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Ecologia da Floresta - PDBFF - Inpa

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propiciaria um ambiente ideal para a ação de<br />

microorganismos sobre a liteira presente em solos mais<br />

argilosos. Desta forma, a veloci<strong>da</strong>de de decomposição desta<br />

cama<strong>da</strong> neste ambiente parece ser maior, o que levaria a<br />

uma diminuição em sua quanti<strong>da</strong>de.<br />

Em relação às raízes, os solos com maior proporção de<br />

areia a alta permeabili<strong>da</strong>de propiciam lixiviação mais rápi<strong>da</strong><br />

dos nutrientes do que os solos mais argilosos. Devido a este<br />

fator, seria interessante para as plantas produzir uma malha<br />

de raízes que reteria melhor estes nutrientes que são<br />

carregados pelas águas <strong>da</strong>s chuvas ou decompostos na<br />

cama<strong>da</strong> de liteira.<br />

As relações aqui investiga<strong>da</strong>s refletem em grande parte<br />

os processos de ciclagem de nutrientes em florestas tropicais,<br />

conhecimento fun<strong>da</strong>mental para o entendimento <strong>da</strong> dinâmica<br />

<strong>da</strong>s florestas amazônicas.<br />

Agradecimentos<br />

Agradecemos à Profa. Ana Albernaz pela orientação, ao<br />

monitor Marcelo ‘Pinguela’ pela idéia original e aju<strong>da</strong> nos<br />

trabalhos de campo e a Ocírio ‘Juruna’ Pereira pelo auxílio<br />

na secagem <strong>da</strong>s amostras de solo. Agradecemos também<br />

aos organizadores do Curso de Campo – <strong>Ecologia</strong> <strong>da</strong><br />

<strong>Floresta</strong> Amazônica/<strong>PDBFF</strong>, Eduardo ‘Dadão’ Venticinque<br />

e Jansen Zuanon.<br />

Referências bibliográficas<br />

Begon, M., Harper, J. L. e Townsend, C. R. 1990.<br />

Ecology- Individuals, Populations and Communities.<br />

Blackwell Scientific Publications, Massachussets,<br />

EUA.<br />

14 Curso de Campo <strong>Ecologia</strong> <strong>da</strong> <strong>Floresta</strong> Amazônica - 2002<br />

Carnaval, A. C. O. Q., Santos, A. J., Pires, A. S.,<br />

Andrade, A. C. S. e Pérez, J. M. 1999. Composição e<br />

riqueza <strong>da</strong> fauna aquática do Igarapé Barro Branco<br />

antes e após uma área perturba<strong>da</strong>. Páginas1-3 in E.<br />

Venticinque, M. Hopkins, organizadores, Curso de<br />

Campo <strong>Ecologia</strong> <strong>da</strong> <strong>Floresta</strong> Amazônica.<br />

Caufield, C. 1984. In the Rainforest – Report from a<br />

strange, beautiful, imperiled world. Cap.4 – Boundless<br />

Fertility. p. 61-81.<br />

Fearnside, P. M. e Leal-Filho, N. 2001. Soils and<br />

Development in Amazonia. Páginas 291-312, capítulo<br />

23, in R. O. Bierregaard Jr., C. Gascon; T. E. Lovejoy,<br />

R. C. G. Mesquita, editores. Lessons from Amazonia –<br />

The Ecology and Conservation of a Fragmented<br />

ForestPart IV Management Guidelines.<br />

Ribeiro, J. E. L. S., Hopkins, M., Vicentini, A., Sothers,<br />

C. A. , Costa, M. A. S., Brito, J.M., Souza, M. A. D.,<br />

Martins, L. H. P., Lohmann, L. G., Assunção, P. A. C.<br />

L., Pereira, E. C., Silva, C. F. , Mesquita, M. R. e<br />

Procópio, L. C. 1999. Flora <strong>da</strong> Reserva Ducke – Guia<br />

de identificação <strong>da</strong>s plantas vasculares de uma floresta<br />

de terra firme na Amazônia Central. INPA, DFID,<br />

Manaus, AM, Brasil.<br />

Sizer, N. C. 1992. The Impact of Edge Formation on<br />

Regeneration and Litterfall in a Tropical Rain Forest<br />

Fragment in Amazonia. Universi<strong>da</strong>de de Cambridge,<br />

Cambridge. Doutorado (Tese).244p.<br />

Grupo 3 – Projeto Orientado 1<br />

Orientadora do projeto: Prof. Ana Albernaz<br />

Uso de poças permanentes e temporárias por Rivulus<br />

compressus (Osteichthyes; Cyprinodontiformes) na<br />

Reserva <strong>Floresta</strong>l A. Ducke, Amazônia Central<br />

Daniela Chaves Resende, Flávio José Soares Júnior, Paula Machado Pedrosa, Genimar Rebouças Julião, Patricia García Tello<br />

Introdução<br />

Nos igarapés de terra firme <strong>da</strong> Amazônia, os pulsos de<br />

inun<strong>da</strong>ção são pouco pronunciados, sendo influenciados<br />

principalmente pelas chuvas locais. O nível do igarapé pode<br />

subir rapi<strong>da</strong>mente após chuvas fortes e pode permanecer<br />

assim desde que continue chovendo por dias ou semanas<br />

(Lowe-McConnel, 1987, 1991 apud Bührnheim e<br />

Fernandes, 2001). Durante estes pequenos pulsos, ocorre a<br />

inun<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> região adjacente a estes igarapés, formando<br />

poças que podem perdurar por períodos variáveis de tempo.<br />

As regiões dos platôs amazônicos apresentam<br />

características de solo e de vegetação bastante distintas dos<br />

baixios dos igarapés (Ribeiro et. al 1994), porém, verificase<br />

que também há formação de poças temporárias nestes<br />

locais. Estas são forma<strong>da</strong>s somente pela água <strong>da</strong> chuva e<br />

não apresentam conexão com os igarapés. No entanto, apesar<br />

do caráter efêmero, apresentam uma riqueza biológica<br />

considerável, com uma fauna de invertebrados aquáticos e<br />

anfíbios bem característica (Ebert e Balko, 1987).<br />

Os igarapés, em geral, apresentam uma fauna de peixes<br />

rica e diversifica<strong>da</strong> forma<strong>da</strong> por diversos grupos<br />

taxonômicos. Entre esses encontram-se duas espécies <strong>da</strong><br />

família Rivuli<strong>da</strong>e, composta principalmente por peixes<br />

anuais, com exceção do gênero Rivulus (Buckup, 1999).

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