Sesi-RS - Revista Em Evidência
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OPINIÃO<br />
Não ao terrorismo contra nossos<br />
governantes políticos recém eleitos<br />
Sou bacharel da primeira<br />
turma nacional em ciências<br />
políticas, em 2000, sempre<br />
participei ativamente de<br />
eventos de formação e qualificação<br />
técnica de líderes<br />
políticos em geral, em alguns<br />
casos em seus bastidores.<br />
<strong>Em</strong> todos os casos, vi líderes<br />
assustados, pois, não só tais<br />
eventos não lhes trouxeram<br />
muitas informações técnicas,<br />
como em grande parte<br />
das vezes ainda lhes apresentavam<br />
novos problemas,<br />
alguns quase que insolúveis, sem uma assessoria<br />
especializada que se promovia em tais situações,<br />
o que considero um verdadeiro terrorismo contra<br />
todas nossas lideranças políticas. Desaprovo totalmente<br />
tais ações e posturas!<br />
Nada contra as assessorias e que desenvolvam seu<br />
trabalho junto as prefeituras, de fato, quando qualificadas<br />
são de extrema importância para o sistema.<br />
Complementando as Escolas Legislativas que<br />
já surgem como alternativa técnica para os profissionais<br />
mais especializados e assessores diretos das<br />
lideranças, assim como, para eles mesmos. O que<br />
sou contra é a política de “Tocar o terror!”, de ”Impor<br />
o medo!”, como técnica de captação de clientes<br />
potenciais. Isto é, no meu entender, anti-ético e<br />
incorreto do ponto de vista moral!<br />
Ajudo a desenvolver uma campanha na internet<br />
que considero a única oficial, pois foi criada pelos<br />
Ministérios Públicos dos Estados brasileiros e iniciada<br />
em Porto Alegre, no MP-<strong>RS</strong>: “O que você tem<br />
a ver com a Corrupção?”. Tudo! Todos nós temos<br />
tudo a ver com a corrupção sempre! O fim não jus-<br />
Antonio Roberto Vigne<br />
Bacharel em Ciências Políticas<br />
tifica os meios e não se ensina<br />
a ser correto sendo incorreto!<br />
Nada justifica uma<br />
ação incorreta, nem que esta<br />
ação seja a melhor intencionada<br />
e técnica possível, é<br />
sobre isto que me refiro aqui<br />
neste momento! Não podemos<br />
ensinar nossos líderes<br />
a agir corretamente quando<br />
dizemos para eles fazerem o<br />
que “mandamos”, não o que<br />
“fazemos”! Precisamos ser<br />
éticos em nossas posturas<br />
sempre, dar o bom exemplo,<br />
principalmente na hora de formar estas lideranças<br />
em cursos, privados ou públicos.<br />
Para servir de contraponto, um exemplo de como<br />
agir, lancei o site, o livro e o projeto: http://fuieleitoeagora.com.br.<br />
Espero assim mostrar o que considero<br />
ético em forma de agir, na prática, espero<br />
que apreciem.<br />
Aproveitando, não deixem de apoiar os Ministérios<br />
Públicos estaduais contra a PEC 37, que visa lhes<br />
retirar direitos de investigação, sem os quais eles<br />
perdem forças diretas contra a corrupção nacional.<br />
Para os políticos que possam pensar que isto seria<br />
uma vantagem para si, lembrem que sem um órgão<br />
independente como os Ministérios Públicos investigando<br />
a verdade, a verdade terá só um lado e pode<br />
ser a do seu opositor político, não a sua, caso não<br />
exista um órgão isento e oficial com poder investigativo<br />
nacional! O Equilíbrio das forças políticas<br />
nacionais traz a legitimidade democrática de um<br />
Estado, tanto quanto a alternância de poder, estes<br />
poderes são fundamentais para a saúde da nossa<br />
república, preserve-o, portanto!<br />
EM EVIDÊNCIA | Ano 3 - Nº 27 - 2012<br />
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