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Sesi-RS - Revista Em Evidência

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Secretário Afonso Motta e presidente Dilma Rousseff<br />

tos eletivos, que encontrarão na sua<br />

entidade estadual a representação<br />

autêntica da edilidade, que colocará<br />

todas as ferramentas anteriormente<br />

elencadas, à disposição daqueles que<br />

realmente se imbuirão do espírito<br />

municipalista e exercerão o poder legislativo,<br />

na busca do limite dos seus<br />

fins, através do manancial oferecido,<br />

embora a grande maioria não se sensibilize<br />

para o exercício pleno, quando<br />

na verdade, a busca incessante<br />

dos objetivos deveria ser de todos:<br />

vereadores e assessores, para a devolução<br />

em serviços as apostas que a<br />

população sobre eles creditaram.<br />

<strong>Em</strong> <strong>Evidência</strong> - Como a UVERGS analisa<br />

a proposta de <strong>Em</strong>enda Constitucional<br />

nº35/2012 que pretende acabar com<br />

os subsídios dos vereadores de cidades<br />

com menos de cinquenta mil habitantes?<br />

Antônio Inácio Baccarin - Com muita<br />

tristeza. Entre as principais bandeiras<br />

de fortalecimento do Poder<br />

Legislativo, para uma efetiva independência<br />

dos poderes, que ante a<br />

eliminação dos subsídios nos municípios<br />

restará fragilizada, porquanto<br />

esses vereadores que exercerão<br />

a vereança, representando mais de<br />

90% do universo estadual, não receberão<br />

a contrapartida por sua dedicação,<br />

que é o auxilio ou ajuda, representados<br />

pelos subsídios, que há<br />

muito deixou de assim ser, porque<br />

na verdade, nas lições do <strong>Em</strong>inente<br />

Desembargador Genaro José Baroni<br />

Borges, subsídio dissociou-se do<br />

termo anteriormente oriundo do<br />

latim, para que seja atualmente utilizado<br />

hermeneuticamente como remuneração.<br />

Por outro lado, a vingar<br />

esta fatídica emenda constitucional,<br />

passaremos a ter vereadores mantidos<br />

unicamente pela vaidade pessoal,<br />

ou asseclas dos prefeitos, que<br />

para retribuir algum trabalho para a<br />

sociedade se manterão por favores,<br />

praticando a mercancia de cargos<br />

em comissão, ou por “mensalinhos”<br />

mantidos pelo Poder Executivo, e<br />

dele se tornando dependente, minorando<br />

ou apagando os efeitos do<br />

princípio constitucional da independência<br />

entre os poderes, porque<br />

em harmonia sequer poderemos falar,<br />

já que um lado sucumbe diante<br />

do outro. Por tais razões, nossa luta<br />

será desenfreada no combate a esta<br />

proposta de emenda constitucional,<br />

e por certo, a edilidade trabalhará<br />

para responder nas urnas, na mesma<br />

proporção de seus efeitos, contra<br />

os políticos que a ela anuíram.<br />

<strong>Em</strong> <strong>Evidência</strong> - Sua mensagem como<br />

presidente da UVERGS aos novos vereadores<br />

do <strong>RS</strong>?<br />

Antônio Inácio Baccarin - Assumam de<br />

forma altaneira e destemida a defesa<br />

das prerrogativas e competências<br />

do Poder Legislativo, produzindo<br />

Câmaras Municipais autônomas,<br />

buscando sempre a excelência do<br />

interesse público e coletivo, enfrentando<br />

sempre que necessário os movimentos<br />

e ações que demandam<br />

contra a edilidade, a exemplo da<br />

nefasta proposta de <strong>Em</strong>enda Constitucional<br />

nº35/2012, e sejam vigilantes<br />

da conduta dos parlamentares<br />

estaduais e federais, que possam se<br />

comportar em desfavor do municipalismo,<br />

utilizando de sua entidade<br />

estadual, a UVERGS, como se fosse<br />

a lança utilizada no passado pelos<br />

heróis farroupilhas, defendendo-se<br />

com a altivez epopeica que consagrou<br />

o Rio Grande do Sul como ícone<br />

da boa política nacional, servindo de<br />

paradigma para os demais estados da<br />

federação. Mas, enfim, a verdadeira<br />

independência é aquela que emerge<br />

das ações praticadas nas câmaras<br />

municipais com relação ao poder<br />

executivo, que culturalmente sempre<br />

buscou o engessamento dos poderes<br />

legislativos, mas que se confira em<br />

conduta vedada por todos quantos<br />

defendem o Estado Democrático de<br />

Direito.<br />

EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012<br />

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