Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica
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possuir remanescentes <strong>de</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong>, localizados em parques <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>. Uma <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
mais importantes do estado do Paraná é privilegia<strong>da</strong> por ter tido sua formação com i<strong>de</strong>ais<br />
ecologicamente corretos. De acordo com Sampaio (2006), durante muitos anos a Companhia<br />
Melhoramentos Norte do Paraná (CMNP), enti<strong>da</strong><strong>de</strong> priva<strong>da</strong>, administrou a arborização <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
com mu<strong>da</strong>s adquiri<strong>da</strong>s na Secretaria <strong>de</strong> Agricultura <strong>de</strong> São Paulo, na Escola Superior <strong>de</strong><br />
Agricultura “Luiz <strong>de</strong> Queiroz” <strong>de</strong> Piracicaba e no Instituto Agronômico <strong>de</strong> Campinas. Mais<br />
tar<strong>de</strong>, com a estruturação <strong>da</strong> prefeitura, a arborização urbana passou a ser <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
administração pública.<br />
De acordo com Blum et al (2008) este histórico <strong>de</strong> preocupação com a arborização urbana<br />
garantiu à Maringá uma situação privilegia<strong>da</strong> em que árvores contribuem para um aspecto<br />
paisagístico urbano mais agradável, trazendo também outros benefícios ambientais como<br />
sombreamento, amenização <strong>da</strong> temperatura, melhorias na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do ar e redução <strong>da</strong> poluição<br />
sonora.<br />
A ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Maringá tem na sua arborização <strong>de</strong> vias públicas um bem muito valioso, que<br />
contribui significativamente para boa quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> e outros fatores, porém a<br />
quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>sta arborização vem <strong>de</strong>crescendo a ca<strong>da</strong> ano. Sampaio e De Angelis (2008)<br />
analisaram a arborização <strong>da</strong> área mais antiga <strong>de</strong> Maringá, on<strong>de</strong> foi feito um censo e uma análise<br />
dos <strong>da</strong>dos que i<strong>de</strong>ntificaram 85 espécies <strong>de</strong> porte arbóreo, em 28153 árvores ca<strong>da</strong>stra<strong>da</strong>s, sendo<br />
que 44,27% estão em condições gerais sofríveis (<strong>da</strong>nos físicos, doenças e pragas), uma<br />
freqüência alta <strong>de</strong> 44% <strong>da</strong> espécie Caesalpinea peltophoroi<strong>de</strong>s (Sibipiruna) foi observa<strong>da</strong> e é<br />
consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> grave por facilitar disseminação <strong>de</strong> doenças e pragas; foi encontra<strong>da</strong> uma área ver<strong>de</strong><br />
<strong>da</strong>s árvores <strong>de</strong> vias públicas que correspon<strong>de</strong> a 46,19/m2/hab. Os <strong>da</strong>dos mostram uma boa<br />
quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do meio ambiente urbano <strong>de</strong>vido ao porte <strong>da</strong>s árvores, mas fica claro que novas<br />
diretrizes e um novo planejamento <strong>de</strong>vem ser pensados com urgência para que essa exuberante<br />
arborização não continue seu <strong>de</strong>clínio.