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Ecologia da Floresta - PDBFF - Inpa

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afirmação sobre diversi<strong>da</strong>de de espécies nos dois ambientes<br />

estu<strong>da</strong>dos.<br />

Era esperado que os pontos amostrados nas diferentes<br />

áreas (explora<strong>da</strong> e preserva<strong>da</strong>) fossem agrupados<br />

separa<strong>da</strong>mente no dendrograma. Isto não foi observado<br />

devido à pouca similari<strong>da</strong>de entre os pontos amostrados,<br />

inclusive dentro do mesmo ambiente (Figura 1). O que indica<br />

que a diferença observa<strong>da</strong> pode ser devido ao acaso.<br />

Também esperávamos que houvesse dominância de algumas<br />

espécies nos diferentes ambientes, mas os índices de<br />

equitativi<strong>da</strong>de observados não confirmam isso. Isto pode<br />

ter ocorrido pelo fato de termos poucos exemplares de ca<strong>da</strong><br />

espécie, a maioria contando com um único indivíduo<br />

coletado.<br />

Podemos concluir que a riqueza e a freqüência de aranhas<br />

no sub-bosque foram maiores na área explora<strong>da</strong>. Uma<br />

possível explicação é a heterogenei<strong>da</strong>de do sub-bosque <strong>da</strong>s<br />

áreas que foram explora<strong>da</strong>s. Estas possuem uma composição<br />

de arbustos mais diversa, provavelmente, devido à abertura<br />

de clareiras que resultaram <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de de corte seletivo,<br />

propiciando maior número de nichos.<br />

Agradecimentos<br />

Agradecemos ao Eduardo Venticinque, Ocírio Pereira<br />

(Juruna) e ao Marcelo Moreira (Pinguela) pela troca de<br />

28 Curso de Campo <strong>Ecologia</strong> <strong>da</strong> <strong>Floresta</strong> Amazônica - 2002<br />

idéias, discussões e assessoria.<br />

Referências bibliográficas<br />

BIONTE. 1998. Biomass and Nutrients in the Environment.<br />

Final report of the ODA- INPA Collaborative<br />

Project. Instituto Nacional de Pesquisas <strong>da</strong> Amazônia,<br />

Manaus, Brazil.<br />

Borror, D.J. & DeLong, D.M. 1988. Introdução ao<br />

Estudo dos Insetos. Edgard Blücher, São Paulo, pp.<br />

563.<br />

Chambers, J.Q.; Eldin, T.V.; Southon, J. & Higushi, N.<br />

2001. The Age Structure in Tropical Forests of Central<br />

Amazonia. in pp 68-77, Bierregaard, R.O. Jr.; Gascon,<br />

C.; Lovejoy, T.E. & Mesquita, R.C.G. (ed.) The<br />

Ecology and Conservation of a Fragmented Forest.<br />

Yale University Press.<br />

Krebs, C.J. 1998. Ecological Methodology. Addison<br />

Wesley Longman, Menlo Park, pp. 620.<br />

Primack, R.B. 1993. Essentials of Conservation Biology.<br />

Sinauer Associates Inc., Sunderland, 564 pp.<br />

Wilson, E. O. 1987. The Arboreal ant Fauna of Peruvian<br />

Amazon Forest: a First Assessment. Biotropica 19:<br />

245-251.<br />

Projeto Livre 1<br />

Efeito <strong>da</strong> extração seletiva de madeira na comuni<strong>da</strong>de<br />

de formigas em diferentes escalas<br />

Eduardo Cardoso Teixeira, Ana Paula Carmignotto, George Camargo, Josué Ribeiro <strong>da</strong> Silva Nunes, Patrícia Garcia Tello, Sylvia<br />

Introdução<br />

A extração de madeiras é uma <strong>da</strong>s principais ativi<strong>da</strong>des<br />

antrópicas que têm contribuído para o aumento <strong>da</strong> taxa de<br />

desmatamento na Amazônia (INPE, 1998). Atualmente,<br />

algumas madeireiras têm praticado o corte seletivo de<br />

árvores retirando <strong>da</strong> floresta apenas espécies de valor<br />

econômico. Porém, há poucos estudos sobre o efeito <strong>da</strong><br />

extração seletiva sobre comuni<strong>da</strong>des animais (Rittl, 1998).<br />

Sabemos, no entanto, que o processo de desmatamento é<br />

responsável pela per<strong>da</strong> e isolamento de habitats, resultando<br />

no decréscimo <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de biológica (Major et al., 1999).<br />

A criação de novos hábitats, devido a alterações do ambiente,<br />

por outro lado, elevam a riqueza de espécies de muitas áreas,<br />

permitindo que espécies generalistas esten<strong>da</strong>m suas áreas<br />

de ocupação (Gibb & Hochuli, 2002).<br />

A diversi<strong>da</strong>de de espécies dentro de uma paisagem<br />

Miscow Mendel e Vanina Zini Antunes<br />

depende <strong>da</strong> escala espacial na qual as comuni<strong>da</strong>des são<br />

amostra<strong>da</strong>s. Em geral, os efeitos dos distúrbios em florestas<br />

tropicais têm sido estu<strong>da</strong>dos em uma grande extensão de<br />

escalas espaciais. A questão de como os distúrbios afetam a<br />

diversi<strong>da</strong>de em diferentes escalas espaciais ain<strong>da</strong> não foi<br />

investiga<strong>da</strong> para artrópodos (Hamer & Hill, 2000;<br />

Guimarães et al., 2001).<br />

As formigas (Hymenoptera: Formici<strong>da</strong>e) podem ser<br />

considera<strong>da</strong>s como indicadoras de perturbação e de status<br />

de conservação de habitats (Holldobler & Wilson, 1990),<br />

pois são organismos sensíveis a alterações na complexi<strong>da</strong>de<br />

estrutural do habitat (Santos et al., 1999). Nesse sentido, os<br />

objetivos deste trabalho foram avaliar o efeito <strong>da</strong> extração<br />

seletiva de madeira sobre a comuni<strong>da</strong>de de formigas e<br />

analisar como este efeito ocorre em diferentes escalas<br />

espaciais.

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