentos da revolução republicana & separatista. Quan<strong>do</strong><br />

D. Pedro II tinha pouca simpatia pelo visconde é que sabia mais <strong>do</strong><br />

que nós o que tinha feito e poderia fazer. Alberto Faria naturalmente<br />

ensaia uma explicação inocente dessa dedicação ampla à causa da<br />

revolução: "Riograndense de nascimento e filântropo de alma (sic!), é<br />

fora de dúvida que, ou tivesse o espírito de revolucionário ou não, o<br />

mora<strong>do</strong>r da chácara de Santa Teresa fez jus à denominação que sua<br />

casa ganhou, quilombo riograndense."<br />

A filantropia <strong>do</strong> negociante levou-o a gastos excessivos (63) e<br />

até a "fazer sustos ao Impera<strong>do</strong>r" (64), isto já depois da maioridade,<br />

no último e desespera<strong>do</strong> quartel da luta fratricida de dez anos. Seria<br />

também por filantropia que a MÃO OCULTA se estendera <strong>com</strong> ouro<br />

aos Treinta y Tres da cruzada liberta<strong>do</strong>ra da Cisplatina, depois de<br />

1825 (65)? Da Cisplatina, que, independente, iria ser por longos anos<br />

o feu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s negócios da casa bancária de Mauá? Não pode ser<br />

invocada seriamente a desculpa <strong>do</strong> bairrismo para este caso: Irineu<br />

Evangelista de Souza não era uruguaio de nascimento. De fato, o que<br />

sempre teve foi grandes interesses na Banda Oriental. O dinheiro não<br />

tem cheiro e os negócios não têm pátria...<br />

O envia<strong>do</strong> de Canabarro, que vinha consultar o ouro, a MÃO<br />

OCULTA, isto é, Mauá, e a força <strong>secreta</strong> <strong>do</strong> judaísmo-maçônico<br />

representada por Teófilo Ottoni, se se devia ou não aceitar <strong>com</strong>o<br />

último e único recurso a paz <strong>com</strong> o Império, conforme a propunha o<br />

barão de Caxias, foi o tenente Martins, que chegou ao Rio de Janeiro<br />

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