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(a) Ambiental nos Programas de Pós-Graduação 'latu senso'

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um <strong>de</strong>sincentivo ao capital, propondo então a livre circulação como alternativa para<br />

a retomada do crescimento, entendido como <strong>de</strong>senvolvimento:<br />

E <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sse painel <strong>de</strong> superação da crise surge o neoliberalismo, com<br />

uma proposta globalizada, já que a produtivida<strong>de</strong> do capital tinha atingido seu<br />

potencial <strong>de</strong> crescimento <strong>nos</strong> países capitalistas centrais.<br />

A economia mundial foi transformada, em graus diferentes conforme a<br />

região e o país, pelas políticas neoliberais, que promoveram a hegemonia<br />

da i<strong>de</strong>ologia <strong>de</strong> mercado, i<strong>de</strong>ntificada com o dinamismo e a “liberda<strong>de</strong><br />

econômica”. (SADER, 2005, p.19)<br />

Chesnais indica como o adjetivo “global” ganha força na retomada do<br />

mercado <strong>de</strong> capitais, em um processo <strong>de</strong> liberalização que os operadores<br />

financeiros não conheciam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a gran<strong>de</strong> crise <strong>de</strong> 1929. O autor é enfático em<br />

dizer que:<br />

Esses termos, portanto, não são neutros. Eles invadiram o<br />

discurso político e econômico cotidiano, com tanto maior facilida<strong>de</strong> pelo fato<br />

<strong>de</strong> serem termos cheios <strong>de</strong> conotações (e por isso utilizados, <strong>de</strong> forma<br />

consciente, para manipular o imaginário social e pesar <strong>nos</strong> <strong>de</strong>bates<br />

políticos) e, ao mesmo tempo, vagos. Como observaram R. Barnet e J.<br />

Cavanagh, são termos que teriam agradado à Rainha <strong>de</strong> Copas <strong>de</strong> Alice no<br />

país das maravilhas, pois cada qual po<strong>de</strong> emprega-lo exatamente no<br />

sentido que lhe for conveniente, dar-lhes o conteúdo i<strong>de</strong>ológico que quiser.<br />

(CHENAIS, 1996, p.24)<br />

O autor prossegue sua análise sobre o processo <strong>de</strong> construção i<strong>de</strong>ológica<br />

da globalização como propiciadora da proposta <strong>de</strong> <strong>de</strong>sregulamentação do mercado,<br />

on<strong>de</strong> a competição ditará as regras e não o contrário. A palavra <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m agora é<br />

adaptar-se. Nas palavras do autor:<br />

Com efeito, a globalização é a expressão das “forças <strong>de</strong> mercado”, por fim<br />

liberadas (pelo me<strong>nos</strong> parcialmente, pois a gran<strong>de</strong> tarefa da liberalização<br />

está longe <strong>de</strong> concluída) dos entraves nefastos erguidos durante meio<br />

século. De resto, para os turiferários da globalização, a necessária<br />

adaptação pressupõe que a liberalização e a <strong>de</strong>sregulamentação sejam<br />

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