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Sessões de Comunicações Coordenadas com resumo (PDF)

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Jornada <strong>de</strong> estudos da Linguagem - JeL VII<br />

SESSÕES COORDENADAS<br />

Sessão 9: ESTUDOS EM EDUCAÇÃO ESPECIAL<br />

Coor<strong>de</strong>nação: Alexandre do Amaral Ribeiro (UERJ)<br />

1 • Aquisição da linguagem e educação especial: questões sobre a linguagem, a criança, o corpo e<br />

o sujeito em constituição<br />

56 Ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> <strong>resumo</strong>s<br />

Luiz Carlos Souza Bezerra (PUCSP)<br />

Preten<strong>de</strong>-se, neste trabalho, analisar o lugar <strong>de</strong> on<strong>de</strong> a educação inclusiva olha a linguagem, a criança, o corpo e o sujeito em constituição,<br />

tendo em vista interpretar os impasses instituídos, <strong>com</strong> o intuito <strong>de</strong> ressignificar a proposta <strong>de</strong> inclusão escolar. Aqui, parte-se do princípio <strong>de</strong><br />

que a prática pedagógica é uma prática <strong>de</strong> linguagem que <strong>de</strong>ve ser teoricamente sustentada (BEZERRA, 2010, 2011). Diante <strong>de</strong>ste argumento,<br />

faz-se necessário conhecer <strong>com</strong>o ocorre o funcionamento discursivo em sala <strong>de</strong> aula. Sabe-se que o ambiente escolar é lugar <strong>de</strong> funcionamento<br />

<strong>de</strong> linguagem, <strong>de</strong> constituição subjetiva e <strong>de</strong> aprendizagem. Desse modo, é impossível pensar na dicotomia linguagem, aprendizagem e<br />

subjetivida<strong>de</strong>, bem <strong>com</strong>o pensar esta segunda apenas <strong>com</strong>o construção do conhecimento. Na área da educação especial, há questões que<br />

são pouco discutidas, uma <strong>de</strong>las diz respeito à linguagem. Devido à falta <strong>de</strong> teorização, essa é reduzida à <strong>com</strong>unicação. Assim, resta apenas<br />

a aprendizagem da <strong>com</strong>unicação. Problematizar a relação linguagem e aprendizagem, na área mencionada, ocasiona conflitos e toca no cerne<br />

da teorização. Nota-se que a linguagem é reduzida à <strong>com</strong>unicação e, por fim, restrita à aprendizagem. As questões referentes a linguagem<br />

e aprendizagem merecem ser melhor esclarecidas para que possam evitar conflitos e, por conseguinte, não propor equívocos. É certo que a<br />

aprendizagem se dá no campo da linguagem, do simbólico. Porém, a linguagem não implica um processo <strong>de</strong> aprendizagem. A linguagem toma<br />

corpo e se constitui na relação <strong>com</strong> o outro/Outro, conforme pontuam os trabalhos <strong>de</strong> De Lemos (1992, 1999, 2006). Sendo assim, propõe-se<br />

pensar a relação linguagem, aprendizagem e subjetivida<strong>de</strong> <strong>com</strong>o um processo <strong>de</strong> subjetivação e não <strong>de</strong> objetivação <strong>com</strong>o se tem discutido<br />

na área da educação especial. O corpo é entendido, neste trabalho, <strong>com</strong>o corpo pulsional, um corpo submetido ao efeito <strong>de</strong> linguagem. Muito<br />

antes <strong>de</strong> a criança constituir um corpus linguístico, ela constitui um corpo na linguagem. A metodologia utilizada referenda-se em um estudo<br />

teórico bibliográfico, feito a partir da análise dos referenciais publicados na área, e numa pesquisa <strong>de</strong> campo <strong>com</strong> uma população constituída<br />

por doze professores que atuam na educação inclusiva. Os dados foram coletados através <strong>de</strong> uma entrevista semidiretiva e <strong>de</strong> observações<br />

<strong>de</strong> práticas escolares. Os resultados foram analisados ancorados na perspectiva teórica em aquisição da linguagem proposta por Cláudia <strong>de</strong><br />

Lemos (1995, 1998, 2002, 2003, 2006), na teorização do Grupo <strong>de</strong> Pesquisa em Aquisição, Patologias e Clínica <strong>de</strong> Linguagem, do LAEL-PUCSP<br />

(LIER-DEVITTO, 1994, 2005, 2006, 2009) e a partir da Psicanálise. Os resultados evi<strong>de</strong>nciam a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma teorização nas práticas<br />

pedagógicas referentes à linguagem, uma vez que os construtos a que os docentes têm recorrido não permitem abordar a relação sujeito, corpo<br />

e linguagem, e, consequentemente, <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> lançar um olhar sobre a subjetivida<strong>de</strong> da criança. Nas práticas pedagógicas, há predomínio<br />

<strong>de</strong> uma visão <strong>de</strong> corpo que precisa apenas ser habilitado, reabilitado e reeducado, e nunca tem a concepção <strong>de</strong> um corpo que é capturado<br />

pela fala do Outro/outro. Já sobre a concepção <strong>de</strong> sujeito, prevalece a <strong>de</strong> sujeito epistêmico, e isso traz implicações <strong>com</strong>prometendo a relação<br />

professor-aluno. Assim, as concepções <strong>de</strong> linguagem, corpo e sujeito trazem interferência nas relações no espaço escolar. Urge, assim, tecer<br />

consi<strong>de</strong>rações teóricas para subsidiar as práticas escolares, bem <strong>com</strong>o é preciso, nas formações docentes, <strong>de</strong>stinar um espaço <strong>de</strong> escuta para<br />

eles abordarem seus conceitos e imagens constituídas <strong>de</strong> si, <strong>de</strong> alunos <strong>com</strong> <strong>de</strong>ficiência e <strong>de</strong> seu papel na educação.<br />

2 • O discurso direto na narrativa: a influência da LIBRAS na produção escrita <strong>de</strong> alunos surdos<br />

Christiana Lourenço Leal<br />

Des<strong>de</strong> que a Lei 10.436 <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2002 entrou em vigor, consi<strong>de</strong>rando a LIBRAS (Língua Brasileira <strong>de</strong> Sinais) meio <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação<br />

oficial dos indivíduos surdos, <strong>com</strong>eçam a surgir cada vez mais pesquisas a respeito das relações que se po<strong>de</strong>m estabelecer entre esta língua<br />

e a Língua Portuguesa. A LIBRAS passa, então, a funcionar não somente <strong>com</strong>o o meio principal <strong>com</strong>o o sujeito surdo acessa o mundo, mas<br />

também <strong>com</strong>o língua <strong>de</strong> instrução da <strong>com</strong>unida<strong>de</strong> escolar surda. Nesse sentido, nas aulas <strong>de</strong> Português, o texto escrito pelo aluno surdo vem

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