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baixo - UFMT

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dinâmica “humana” das percussões tocadas pelos músicos das primeiras<br />

bandas da disco music (RODRIGUES, 2005, p. 86).<br />

No House, assim como em toda a música voltada para a dança, a enfâse está no rítmo<br />

e não na melodia. Desse modo, a própria utilização da voz, ritmicamente trabalhada, se<br />

constitui mais um elemento que contribui para o propósito da dança. A combinação de<br />

baterias eletrônicas, sintetizadores e samplers dá lugar, portanto, a uma textura rítmico-<br />

melódica e assim, a música eletrônica, a partir do House começa a se afastar em termo de sua<br />

estrutura, da canção do rádio e da música pop (ARANGO, 2005). Conforme Gushiken (2004)<br />

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A partir de sua difusão e massificação, o house é considerado o primeiro<br />

grande rítmo da chamada música eletrônica. Na Inglaterra, o house<br />

americano ganha inserções musicais a partir de sintetizador Roland TB-303.<br />

Com esse equipamento foi possível acelerar e alterar freqüências das batidas.<br />

O resultado foi um som mais metálico que recebeu o nome de Acid House<br />

(GUSHIKEN, 2004, p. 37).<br />

Pouco tempo depois do aparecimento do House, cerca de um ano, surge em Detroit<br />

um círculo de produtores da música para a dança que, conforme Rodrigues, foi denominada<br />

Prototechno, sendo este uma “síntese de misturas de influências das estéticas como a da<br />

música eletrônica européia (desde a linha tecnopop do Kraftwerk e do New order) e o p-funk<br />

(‘funk de pelúcia’) de George Clinton (parliament e funkdelic)” (RODRIGUES, 2005, p. 88).<br />

Detroit enfrentava na década de 80 as consequências da grave crise econômica que<br />

havia começado na década anterior a partir da competição com a indústria japonesa e dos<br />

chamados tigres asiáticos. Dentro desse cenário jovens discotecários passaram a adquirir, a<br />

preços acessíveis, os antigos aparelhos musicais como baterias eletrônicas, sequênciadores,<br />

sintetizadores e samplers fabricados em larga escala, mas, que foram rapidamente<br />

ultrapassados por novos modelos. Inseridos nesse contexto, Juan Atkins, Derrick May e<br />

Kevin Sauderson, três jovens negros de classe média, inspirados pela literatura de ficção<br />

científica e Alvin Toffler, pelo som do Kraftwerk e do funk da década anterior, criaram o<br />

techno (SÁ, 2003; ARANGO, 2005).<br />

O Techno distingui-se dos outros estilos de música eletrônica captando, consciente ou<br />

inconscientemente, reflexões sobre o futuro e a tecnologia. Ao contrário do House, o Techno<br />

não permite distinguir a sobreposição de partes como beat e a voz, assim sendo, sua estrutura<br />

consiste mais em “uma densa trama de som artificial que avança num padrão regular”<br />

(ARANGO, 2005, p.132). Nesse sentido, descreve Kosmicki, citado por Petiau (2001, p. 76)<br />

que essa música “é construída antes em espessura, verticalidade que em desenvolvimento de<br />

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