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Relatrio de estgio.pdf - Repositório Aberto da Universidade do Porto

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exposições subsequentes a esse/s mesmo/s alergeno/s. Deve ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> em qualquer<br />

cão diagnostica<strong>do</strong> com DA em que o teste serológico ou <strong>de</strong> intra<strong>de</strong>rmorreacção permitiu<br />

i<strong>de</strong>ntificar os potenciais alergenos, quan<strong>do</strong> o contacto com os mesmos é inevitável ou quan<strong>do</strong><br />

a terapia anti-inflamatória é ineficaz ou está associa<strong>da</strong> a efeitos secundários inaceitáveis. Se a<br />

terapia sintomática é ineficaz po<strong>de</strong> mesmo estar indica<strong>da</strong> quan<strong>do</strong> a sintomatologia é sazonal e<br />

<strong>de</strong> curta duração 10, 12 . Para i<strong>de</strong>ntificar os alergenos po<strong>de</strong>rão ser utiliza<strong>do</strong>s testes serológicos<br />

IgE ou o teste <strong>de</strong> intra<strong>de</strong>rmorreacção. Não há evidência <strong>de</strong> qual o mais eficaz, sen<strong>do</strong> que a<br />

bibliografia sugere a combinação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> ambos 10, 12, 14 . É possível obter reacções<br />

positivas em ambos os testes em animais não atópicos e, por conseguinte, os resulta<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong>vem ser interpreta<strong>do</strong>s à luz <strong>do</strong>s sinais clínicos, sazonali<strong>da</strong><strong>de</strong>, possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> exposição e<br />

localização geográfica 12 . Falsos negativos no teste <strong>de</strong> intra<strong>de</strong>rmorreacção po<strong>de</strong>m estar<br />

associa<strong>do</strong>s a injecção subcutânea, <strong>do</strong>se <strong>de</strong> alergeno insuficiente, interferência com fármacos<br />

(não suspensão <strong>de</strong> corticosterói<strong>de</strong>s tópicos, injectáveis ou orais 4 semanas previamente ao<br />

tratamento ou <strong>de</strong> anti-histamínicos 10-14 dias antes), anergia (teste no pico <strong>da</strong> reacção <strong>de</strong><br />

hipersensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>), teste fora <strong>da</strong> época (mais <strong>de</strong> 1 a 2 meses após os sinais clínicos) 9 . Até ao<br />

momento não há evidência <strong>de</strong> um protocolo <strong>de</strong> imunoterapia que seja mais eficaz (tradicional,<br />

intensivo ou <strong>de</strong> baixa <strong>do</strong>se). A bibliografia sugere que seja <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a resposta<br />

<strong>do</strong> paciente ao tratamento 14 . É expectável que aproxima<strong>da</strong>mente 50 a 80% <strong>do</strong>s cães<br />

submeti<strong>do</strong>s a imunoterapia durante 6 a 12 meses apresentem uma melhoria <strong>do</strong>s sinais clínicos<br />

e/ou uma redução <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> fármacos anti-pruríticos/anti-inflamatórios 12 . A eficácia a<br />

longo prazo não foi ain<strong>da</strong> <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>. Até ao momento, não há indicação que a i<strong>da</strong><strong>de</strong> no<br />

início <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença, i<strong>da</strong><strong>de</strong> ao tratamento, duração <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença prévio à imunoterapia ou número <strong>de</strong><br />

alergenos, interfiram na sua eficácia e os estu<strong>do</strong>s são contraditórios quan<strong>do</strong> à influência <strong>da</strong><br />

sazonali<strong>da</strong><strong>de</strong> na resposta ao tratamento 14 . Até que a imunoterapia conduza à redução <strong>do</strong><br />

pruri<strong>do</strong>, é necessária a administração <strong>de</strong> anti-inflamatórios. Os estu<strong>do</strong>s são contraditórios no<br />

que se refere à interferência <strong>do</strong>s anti-inflamatórios com a resposta à imunoterapia. Enquanto a<br />

ciclosporina não tem qualquer influência nos resulta<strong>do</strong>s <strong>da</strong> imunoterapia, o efeito <strong>do</strong>s<br />

glucocorticói<strong>de</strong>s é questionável, haven<strong>do</strong> divergência <strong>de</strong> opiniões na necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>scontinuar <strong>de</strong>stes fármacos 12, 14 . O aumento no grau <strong>de</strong> pruri<strong>do</strong> é a reacção adversa mais<br />

<strong>do</strong>cumenta<strong>da</strong> (11%), sobretu<strong>do</strong> após o aumento <strong>da</strong> <strong>do</strong>se administra<strong>da</strong>, e a ocorrência <strong>de</strong><br />

reacção anafilática é rara. Este tratamento implica tempo, disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> financeira e temporal<br />

e a<strong>de</strong>são <strong>do</strong> <strong>do</strong>no ao tratamento 14.<br />

O prognóstico <strong>de</strong> DA é bom, no entanto estes animais requerem terapia to<strong>da</strong> a vi<strong>da</strong> <strong>de</strong>vi<strong>do</strong><br />

aos relapsos (episódios <strong>de</strong> pruri<strong>do</strong> associa<strong>do</strong>s ou não a infecções secundárias). Pelo facto <strong>de</strong><br />

existir um componente genético associa<strong>do</strong>, a reprodução <strong>do</strong>s animais atópicos <strong>de</strong>ve ser<br />

<strong>de</strong>sencoraja<strong>da</strong> 10 .<br />

12

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