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Sessões de Comunicações Coordenadas com resumo (PDF)

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Jornada <strong>de</strong> estudos da Linguagem - JeL VII<br />

SESSÕES COORDENADAS<br />

<strong>com</strong>o sujeito, a fim <strong>de</strong> formarmos leitores autônomos. Trata-se <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> caso, por meio <strong>de</strong> abordagem qualitativa, no qual se utilizou<br />

<strong>com</strong>o procedimento para coleta <strong>de</strong> dados, a observação das práticas <strong>de</strong> leitura e <strong>com</strong>preensão <strong>de</strong> texto na escola e no AEE, bem <strong>com</strong>o o<br />

<strong>com</strong>portamento da criança surda em cada uma <strong>de</strong>las. Utilizou-se ainda, aplicação <strong>de</strong> entrevistas estruturadas aos pais, a professora e a<br />

coor<strong>de</strong>nadora do ensino regular. Os dados encontrados <strong>de</strong>monstraram que as práticas <strong>de</strong> leitura e <strong>com</strong>preensão <strong>de</strong>senvolvidas por profissionais<br />

da saú<strong>de</strong> no AEE, contribuem para o <strong>de</strong>sempenho escolar do surdo oralizado, uma vez que aten<strong>de</strong>m as suas especificida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem,<br />

no que tange ao <strong>de</strong>senvolvimento da linguagem oral, ao aproveitamento dos resíduos auditivos por meio do uso do Aparelho <strong>de</strong> Amplificação<br />

Sonora Individual (AASI), ao ensino da leitura e <strong>com</strong>preensão por meio <strong>de</strong> textos, <strong>de</strong> situações contextualizadas, do uso <strong>de</strong> dramatizações e do<br />

ensino sistemático dos elementos gramaticais; e que, embora o surdo oralizado, tenha apresentado dificulda<strong>de</strong>s, seu <strong>de</strong>sempenho acadêmico<br />

po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado satisfatório, o que não anula o <strong>de</strong>s<strong>com</strong>passo entre as questões <strong>de</strong> educação e saú<strong>de</strong>, pois, apesar <strong>de</strong> a área da saú<strong>de</strong><br />

corroborar para o seu <strong>de</strong>sempenho, observa-se que há a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma maior interação entre as áreas, por meio <strong>de</strong> políticas públicas<br />

que apontem para essa direção.<br />

4 • O uso das Tecnologias <strong>de</strong> Comunicação e informação no ensino da escrita em língua<br />

portuguesa <strong>com</strong>o L2 por surdos<br />

Daniele Barboza Moura (UERJ/INES)<br />

A presente pesquisa tem <strong>com</strong>o propósito analisar <strong>de</strong> que forma as produções obtidas através das novas Tecnologias da Informação e da<br />

Comunicação po<strong>de</strong>m auxiliar o professor no ensino da modalida<strong>de</strong> escrita do Português para alunos surdos. Esses recursos estão a cada dia<br />

presentes <strong>de</strong> forma intensa nas práticas sociais <strong>de</strong>ste grupo e para fazer uso <strong>de</strong>stes recursos se faz necessário um mínimo <strong>de</strong> conhecimento<br />

<strong>de</strong> leitura e escrita em língua portuguesa. Ao <strong>de</strong>stacar o conhecimento da leitura e escrita na língua portuguesa, chamo atenção para o fato<br />

dos alunos surdos possuírem uma língua própria – a LIBRAS (língua brasileira <strong>de</strong> sinais) que é uma língua visual-espacial articulada através<br />

das mãos, das expressões faciais e corporais. É uma língua natural usada pela <strong>com</strong>unida<strong>de</strong> surda brasileira (MEC, 2004), regulamentada em<br />

22 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2005 o <strong>de</strong>creto dispõe algumas obrigatorieda<strong>de</strong>s quanto ao ensino <strong>de</strong>ssa modalida<strong>de</strong>. Citado no art. 14 do <strong>de</strong>creto nº.<br />

5.626, <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2005. Porém, este indivíduo para ter acesso a informações <strong>de</strong>ntro da socieda<strong>de</strong>, precisa ter conhecimento da<br />

leitura e escrita no idioma oficial <strong>de</strong> seu país, no caso a Língua Portuguesa. De um modo geral, alunos surdos apresentam certa resistência no<br />

que diz respeito à aprendizagem da língua portuguesa e questionam o porquê do ensino da modalida<strong>de</strong> escrita, uma vez que eles já possuem<br />

uma língua própria. Essa questão acaba gerando uma contradição, pois os surdos <strong>com</strong>unicam-se através <strong>de</strong> mensagens <strong>de</strong> celular, trocam<br />

emails, scraps no Orkut, Facebook, participam <strong>de</strong> salas <strong>de</strong> bate-papo e em todas essas TICs se faz necessário o uso da escrita, neste caso a<br />

língua portuguesa. Segundo Lévy (1993) as novas Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) vêm se tornando, <strong>de</strong> forma crescente,<br />

importantes instrumentos <strong>de</strong> nossa cultura, e sua utilização, um meio concreto <strong>de</strong> inclusão e interação no mundo. Desta forma o surdo<br />

necessita <strong>de</strong> um mínimo <strong>de</strong> conhecimento da língua portuguesa para participar efetivamente <strong>de</strong>sses eventos relacionados às TICs. Para isso<br />

é importante aproveitar essas novas tecnologias no ensino da leitura e escrita da língua portuguesa <strong>com</strong>o uma segunda língua, levando em<br />

consi<strong>de</strong>ração os eventos e práticas sociais on<strong>de</strong> estão inseridos os alunos. Tendo as novas Tecnologias da Informação e da Comunicação<br />

<strong>com</strong>o meio concreto <strong>de</strong> inclusão e interação é importante também <strong>de</strong>stacar a sua função ativa na co-construção das formas <strong>de</strong> aprendizado<br />

e conhecimento, sejam conceitos ou, neste caso, a aprendizagem <strong>de</strong> um novo idioma. Dentro do contexto social, os surdos são consi<strong>de</strong>rados<br />

indivíduos participantes <strong>de</strong> uma minoria, esse fato se <strong>de</strong>ve por possuírem uma língua própria, utilizada em sua maioria pela <strong>com</strong>unida<strong>de</strong> surda.<br />

Com as TIC’s, os surdos <strong>com</strong>eçam a participar <strong>com</strong> maior autonomia das práticas sociais. A <strong>com</strong>unicação passa a ser acessível, por meio<br />

<strong>de</strong> email po<strong>de</strong>-se realizar uma reclamação, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do local e empresa, e assim não há mais a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alguém intermediar uma<br />

conversa para o surdo. Ressalvo que são poucas as empresas que oferecem esses recursos. Porém a intenção da pesquisa é a <strong>de</strong> mostrar<br />

<strong>com</strong>o as TIC’s vêm contribuindo para que os surdos utilizem o Português na modalida<strong>de</strong> escrita e <strong>com</strong>o essas produções geradas por meio das<br />

TIC’s po<strong>de</strong>m auxiliar o professor no processo <strong>de</strong> ensino da língua portuguesa para esse público.<br />

58 Ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> <strong>resumo</strong>s

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