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Teoria de Nós - ICMC - USP

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8 Capítulo 2: Pré-requisitos<br />

2.2.1 O básico <strong>de</strong> Homotopia<br />

Uma boa sugestão para leitura é o livro do Elon, [Elon1].<br />

Nesta seção estamos trabalhando com a categoria dos espaços topológicos e<br />

aplicações contínuas ou na correspon<strong>de</strong>nte categoria <strong>de</strong> pares.<br />

Consi<strong>de</strong>re as aplicações f : Z → X e g : Z → X, dizemos que f e g são homotópicas<br />

se existir aplicação, <strong>de</strong>nominada homotopia, H : Z×[0, 1] → X tal que H(z, 0) = f(z)<br />

e H(z, 1) = g(z), notação f H ∼ g, f ∼ g ou H : f ∼ g.<br />

Muitas vezes, nesta situação dizemos que temos uma familia continua <strong>de</strong> aplicações<br />

ht : Z → X com h0 = f e h1 = g.<br />

Se A ⊂ Z temos a noção <strong>de</strong> homotopia relativa ao subconjunto A, neste caso pe<strong>de</strong>se<br />

que f |A = g |A e que H satisfaça a condição H(a, t) = f(a) = g(a), ∀ a ∈ A e<br />

∀ t ∈ [0, 1].<br />

Na categoria dos pares <strong>de</strong> espaços topológicos e aplicações contínuas <strong>de</strong> pares,<br />

<strong>de</strong>finimos (X, A)× I = (X×I, A× I) e temos a noção correspon<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> homotopia.<br />

Sejam f0, f1 : (X, A) → (Y, B) aplicações contínuas. Uma homotopia <strong>de</strong> pares<br />

entre f0 e f1 é uma aplicação contínua <strong>de</strong> pares H : (X, A)× I → (Y, B) tal que<br />

H(x, 0) = f0(x) e H(x, 1) = f1(x).<br />

Observe que se H é uma homotopia entre aplicações <strong>de</strong> pares então H(A× I) ⊂ B.<br />

Diz-se que (X, A) e (Y, B) tem o mesmo tipo <strong>de</strong> homotopia <strong>de</strong> pares se existem<br />

aplicações contínuas ϕ : (X, A) −→ (Y, B) e ψ : (Y, B) −→ (X, A) tais que<br />

ϕ◦ψ ∼ Id (Y,B) e ϕ◦ψ ∼ Id (X,A), (homotopia <strong>de</strong> pares). Nestas condições ϕ e ψ<br />

são <strong>de</strong>nominadas equivalências <strong>de</strong> homotopia, a versão não relativa é clara.<br />

Se A = ∅ = B temos a versão usual <strong>de</strong> homotopia e se A = um ponto e B = um<br />

ponto temos a homotopia pontuada.<br />

Verifica-se facilmente que homotopia é uma relação <strong>de</strong> equivalência. Em qualquer<br />

das situações acima, <strong>de</strong>notamos a classe <strong>de</strong> alguma f : Z → X por[ f] ainda <strong>de</strong>notamos<br />

o conjunto das classes <strong>de</strong> homotopia por {Z,X}, embora em muitos livros a notação seja<br />

[Z, X].<br />

Seja h : X → Y, então para toda f : Z → X e familia contínua ft : Z → X po<strong>de</strong>mos<br />

então fazer as aplicações compostas h◦ f : Z → Y ou h◦ ft : Z → Y, vemos então que<br />

h induz uma aplicação h∗ : {Z, X} → {Z, Y}, <strong>de</strong>finida por h∗([ f]) = h◦ f .<br />

Uma <strong>de</strong>formação <strong>de</strong> X é uma homotopia ft : X → X on<strong>de</strong> f0 = IdX e para todo t, ft<br />

é um homeomorfismo.<br />

Dado par (X, A) dizemos que uma homotopia ft : X → X é uma <strong>de</strong>formação <strong>de</strong><br />

X em A se f0 = IdX, f1(X) ⊂ A e ft | A = IdA ∀ t ∈ [0, 1]. Note que neste caso a

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