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Relatrio de estgio.pdf - Repositório Aberto da Universidade do Porto

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mielossupressão grave enquanto a L-asparginase e a prednisona apresentam efeitos laterais<br />

mínimos sobre a medula óssea 4 . A L-asparginase é uma enzima que <strong>de</strong>gra<strong>da</strong> o aminoáci<strong>do</strong><br />

aspargina, impedin<strong>do</strong> a síntese proteica (particularmente <strong>do</strong>s linfócitos), e que apresenta como<br />

principal efeito secundário reacção <strong>de</strong> hiperssensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> 1 . Um primeiro estu<strong>do</strong> efectua<strong>do</strong>, em<br />

que a L-asparginase foi administra<strong>da</strong> apenas nos primeiros <strong>do</strong>is tratamentos, <strong>de</strong>monstrou uma<br />

taxa <strong>de</strong> resposta total <strong>de</strong> 87% e uma média <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> resposta <strong>de</strong> 63 dias (52% <strong>de</strong> remissão<br />

total e 35% <strong>de</strong> remissão parcial, com uma média <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> resposta <strong>de</strong> 111 e 42 dias,<br />

respectivamente). Um segun<strong>do</strong> estu<strong>do</strong>, em que L-asparginase foi administra<strong>da</strong> em to<strong>do</strong>s os 5<br />

tratamentos, permitiu uma taxa <strong>de</strong> resposta total <strong>de</strong> 77% e 70 dias <strong>de</strong> tempo médio <strong>de</strong> resposta<br />

(65% <strong>de</strong> remissão total e 12% <strong>de</strong> remissão parcial e um tempo médio <strong>de</strong> resposta <strong>de</strong> 90 e 54<br />

dias, respectivamente). Este estu<strong>do</strong> <strong>de</strong>monstrou que a administração <strong>de</strong> L-asparginase além<br />

<strong>do</strong> segun<strong>do</strong> tratamento <strong>do</strong> protocolo não provoca qualquer incremento no prognóstico ou<br />

controlo <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença 4 .<br />

A comparação directa entre estes estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> resgate para linfoma não é possível por<br />

vários motivos: 1) diferentes tratamentos prévios ao resgate, 2) a maioria não faz<br />

estadiamento, 3) alguns <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s são retrospectivos e outros prospectivos e 4) números <strong>de</strong><br />

amostra diferentes. O objectivo no tratamento <strong>de</strong> linfoma que não respon<strong>de</strong>u ao tratamento <strong>de</strong><br />

indução é, sobretu<strong>do</strong>, paliativo e a cura é extremamente rara sen<strong>do</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>ença progressiva quase certo. A duração <strong>da</strong> remissão e as taxas <strong>de</strong> resposta (total ou<br />

parcial) aos protocolos <strong>de</strong> resgate são sempre mais baixas <strong>do</strong> que as verifica<strong>da</strong>s nos<br />

protocolos <strong>de</strong> indução e, por esse motivo, a utilização <strong>de</strong> tratamentos com toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> eleva<strong>da</strong><br />

não é aceitável. Da mesma forma, factores como a disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> temporal e económica, são<br />

critérios que <strong>de</strong>vem ser usa<strong>do</strong>s na escolha <strong>de</strong> um protocolo <strong>de</strong> resgate 4, 6 .<br />

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