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Uma reconstrução histórico-filosófica do surgimento das geometrias ...

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esolve é o melhor 8 . Isto é avaliar o cientista ignoran<strong>do</strong> completamente “o contexto<br />

<strong>do</strong>s problemas e conceitos em que se movia o cientista antigo” (MAYR, 1998,<br />

p.27).<br />

Ao tratarmos de problemas científicos que são caracteriza<strong>do</strong>s por serem<br />

processos e não simples eventos (MAYR, 1998, p.21) não é adequa<strong>do</strong> abordá-los de<br />

forma fragmentada, como no caso da história lexicográfica, da história biográfica e<br />

da história cronológica, pois ocultaria o grande problema e o seu desenvolvimento<br />

por homens – vários – durante o tempo – longo. Os fragmentos devem constituir o<br />

to<strong>do</strong> nesses casos e não serem apresenta<strong>do</strong>s independentemente. O problema<br />

científico em questão aqui, <strong>do</strong> <strong>surgimento</strong> <strong>das</strong> <strong>geometrias</strong> não euclidianas,<br />

caracteriza-se por ser justamente um processo e não um evento isola<strong>do</strong>.<br />

A grande marca da história apresentada como história de problemas está em<br />

apresentar a história bem sucedida na resolução <strong>do</strong> problema em questão e também<br />

as tentativas fracassa<strong>das</strong>. E quan<strong>do</strong> isto é feito, deve ser levada em conta não<br />

apenas a história cronológica <strong>do</strong>s fragmentos de tempo interliga<strong>do</strong>s, mas também a<br />

história cultural e sociológica <strong>do</strong> problema para que seja possível relacionar o<br />

problema com os meios em que se inseriu.<br />

Portanto, a história de problemas contém traços <strong>das</strong> outras formas de<br />

história, com o diferencial de combinar as respostas às perguntas “o quê?”,<br />

“quem?”, “quan<strong>do</strong>?” e “onde?” e explicá-las – de mo<strong>do</strong> marcadamente<br />

interpretativo – com as respostas de “como?” e “por quê?”.<br />

Miguel e Miorim (2005) apresentam a concepção de história-problema que se<br />

assemelha à história de problemas de Mayr (1998), porém com um caráter<br />

educacional:<br />

uma história que põe problemas, isto é, que parte de problemas que se<br />

manifestam em práticas pedagógicas e investigativas <strong>do</strong> presente e<br />

que preocupam, de certa forma, o professor de Matemática e/ou o<br />

pesquisa<strong>do</strong>r em educação matemática <strong>do</strong> presente.<br />

(MIGUEL; MIORIM, 2005, p.160)<br />

8 A<strong>do</strong>tar os olhos <strong>do</strong> presente é chama<strong>do</strong> também de whig por Butterfield (1931) e extremo oposto,<br />

a<strong>do</strong>tar os olhos <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>, é chama<strong>do</strong> também de prig por Harrison (1987 apud MARTINS, 2005).<br />

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