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Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica

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O clima constitui-se numa <strong>da</strong>s dimensões do ambiente urbano e seu estudo tem oferecido<br />

importantes contribuições ao equacionamento <strong>da</strong> questão ambiental <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s. O clima <strong>de</strong>ssas<br />

áreas, ou clima urbano, é <strong>de</strong>rivado <strong>da</strong> alteração <strong>da</strong> paisagem natural e <strong>da</strong> sua substituição por um<br />

ambiente construído, palco <strong>de</strong> intensas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s humanas.<br />

Os fatores climáticos, como a altitu<strong>de</strong>, latitu<strong>de</strong>, continentali<strong>da</strong><strong>de</strong>, dinâmica <strong>da</strong>s massas <strong>de</strong><br />

ar, afetam diretamente os padrões anuais <strong>de</strong> precipitação e oscilação térmica. As condições <strong>de</strong><br />

insolação, alternância <strong>de</strong> estações do ano e padrões <strong>de</strong> movimentação <strong>de</strong> massas <strong>de</strong> ar são fatores<br />

que condicionam o regime <strong>de</strong> chuvas e as temperaturas médias numa <strong>da</strong><strong>da</strong> região. Alterações<br />

nesses fatores já têm sido <strong>de</strong>tecta<strong>da</strong>s em áreas com gran<strong>de</strong>s aglomerações populacionais. Tais<br />

alterações ten<strong>de</strong>m a ser mais intensas nas gran<strong>de</strong>s ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>vido ao efeito <strong>de</strong> urbanização,<br />

afetando a população, a economia, a saú<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> ocasionar graves impactos no ecossistema.<br />

O Estado do Paraná encontra-se em uma região <strong>de</strong> transição entre o clima tropical e<br />

subtropical, com freqüentes passagens durante o inverno <strong>de</strong> intensas frentes frias, que chegam<br />

alcançar latitu<strong>de</strong>s muito baixas. As massas <strong>de</strong> ar polares que produzem esses sistemas frontais<br />

geram marcados esfriamentos (especialmente entre maio e outubro), resultando baixas<br />

temperaturas nesse período.<br />

No Município <strong>de</strong> Maringá, a precipitação média anual varia entre 1500 e 1600 mm e as<br />

temperaturas médias anuais entre 20 a 21° C, com média <strong>da</strong>s máximas entre 27 a 28° C e <strong>da</strong>s<br />

mínimas entre 16 e 17° C. O clima predominante <strong>da</strong> região é do tipo subtropical, on<strong>de</strong> a<br />

temperatura média do mês mais frio é inferior a 18ºC e a temperatura média anual é superior a<br />

20ºC, com verões chuvosos e invernos secos. Maringá sofre as ações do “macroclima <strong>da</strong> região”.<br />

As massas <strong>de</strong> ar polares, atlânticas, tropicais, que vêm do Equador em direção ao Sul, chegam<br />

até Maringá, <strong>de</strong>scaracterizando o clima que, segundo Maack (1968) é subtropical úmido,<br />

pertencente ao tipo Cfa (clima mesotérmico úmido, <strong>de</strong> verão quente). Deffune (1994), através <strong>de</strong><br />

uma pesquisa realiza<strong>da</strong> entre 1976 e 1992, afirma que o clima po<strong>de</strong> ser Cw’h (clima tropical<br />

mesotérmico úmido com chuvas <strong>de</strong> verão e outono). Os dois autores utilizaram a classificação <strong>de</strong><br />

Köppen (1948). As chuvas são bem distribuí<strong>da</strong>s ao longo dos anos, com uma ligeira diminuição<br />

nos meses <strong>de</strong> inverno. As gea<strong>da</strong>s não são freqüentes. A umi<strong>da</strong><strong>de</strong> relativa do ar varia <strong>de</strong> 18.8%<br />

(inverno) a 24.3% (verão).<br />

Maringá pertence a região Sul do Brasil e apesar <strong>de</strong> estar na zona tempera<strong>da</strong>, tem seus<br />

sistemas circulatórios sujeitos a gran<strong>de</strong>s flutuações anuais, no entanto não chega a influir na<br />

variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> térmica com a mesma importância com que influi na variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> pluviométrica,<br />

não estando sujeita a notáveis <strong>de</strong>svios térmicos (IBGE, 1977 e Coelho, 1987). Alguns estudos<br />

realizados, já mostraram claramente a correlação existente entre a precipitação pluvial e as<br />

condições climáticas do El Niño –Oscilação Sul (ENOS). Em alguns <strong>de</strong>sses trabalhos concluiu-

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