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28 Capítulo 3: <strong>Teoria</strong> Clássica <strong>de</strong> <strong>Nós</strong><br />
este número é um. É fácil ver também que se o nó tem n cruzamentos então este<br />
numero é ≤ (n− 1).<br />
O Gênero<br />
Dada uma superfície orientável com bordo dizemos que seu gênero é o gênero da<br />
superfície sem bordo obtida <strong>de</strong>la colando-se um disco em cada componente <strong>de</strong> bordo.<br />
É possível provar que todo nó é bordo <strong>de</strong> uma superfície orientável e conexa<br />
mergulhada em M 3 . Este resultado po<strong>de</strong> ser provado usando um diagrama do nó.<br />
Se o nó for o trivial é claro que um disco D 2 ⊂ M 3 borda o nó, mas para nós mais<br />
complicados a superfície po<strong>de</strong> ter gênero muito gran<strong>de</strong>. Novamente observamos que<br />
dada uma <strong>de</strong>stas superfícies é possível através <strong>de</strong> "somas conexas ambientais" com<br />
"pequenos toros" aumentar o genus <strong>de</strong>stas superfícies. Novamente o gênero mínimo<br />
<strong>de</strong> tais superfícies é um invariante da classe <strong>de</strong> isotopia ambiental dos nós. O nó trivial<br />
tem gênero zero, os nós trevos têm gênero um. Este invariante po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>terminado<br />
através do grupo do nó (<strong>de</strong>finição abaixo), veja [Neuwirth].<br />
O <strong>de</strong>terminante<br />
Este invariante tem este nome porque será o <strong>de</strong>terminante <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong><br />
equações lineares, com coeficientes nos inteiros obtido <strong>de</strong> equações da forma r+s =<br />
2w que surgem dos cruzamentos <strong>de</strong> um diagrama do nó. Os procedimentos são os<br />
seguintes:<br />
Consi<strong>de</strong>re um diagrama <strong>de</strong> um nó K, suponha que o mesmo tenha n cruzamentos:<br />
1. Associe a cada arco uma variável, digamos, x1, x2, ...., xn.<br />
2. Em cada cruzamento escreva uma equação da forma r+s = 2w substituindo w pela<br />
variável associada ao arco que no cruzamento passa por cima e substituindo r e s pelas<br />
outras variáveis dos arcos que no cruzamento passam por baixo. Com isto temos n<br />
equações e n variáveis.<br />
3. Coloque qualquer uma da variáveis= 0.<br />
4. Descarte uma equação qualquer.<br />
5. No sistema (n − 1) × (n − 1) obtido, calcule o módulo do <strong>de</strong>terminante dos<br />
coeficientes, este valor inteiro, chamado <strong>de</strong>terminante do nó, será <strong>de</strong>notado D(K).<br />
Prova-se que D(K) é um invariante <strong>de</strong> nós, veja [Hacon] para mais <strong>de</strong>talhes e vários<br />
exemplos. Na figura 3.8 veja o calculo do <strong>de</strong>terminante <strong>de</strong> três nós.<br />
Vemos então que o nó trivial, o nó trevo e o nó K da figura são todos não<br />
equivalentes. Veremos mais adiante que é possível obter este invariante <strong>de</strong> outro<br />
invariante, o Polinômio <strong>de</strong> Alexan<strong>de</strong>r, que é portanto um invariante mais "po<strong>de</strong>roso"<br />
que o <strong>de</strong>terminante.<br />
Observações 3.1 Observemos que os grupos <strong>de</strong> homologia do complementar dos nós e dos<br />
enlaçamentos, H i(X;Z), não distinguem os nós ou os enlaçamentos,isto é, para cada i, estes<br />
grupos são sempre os mesmos, pouco importa os nós ou os enlaçamentos que consi<strong>de</strong>remos,<br />
logo não servem com invariantes para diferenciar entre os nós ou entre os enlaçamentos, em<br />
particular para qualquer nó H1(X;Z) ≃ Z veja [Hacon], pagina 75 para uma prova disto.<br />
Esta observação vale para as dimensões mais altas também.