20.04.2013 Views

Relatrio de estgio.pdf - Repositório Aberto da Universidade do Porto

Relatrio de estgio.pdf - Repositório Aberto da Universidade do Porto

Relatrio de estgio.pdf - Repositório Aberto da Universidade do Porto

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

excitabili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Alguns estu<strong>do</strong>s apontam que agonistas <strong>do</strong>s receptores 5-HT2 <strong>da</strong> serotonina e<br />

agonistas <strong>da</strong> noradrenalina po<strong>de</strong>rão induzir a recuperação <strong>da</strong> excitabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s neurónios<br />

motores e, consequentemente, <strong>da</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong> reflexa durante o choque medular. A arreflexia ou<br />

hiporreflexia causa<strong>da</strong>s pelo choque medular po<strong>de</strong>m conduzir a uma localização erra<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />

lesão, como afectan<strong>do</strong> o neurónio motor inferior ou sen<strong>do</strong> multifocal e, por isso, <strong>de</strong>ve ser ti<strong>da</strong><br />

em conta na avaliação neurológica <strong>do</strong> animal após trauma medular agu<strong>do</strong> 18 . Um estu<strong>do</strong> em<br />

cães com mielopatia isquémica <strong>de</strong>monstrou em 9 <strong>de</strong> 52 cães, uma discrepância entre a<br />

localização basea<strong>da</strong> no exame neurológico como sen<strong>do</strong> na intumescência torácica ou pélvica,<br />

<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à hiporreflexia flexora nos membros torácicos e pélvicos respectivamente, e a RM<br />

<strong>de</strong>monstrou lesão medular isquémica ao nível <strong>de</strong> C1-C5 e T3-L3 respectivamente 19 . No caso<br />

<strong>do</strong> Ozzie, os défices motores e proprioceptivos nos 4 membros, conjuntamente com reflexos<br />

espinais normais levam a pensar numa lesão cranial ao segmento medular C5 (inclusive). A<br />

presença <strong>de</strong> síndrome <strong>de</strong> Horner à esquer<strong>da</strong> e défices motores e proprioceptivos mais graves<br />

à esquer<strong>da</strong> induzem a equacionar uma lesão medular mais grave à esquer<strong>da</strong>. A evidência <strong>de</strong><br />

reflexos flexores ausentes ou diminuí<strong>do</strong>s induz a pensar numa lesão multifocal <strong>do</strong> neurónio<br />

motor inferior para os membros pélvicos (L4-S3) e torácicos (C6-T2). No entanto, ao consi<strong>de</strong>rar<br />

a presença <strong>de</strong> choque medular, este último acha<strong>do</strong> é justifica<strong>do</strong> pela arreflexia/hiporrefexia que<br />

esta condição provoca, levan<strong>do</strong> à localização final como sen<strong>do</strong> cranial ao segmento medular<br />

C5 (inclusive).<br />

O diagnóstico <strong>de</strong> TEF baseia-se na história, sinais clínicos e na exclusão <strong>de</strong> outros<br />

diagnósticos diferenciais. A extrusão agu<strong>da</strong> não compressiva <strong>do</strong> núcleo pulposo é uma<br />

condição que, <strong>da</strong> mesma forma que o TEF, po<strong>de</strong> causar sinais agu<strong>do</strong>s não progressivos após<br />

24horas, frequentemente assimétricos. Esta patologia está associa<strong>da</strong> a exercício vigoroso ou<br />

trauma, sen<strong>do</strong> que o material discal permanece no espaço epidural, causa contusão medular e<br />

compressão medular mínima ou inexistente. O principal sinal clínico que permite diferenciar<br />

esta condição <strong>do</strong> TEF, é a presença <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconforto ou hiperestesia que persiste além <strong>da</strong>s 24<br />

horas, na palpação <strong>da</strong>s vértebras correspon<strong>de</strong>ntes ao segmento medular afecta<strong>do</strong> 16 . Outros<br />

diagnósticos diferenciais incluem extrusão discal compressiva, mielite infecciosa ou<br />

imunomedia<strong>da</strong>, neoplasia, hemorragia intra ou extramedular, fractura e luxação/subluxação<br />

vertebrais. A história (exercício ou trauma), sinais clínicos e sua progressão (sinais agu<strong>do</strong>s,<br />

não progressivos, ausência <strong>de</strong> <strong>do</strong>r, geralmente assimétricos), assim como mielografia,<br />

radiografias, RM, tomografia axial computoriza<strong>da</strong> (TAC) e avaliação <strong>do</strong> líqui<strong>do</strong><br />

cefalorraquidiano (LCR) permitem a diferenciação <strong>de</strong>stas patologias <strong>de</strong> TEF. A ausência <strong>de</strong><br />

evidências <strong>de</strong> compressão medular é fun<strong>da</strong>mental para o diagnóstico <strong>de</strong> TEF 15, 16 . O<br />

diagnóstico <strong>de</strong>finitivo <strong>de</strong> TEF só é possível post-mortem através <strong>de</strong> exame histológico que<br />

evi<strong>de</strong>ncia a presença <strong>de</strong> material fibrocartilaginoso no interior <strong>do</strong>s vasos espinais, na zona ou<br />

16

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!