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Aluizio Alfredo Carsten - XI Encontro Nacional de História Oral

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Este afirma que o território era habitado pelos índios Guarani e que <strong>de</strong>stes existem<br />

muitos “causos” que eram contados pelos mais velhos que viviam na região. O autor admite<br />

as limitações <strong>de</strong> seu trabalho e que só vai acrescentar as noticias sobre Frei Pacífico <strong>de</strong><br />

Montefalco, que para ele é o imortal missionário e que dos Guarani seria o gran<strong>de</strong> mestre,<br />

guia, e até pai.<br />

Souza (2007), apresenta um texto paradoxal. A vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> escrever sobre os indígenas<br />

que habitaram a região do Norte Pioneiro do Paraná antes da chegada dos brancos fez aflorar<br />

o orgulho cristão <strong>de</strong> “civilizar os pobres selvagens”, mas ao mesmo tempo salienta que<br />

infelizmente os índios não pu<strong>de</strong>ram sobrepujar o branco.<br />

Sentimos também como cristãos her<strong>de</strong>iros <strong>de</strong>sta bela doutrina civilizadora, o<br />

orgulho que já antes <strong>de</strong> nossos avós, cuidava aqui um pastor espiritual das<br />

almas dos pobres selvagens que, infelizmente não pu<strong>de</strong>ram sobrepujar o<br />

branco, ou com ele conviver, quando a história <strong>de</strong>sta região e <strong>de</strong>ste país,<br />

talvez fosse contada com muito mais beleza e candura sentimentais. Isto<br />

porque, se recuperada em tempo, cultivada e evoluída a bela linguagem dos<br />

guaranis e dos tupis, hoje fazíamos estrebuchar o mundo <strong>de</strong> inveja, face ao<br />

mavioso hino que se constituía o idioma Tupi. O tupi era pelos mesmos<br />

índios chamados <strong>de</strong> “nheêngatú”, ou língua bela e é mesmo <strong>de</strong> tal formosura<br />

e encantamento, que <strong>de</strong>veria ser o idioma nacional brasileiro. À tal sutileza e<br />

elegância do linguajar tupi, acrescentemos a função prosódica peculiar com<br />

suas acentuações tônicas inerentes, somente a esta língua, e que dá uma<br />

força como o mais po<strong>de</strong>roso idioma do mundo. Como exemplo, vejamos<br />

alguns termos <strong>de</strong>ste idioma selvagem. (SOUZA,2007:20).<br />

Alice do Amaral Faria, em seu livro <strong>de</strong> memórias Alma da Terra Cambará: Portal <strong>de</strong><br />

Ouro do Norte Pioneiro, publicado em 2001, <strong>de</strong>screve <strong>de</strong> forma romântica a visita que ela e<br />

sua mãe fizeram a sua irmã Maria José em Ban<strong>de</strong>irantes – PR, em data não esclarecida.<br />

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