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O sucesso do equipamento se deu, principalmente, com a construção do Minimoog,<br />
que durante os anos 70, foi o sintetizador monofônico mais popular. Isso pode ser explicado<br />
pela a praticidade do equipamento que podia ser levado a qualquer lugar. Antes da invenção<br />
desse sintetizador portátil, o Moog modular era um equipamento grande e pouco prático.<br />
Assim, de acordo com Fritsch (2008), o Minimoog disponibilizava uma espécie de<br />
“minilaboratório de música eletrônica” que podia ser levado ao palco (FRITSCH, 2008, p.<br />
63).<br />
Ressalta-se que até o surgimento do sintetizador, nenhum dos instrumentos havia sido<br />
projetado para a produção em série, ao contrário, a fabricação destes esteve sempre ligada e<br />
restrita as instituições acadêmicas como as universidades e laboratórios de pesquisa. Assim,<br />
como afirma Arango (2005, p. 48) os aparelhos foram “protótipos únicos ou modelos<br />
produzidos em mínima quantidade”, sendo projetados segundo necessidades individuais de<br />
alguns compositores. A partir de meados dos anos 1960 que começou a se estabelecer uma<br />
indústria de instrumentos musicais, passando o músico a ser também um consumidor das<br />
tecnologias disponíveis. Esse amplo consumo e emprego das tecnologias por parte dos<br />
músicos iria ser elevado ao infinito, especialmente, a partir da década de 80 com o advento<br />
das tecnologias digitais. Assim, é no final do século XX, que acontece a segunda profunda<br />
mudança no âmbito social e cultural, sendo a rede de computadores a maior expressão dessa<br />
mutação que reflete até o momento atual nas formas de produção de bens e signos culturais.<br />
2. 2 Produção de Música na Cibercultura<br />
Desde o início do século XX diversos compositores ligados às universidades e<br />
conservatórios de música, se empenharam na criação de equipamentos para a produção<br />
sonora. Particularmente, a metade desse século demonstrou ser um momento prolífico para a<br />
busca de novas experiências no campo da música. Nessa década, paralela a invenção e<br />
utilização dos equipamentos eletrônicos analógicos, como os primeiros sintetizadores,<br />
iniciava-se uma longa pesquisa elaborada em diferentes universidades norte-americanas de<br />
incorporação do processo computacional ao trabalho musical. Segundo Arango (2005) Max<br />
Mathews, foi o primeiro pesquisador e grande antecessor da computação musical<br />
desenvolvendo no período o MUSIC, primeiro programa de computador destinado a fazer<br />
música. A partir da empreitada de Mathews, nos anos 70, outros pesquisadores, tanto dos<br />
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