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Ecologia da Floresta - PDBFF - Inpa

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<strong>da</strong> Marchantaria, Amazônia Central. Foram feitas 16<br />

parcelas de 10 x 1m, distantes no mínimo 50m uma <strong>da</strong><br />

outra, de modo a abranger uma maior amplitude <strong>da</strong> variação<br />

de quanti<strong>da</strong>de de tocas, observa<strong>da</strong>s ao longo do barranco.<br />

Em ca<strong>da</strong> parcela, medimos a declivi<strong>da</strong>de do barranco a partir<br />

<strong>da</strong> superfície <strong>da</strong> água com o auxílio de um transferidor, a<br />

altura do barranco a dois metros <strong>da</strong> linha d’água, a<br />

porcentagem de cobertura de capim e a luminosi<strong>da</strong>de com<br />

o uso de esferodensiômetro. Para testar a influência destas<br />

variáveis sobre a localização <strong>da</strong>s tocas, quantificamos o<br />

número de tocas presentes no barranco, expostos no período<br />

de seca, até o limite <strong>da</strong> interface água-terra.<br />

As tocas dos bodós foram localiza<strong>da</strong>s visualmente nos<br />

barrancos, a partir de uma inspeção prévia realiza<strong>da</strong> no lago,<br />

com o auxílio de um barco a motor. Em função do tamanho<br />

<strong>da</strong>s tocas e do conhecimento <strong>da</strong> fauna de bodós<br />

(Loricarii<strong>da</strong>e) presente no lago (J. Zuanon, com. pess.),<br />

assumimos que as mesmas foram construí<strong>da</strong>s por indivíduos<br />

<strong>da</strong> espécie Lipossarcus par<strong>da</strong>lis.<br />

O modelo conceitual descrito anteriormente foi testado<br />

por meio de uma análise de caminhos (path analysis) (Krebs,<br />

1999; Scheiner & Gurevitch, 1993). O valor atribuído a ca<strong>da</strong><br />

seta corresponde ao coeficiente padronizado <strong>da</strong>s regressões<br />

lineares simples e múltiplas entre as variáveis.<br />

Resultados<br />

Os barrancos estu<strong>da</strong>dos apresentaram, em média, uma<br />

altura de 1m, com declivi<strong>da</strong>de de 40° e 27,5% de<br />

luminosi<strong>da</strong>de. Foi observa<strong>da</strong> uma média de 8,5 tocas em<br />

ca<strong>da</strong> parcela de 10 m 2 . A densi<strong>da</strong>de de raízes (N=16; ß=-<br />

0,14; t=0,61; p=0,55), a cobertura de capim (N=16; ß=0,05;<br />

t=0,20; p=0,55) e a luminosi<strong>da</strong>de (N=16; ß=-0,33; t=1,03;<br />

p=0,37) não afetaram o número de tocas presentes nos barrancos.<br />

Já a declivi<strong>da</strong>de apresentou um efeito positivo sobre<br />

o número de tocas construí<strong>da</strong>s pelos bodós (N=16; ß=0,71;<br />

t=0,57; p=0,01; Fig. 2). A proporção <strong>da</strong> variação total dos<br />

<strong>da</strong>dos explica<strong>da</strong> pelo modelo (R 2 ) foi de 74%.<br />

A luminosi<strong>da</strong>de (N=16; ß=-0,55; t=1,55; p=0,15) e a<br />

altura do barranco (N=16; ß=0,24; t=0,69; p=0,50), por sua<br />

vez, não afetaram a densi<strong>da</strong>de de raízes presentes no solo,<br />

apesar do modelo ter explicado 53% <strong>da</strong> variação total (Fig.<br />

3). Há uma relação negativa entre a altura do barranco e a<br />

luminosi<strong>da</strong>de do lago (N=16; R 2 =0,69; ß=-0,86; t=-6,33;<br />

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