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Drogas psicoestimulantes: uma abordagem ... - home cpgls

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(quinina, estricnina), e compostos inertes (inositol, amido, talco), bem como outras substâncias,<br />

por exemplo, farinha, cálcio, aspirina, gesso. 23,34,31<br />

3.2 Formas de apresentação da metanfetamina<br />

É resultante da adição de um grupo metil na cadeia lateral da molécula de anfetamina, o<br />

que lhe confere maior solubilidade em lipídeos, melhor penetração, bem como aumento da<br />

permanência no sistema nervoso central (6-24h) e, consequentemente, proporciona efeitos<br />

estimulantes mais intensos e duradouros. 18,21,35 A metanfetamina se apresenta em forma de pó<br />

branco, cristalino, inodoro e com sabor amargo que é facilmente solúvel em água ou associações<br />

alcóolicas. Pode ser administrada por vias distintas: inalada, f<strong>uma</strong>da, injetada ou ingerida. As<br />

sensações são mais intensas quando utilizadas nas formas f<strong>uma</strong>da ou injetada, enquanto que pela<br />

via oral observa-se um retardo dos efeitos. 21,36 Em 1980, surge o cloridrato de metanfetamina,<br />

<strong>uma</strong> variante na forma cristalizada, fumável e com maior potencial de causar dependência que as<br />

outras modalidades de metanfetamina. 37 O cloridrato de metanfetamina é encontrado nas ruas<br />

como um sólido cristalino, incolor, muitas vezes contaminado com compostos químicos<br />

utilizados na síntese. Recebe várias denominações entre os usuários como “ice”, “speed”,<br />

“cristal”, “cranck”, “meth”, “crystal meth”, “Tina”, “Christine”, “Yaba”. 20, 21 O ice é consumido<br />

de forma semelhante ao crack, ou seja, por meio de cachimbos caseiros que permitem inalar os<br />

vapores da droga.<br />

O processo de síntese é facilmente realizado em laboratórios clandestinos utilizando como<br />

precursores medicamentos que dispensam a apresentação de receita médica indicados para tratar<br />

gripes e resfriados contendo efedrina. 20,19,36 Um dos métodos mais comuns envolve reação de<br />

redução da L-efedrina à metanfetamina utilizando ácido iodídrico (ácido hidriódico) e fósforo<br />

vermelho. O produto desta reação é a D-metanfetamina, que é lipossolúvel e volátil. Em seguida,<br />

forma-se o sal em pó solúvel em água, cloridrato de metanfetamina, pela adição de ácido<br />

clorídrico. Na etapa posterior, adiciona-se o cloridrato de metanfetamina lentamente à água e<br />

eleva-se a temperatura até aproximadamente 100°C, formando <strong>uma</strong> solução superssaturada. Por<br />

fim, a solução é resfriada, o que resulta na precipitação dos cristais de metanfetamina. 20,21 O<br />

processo de síntese rápido, fácil e relativamente barato, a utilização de ingredientes legais e<br />

disponíveis, as propriedades de reforço, o elevado potencial para abuso são fatores que tornam o<br />

ice <strong>uma</strong> droga extremamente perigosa. 38,19<br />

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