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Relatrio de estgio.pdf - Repositório Aberto da Universidade do Porto

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<strong>de</strong> alterações na RM estar <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> tamanho <strong>da</strong> área afecta<strong>da</strong> e, consequentemente <strong>do</strong><br />

grau <strong>de</strong> isquemia e, quanto mais extensa esta for, mais graves serão os sinais clínicos 19 .<br />

O tratamento <strong>de</strong> TEF assenta na redução <strong>da</strong> lesão medular secundária na fase agu<strong>da</strong><br />

(perfusão medular através <strong>de</strong> flui<strong>do</strong>terapia e neuroprotecção), cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> enfermagem e<br />

fisioterapia. Nas lesões cervicais graves com comprometimento ventilatório ou no caso <strong>de</strong><br />

pacientes com <strong>do</strong>ença cardiovascular ou respiratória concorrente, é necessário monitorizar e<br />

assegurar a pressão arterial, ventilação e oxigenação 16 . A utilização <strong>de</strong> corticosterói<strong>de</strong>s no<br />

tratamento é controversa 16, 21 . A administração <strong>de</strong> succinato sódico <strong>de</strong> metilprednisolona com o<br />

objectivo <strong>de</strong> reduzir o e<strong>de</strong>ma e inflamação medulares e como agente neuroprotector 16 , <strong>de</strong><br />

acor<strong>do</strong> com poucos estu<strong>do</strong>s e já antigos, po<strong>de</strong>rá ter algum efeito no tratamento durante a fase<br />

agu<strong>da</strong> e influenciar positivamente o prognóstico <strong>de</strong> cães com trauma medular 21 . Estu<strong>do</strong>s mais<br />

recentes indicam que não existe qualquer associação entre uma recuperação favorável <strong>do</strong><br />

animal e a utilização <strong>de</strong> anti-inflamatórios não esterói<strong>de</strong>s, metilprednisolona ou outros<br />

corticosterói<strong>de</strong>s, em monoterapia ou combina<strong>do</strong>s 21 . Os cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> enfermagem assentam na<br />

mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> <strong>de</strong>cúbito frequente, prevenção <strong>de</strong> úlceras <strong>de</strong> <strong>de</strong>cúbito, assistência respiratória<br />

(prevenção e tratamento <strong>de</strong> hipoventilação, pneumonia por aspiração, atelectasia pulmonar),<br />

monitorização e assistência na micção e <strong>de</strong>fecação e fornecimento <strong>de</strong> nutrição a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> 16 . A<br />

fisioterapia tem si<strong>do</strong> <strong>de</strong>scrita como uma terapia com gran<strong>de</strong>s vantagens na recuperação <strong>de</strong><br />

animais com mielopatia isquémica. Tem como objectivos <strong>de</strong>senvolver a plastici<strong>da</strong><strong>de</strong> neuronal,<br />

maximizan<strong>do</strong> a recuperação funcional leva<strong>da</strong> a cabo por áreas <strong>de</strong> teci<strong>do</strong> neuronal não<br />

afecta<strong>da</strong>s, minimizar as consequências <strong>do</strong> <strong>de</strong>suso e imobilização, nomea<strong>da</strong>mente a atrofia<br />

muscular, contracturas musculares e articulares 16, 21 . Factores como a per<strong>da</strong> <strong>de</strong> nocicepção,<br />

afecção <strong>da</strong>s intumescências (C6-T2 ou L4-S3), défices neuronais simétricos, severi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s<br />

sinais na apresentação (nomea<strong>da</strong>mente animais não ambulatórios), não prestação <strong>de</strong> cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong> enfermagem, não implementação <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> fisioterapia (particularmente em<br />

animais <strong>de</strong> raças gran<strong>de</strong> ou gigantes) e ausência <strong>de</strong> melhoria nos primeiros 14 dias, têm si<strong>do</strong><br />

aponta<strong>do</strong>s como indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> mau prognósticso 16, 19, 20, 21 . Um estu<strong>do</strong> i<strong>de</strong>ntificou melhoria<br />

clínica em animais até <strong>do</strong>is meses após o início <strong>do</strong>s sinais clínicos, sugerin<strong>do</strong> que o tratamento<br />

<strong>de</strong>ve ser manti<strong>do</strong> pelo menos durante esse intervalo 20 . Uma lesão na RM na vista sagital em<br />

mo<strong>do</strong> T2 com um comprimento superior a 2 vezes o comprimento <strong>da</strong> vértebra C6 (em animais<br />

com lesões cervicais) ou L2 (em animais com lesões toracolombares), assim como lesões que<br />

ocupam mais <strong>de</strong> 67% <strong>do</strong> diâmetro medular na imagem <strong>de</strong> RM na vista transversal em mo<strong>do</strong><br />

T2, estão também associa<strong>da</strong>s a pior prognóstico 21 . O intervalo entre o início <strong>do</strong>s sinais<br />

neurológicos e a recuperação <strong>de</strong> movimento voluntário, capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> ambulatória sem<br />

assistência e recuperação máxima é cerca <strong>de</strong> 6 dias, 11 dias e 3,75 meses, respectivamente 16 .<br />

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