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Ecologia da Floresta - PDBFF - Inpa

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inferências sobre o impacto <strong>da</strong> exploração e propor<br />

estratégias de minimização desses impactos, visando a<br />

sustentabili<strong>da</strong>de não só econômica, mas também ecológica<br />

<strong>da</strong> floresta.<br />

Agradecimentos<br />

Agradecemos ao Carlos Eduardo “Jedi” Rittl pela<br />

orientação e pelo auxílio nos trabalhos de campo à Mil<br />

Madeireira, por permitir a realização do estudo em suas<br />

áreas.<br />

Referências bibliográficas<br />

Bierregaard, R.O., T. E. Lovejoy, V. Kapos, A. A. dos<br />

Santos, R. W. Hutchings. 1992. The biological<br />

dinamics of tropical rainforest fragments. Bioscience<br />

42: 859-866.<br />

INPE. 1998. Desmatamento na Amazônia. Disponível na<br />

internet.<br />

24 Curso de Campo <strong>Ecologia</strong> <strong>da</strong> <strong>Floresta</strong> Amazônica - 2002<br />

Johns, J. S., Barreto, P. e Uhl, C. 1996. Logging <strong>da</strong>mage<br />

during planned and unplanned logging operations in<br />

the eastern Amazon. Forest Ecology and Management<br />

89: 59-77.<br />

Parrotta, J. A., J. K. Francis, O.H. Knowles. 2002.<br />

Harvesting intensity affects forest structure and<br />

composition in an upland Amazonian Forest. Forest<br />

Ecology and Management 169: 243-255.<br />

Putz, F. E. 1983. Liana biomass and leaf area of a “Tierra<br />

Firme” forest in the Rio Negro Basin, Venezuela.<br />

Biotropica 15(3): 185-189.<br />

Putz, F. E. 1984. The Natural History of Lianas on Barro<br />

Colorado Island, Panama. Ecology 65(6): 1713-1724.<br />

Grupo 3 – Projeto Orientado 2<br />

Orientador do projeto: Carlos Eduardo Rittl<br />

Herbívoros selecionam folhas compostas?<br />

Genimar Rebouças Julião, Paula Machado Pedrosa, Daniela Chaves Resende, Flavio José Soares Jr., Patricia García Tello<br />

Introdução<br />

Herbivoria e infecções por patógenos em comuni<strong>da</strong>des<br />

naturais podem ocorrer com alta freqüência , chegando a<br />

reduzir 11% <strong>da</strong> área foliar produzi<strong>da</strong> anualmente (Coley &<br />

Aide 1991). Isto pode interferir no crescimento e na<br />

reprodução de indivíduos, já que a planta ataca<strong>da</strong> irá desviar<br />

recursos para compensar o <strong>da</strong>no causado (Janzen 1970,<br />

Dirzo 1984, Clark & Clark 1985, Dirzo & Miran<strong>da</strong> 1991).<br />

Desta forma, as plantas desenvolveram mecanismos de<br />

defesa contra os herbívoros, tanto químicas quanto físicas,<br />

sendo a fase jovem <strong>da</strong> planta a mais susceptível à herbivoria.<br />

Como estratégias de defesa, plantas podem apresentar<br />

metabólitos secundários, crescimento rápido <strong>da</strong>s folhas<br />

jovens, produção sincroniza<strong>da</strong> de folhas (efeito de saciação<br />

do pre<strong>da</strong>dor), tricomas, clorofilamento tardio, associação<br />

com formigas (Coley & Aide 1991) e até morte/suicídio de<br />

células e/ou tecidos atacados (Fernandes & Negreiros 2002).<br />

No entanto, Cornelissen & Fernandes (2001) observaram<br />

que a concentração de compostos secundários e a taxa de<br />

herbivoria se relacionam fracamente na planta hospedeira<br />

Bauhinia brevipes (Leguminosae), mostrando que outras<br />

formas de defesa precisam ser estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s.<br />

Gonsales e colaboradores (2002) notaram que a<br />

morfologia foliar de arecáceas poderia atuar,<br />

alternativamente, como uma forma de defesa contra<br />

herbívoros. Determina<strong>da</strong>s formas de folha associa<strong>da</strong>s a uma<br />

defesa induzi<strong>da</strong> (que desencadeia processos de defesa<br />

química) poderiam sinalizar a presença de compostos<br />

químicos repelentes ou tóxicas. Além disso, folhas com a<br />

margem serrea<strong>da</strong> podem aparentar que são folhas<br />

previamente ataca<strong>da</strong>s. Assim, um herbívoro evitaria a<br />

utilização de um recurso aparentemente atacado por outros<br />

herbívoros. Alternativamente, pássaros poderiam ser<br />

atraídos por este morfotipo de folha que sinalizaria a<br />

presença de herbívoros.<br />

A partir do estudo desenvolvido por Gonsales et al.<br />

(2002), baseamos nossa hipótese na idéia de que as plantas<br />

com diferentes tipos morfológicos de folhas (simples,<br />

composta, palma<strong>da</strong>, loba<strong>da</strong> digita<strong>da</strong>) podem sofrer<br />

herbivoria diferencia<strong>da</strong>. Neste estudo, hipotetizamos que<br />

plantas que apresentam folhas compostas seriam menos<br />

ataca<strong>da</strong>s que plantas com folhas simples, uma vez que a<br />

relação margem/limbo é maior, ocorrendo assim uma<br />

“diluição” <strong>da</strong> área foliar. Assim, a presença de folíolos numa<br />

folha (folha composta) minimiza os <strong>da</strong>nos que poderiam<br />

ser encontrados em uma única folha (folha simples). A<br />

descontinui<strong>da</strong>de espacial na folha composta atuaria como<br />

uma barreira à herbivoria.<br />

Metodologia<br />

Este estudo foi realizado no compartimento “N” <strong>da</strong> área<br />

de produção florestal <strong>da</strong> Mil Madereira, área onde houve<br />

extração seletiva de madeira há três anos. A coleta foi feita<br />

na área <strong>da</strong> bor<strong>da</strong>, em função <strong>da</strong> maior heterogenei<strong>da</strong>de e<br />

maior disponibili<strong>da</strong>de de espécies para serem utiliza<strong>da</strong>s<br />

como amostras independentes. Para isso, coletou-se em<br />

vários pontos ao longo <strong>da</strong> bor<strong>da</strong>, utilizando áreas naturais e<br />

maneja<strong>da</strong>s. As espécies foram coleta<strong>da</strong>s com podão ou,

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