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Relatrio de estgio.pdf - Repositório Aberto da Universidade do Porto

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como durante episódios <strong>de</strong> tosse, e ain<strong>da</strong> i<strong>de</strong>ntificar <strong>do</strong> grau <strong>de</strong> colapso. No entanto, não está<br />

disponível em to<strong>da</strong>s as práticas clínicas e implica exposição <strong>do</strong> paciente e <strong>do</strong> pessoal a <strong>do</strong>ses<br />

<strong>de</strong> radiação eleva<strong>da</strong>s. Um estu<strong>do</strong> que compara a utilização <strong>de</strong> radiografia e fluoroscopia no<br />

diagnóstico <strong>de</strong> colapso traqueal <strong>de</strong>monstra que, a primeira é mais sensível na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong><br />

colapso traqueal ao nível cervical e <strong>da</strong> entra<strong>da</strong> <strong>do</strong> tórax, enquanto que a segun<strong>da</strong> é mais<br />

precisa no diagnóstico a nível intra-torácico (incluin<strong>do</strong> a região <strong>da</strong> carina e brônquios) 25 .<br />

O tratamento médico é o tratamento <strong>de</strong> eleição, com taxas <strong>de</strong> sucesso <strong>de</strong> 71% no controlo<br />

<strong>do</strong>s sinais por mais <strong>de</strong> um ano, sen<strong>do</strong> a cirurgia reserva<strong>da</strong> para pacientes que não respon<strong>de</strong>m<br />

ao primeiro satisfatoriamente. O tratamento médico assenta na quebra <strong>do</strong> ciclo <strong>de</strong><br />

tosse/inflamação e controlo <strong>da</strong>s patologias cardio-respiratórioas associa<strong>da</strong>s: 1) eliminação <strong>de</strong><br />

factores <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>a<strong>do</strong>res <strong>de</strong> tosse (alergenos, cheiros intensos, exercício exagera<strong>do</strong>,<br />

ansie<strong>da</strong><strong>de</strong>, coleiras), 2) redução <strong>da</strong> condição corporal em animais com excesso <strong>de</strong> peso, 3)<br />

fármacos on<strong>de</strong> se incluem anti-tússicos como hidroco<strong>do</strong>na ou butorfanol, anti-secretores como<br />

atropina, broncodilata<strong>do</strong>res como terbutalina e albuterol, corticosterói<strong>de</strong>s como prednisolona<br />

por curtos perío<strong>do</strong>s, 4) tratamento <strong>de</strong> patologias cardíacas e respiratórias infecciosas ou<br />

inflamatórias associa<strong>da</strong>s 22, 23 . A cirurgia mais pratica<strong>da</strong> em caso <strong>de</strong> colapso traqueal cervical é<br />

a colocação <strong>de</strong> próteses em anel extraluminais. Tem uma taxa <strong>de</strong> sucesso <strong>de</strong> 75-85% no<br />

controlo <strong>do</strong>s sinais clínicos mas está associa<strong>da</strong> a complicações como parálise laríngea,<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> traqueostomia pós-cirúrgica e morte. A utilização <strong>de</strong>sta técnica para colapso<br />

intra-toráxico está contra-indica<strong>da</strong>. Para o colapso traqueal torácico e também cervical, po<strong>de</strong>rá<br />

utilizar-se a colocação <strong>de</strong> stents via en<strong>do</strong>scópica, geralmente compostos por nitinol, níquel ou<br />

titânio. Esta técnica está associa<strong>da</strong> a complicações frequentes como migração, fractura,<br />

encurtamento e formação <strong>de</strong> teci<strong>do</strong> <strong>de</strong> granulação no lúmen <strong>do</strong> stent. Na presença simultânea<br />

<strong>de</strong> colapso traqueal e bronquial, tal como no caso <strong>do</strong> Tuffy, a tosse permanecerá após a<br />

colocação <strong>do</strong> stent aumentan<strong>do</strong> o risco <strong>de</strong> complicações, sen<strong>do</strong> que este facto corrobora a<br />

importância <strong>da</strong> utilização <strong>da</strong> fluoroscopia ou broncoscopia para diagnóstico <strong>de</strong> colapso<br />

bronquial. Estu<strong>do</strong>s apontam para 95,8% <strong>de</strong> sucesso na melhoria <strong>do</strong>s sinais clínicos logo após a<br />

colocação <strong>do</strong> stent e 8,3% <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> 3-9 dias após o procedimento. No acompanhamento<br />

a curto prazo (2meses), 30,4% <strong>do</strong>s animais permaneceram assintomáticos e 33,3% voltaram a<br />

evi<strong>de</strong>nciar sinais clínicos um ano após a cirurgia 22, 23, 24 .<br />

A parálise laríngea é uma <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m comum <strong>da</strong>s vias aéreas associa<strong>da</strong> a atrofia<br />

neurogénica <strong>do</strong>s músculos laríngeos causa<strong>da</strong> pela disfunção <strong>do</strong> nervo laríngeo recorrente, um<br />

ramo <strong>do</strong> vago, responsável pela enervação <strong>do</strong> músculo cricoaritenoi<strong>de</strong>u <strong>do</strong>rsal, cuja função é a<br />

abdução <strong>da</strong>s cartilagens aritenói<strong>de</strong>s. A patologia afecta duas vezes mais machos <strong>do</strong> que<br />

fêmeas e maioritariamente raças gran<strong>de</strong>s ou gigantes, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ter uma origem congénita ou<br />

adquiri<strong>da</strong>. A forma congénita está <strong>de</strong>scrita no Bouvier <strong>de</strong>s Flandres, Bull Terrier, Dálmata,<br />

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