EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: DILEMAS E PRÁTICAS - TV Brasil
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exatamente porque a EF (e o esporte esco-<br />
lar) é fator de uma mobilização dos alunos<br />
para a vida da escola que, sem ela, torna-<br />
se muito mais enfadonha, chata. E como a<br />
própria EF tem lidado com isso? Muitos de<br />
nós, professores de EF, temos nos valido da<br />
informação de que os alunos gostam muito<br />
da EF para justificar sua presença e conferir<br />
importância à EF na escola. Outros tomam a<br />
segunda parte da avaliação dos alunos, a de<br />
que estes não a con-<br />
sideram uma disci-<br />
plina importante,<br />
para tentar mudar a<br />
EF no sentido de ela<br />
assumir as caracte-<br />
rísticas comuns das<br />
disciplinas conside-<br />
radas importantes.<br />
Esses últimos utili-<br />
zam-se de estraté-<br />
gias como: aula teó-<br />
rica em sala de aula,<br />
provas e trabalhos<br />
teóricos/escritos;<br />
solicitação de tarefas de casa, entre outras.<br />
Ou seja, valem-se de instrumentos larga-<br />
mente utilizados pelas disciplinas escolares<br />
consolidadas (Matemática, Português, Ciên-<br />
cias...).<br />
Obviamente que o objetivo não pode ser<br />
simplesmente inverter o paradoxo – que<br />
os alunos passem a considerá-la como a<br />
mais importante, ao custo de torná-la a<br />
A pergunta – ou o desafio<br />
– é como construir uma<br />
prática ao mesmo tempo<br />
prazerosa, que continue<br />
motivando os alunos a<br />
frequentar a escola e que<br />
possua um conteúdo de<br />
aprendizagem considerado<br />
relevante pela cultura<br />
escolar.<br />
menos preferida. A pergunta – ou o desafio<br />
– é como construir uma prática ao mesmo<br />
tempo prazerosa, que continue motivando<br />
os alunos a frequentar a escola e que possua<br />
um conteúdo de aprendizagem considerado<br />
relevante pela cultura escolar. A esse res-<br />
peito entendemos que existem discussão e<br />
conhecimento acumulados na área para re-<br />
alizar essa ideia (na bibliografia comentada<br />
indicamos dois trabalhos que ajudam nesse<br />
sentido).<br />
Entendemos, não<br />
obstante, que fir-<br />
mar-seplenamen- te como disciplina<br />
escolar não pode<br />
significar, no caso<br />
da EF, assumir total-<br />
mente as caracterís-<br />
ticas das disciplinas<br />
escolares, pois isso<br />
pode ferir elemen-<br />
tos que conferem à<br />
EF sua especificida-<br />
de e que, em parte, são responsáveis pelas<br />
demonstrações de apreço dos alunos. Isso<br />
pode ocorrer na medida em que, em bus-<br />
ca de legitimidade, passa-se, por exemplo,<br />
a desenvolver um grande número de “aulas<br />
teóricas” em sala de aula e trabalhos escri-<br />
tos, muitas vezes sem o menor sentido, pois<br />
reduzidos ao exercício de cópia ou descon-<br />
textualizados em relação ao conteúdo prin-<br />
cipal.<br />
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