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Mais uma vitória do SIMESC - Sindicato dos Médicos do Estado de ...

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CAPA<br />

lei específica. Os advoga<strong>do</strong>s propuseram<br />

ao <strong>SIMESC</strong> a utilização <strong>de</strong> um Manda<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> Injunção Coletivo no primeiro<br />

semestre <strong>de</strong> 2008, procedimento este<br />

previsto na própria Constituição em seu<br />

artigo 5º inciso LXXI que prevê: “conce<strong>de</strong>r-se-á<br />

manda<strong>do</strong> <strong>de</strong> injunção sempre<br />

que a falta <strong>de</strong> norma regulamenta<strong>do</strong>ra<br />

torne inviável o exercício <strong>do</strong>s<br />

direitos e liberda<strong>de</strong>s constitucionais e<br />

das prerrogativas inerentes à nacionalida<strong>de</strong>,<br />

à soberania e à cidadania”.<br />

Havia se observa<strong>do</strong>, também, que em alguns<br />

raros casos o STF havia concedi<strong>do</strong><br />

um Manda<strong>do</strong> <strong>de</strong> Injunção Individual para<br />

alguns profissionais da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e<br />

vincula<strong>do</strong>s a re<strong>de</strong> pública, conce<strong>de</strong>n<strong>do</strong><br />

o direito a Aposenta<strong>do</strong>ria Especial com o<br />

preenchimento <strong>de</strong> lacuna constitucional<br />

<strong>do</strong> artigo 40, §4° da Constituição, valen<strong>do</strong>-se<br />

basicamente <strong>do</strong>s artigos 57 e 58 da<br />

lei 8.213/1991 que regulamentam referi<strong>do</strong><br />

direito para a esfera privada.<br />

Assim, iniciou-se cruzada impulsionada<br />

pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> <strong>SIMESC</strong>, com ida <strong>de</strong><br />

seu advoga<strong>do</strong> ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral, e a protocolização<br />

em 05 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008, <strong>do</strong><br />

Manda<strong>do</strong> <strong>de</strong> Injunção da Entida<strong>de</strong>.<br />

O que se <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u em Brasília foi que havia<br />

um comportamento omissivo <strong>do</strong>s Órgãos<br />

Legiferantes, já que se está tratan<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

direitos fundamentais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, segurida<strong>de</strong><br />

social, igualda<strong>de</strong> e segurança, em<br />

verda<strong>de</strong>ira institucionalida<strong>de</strong> por omissão,<br />

pois o legisla<strong>do</strong>r não a<strong>do</strong>tou as medidas<br />

necessárias para o <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> exercício <strong>do</strong>s<br />

direitos constitucionais existentes.<br />

No presente, caso tenha-se verda<strong>de</strong>ira<br />

imposição constitucional <strong>de</strong> ser regulamentada<br />

a Aposenta<strong>do</strong>ria Especial para<br />

os Servi<strong>do</strong>res Públicos, em outras palavras,<br />

<strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> um preceito permanente<br />

e concreto previsto no artigo 40,<br />

§4° da Constituição.<br />

A inércia <strong>do</strong> Congresso Nacional e/ou <strong>do</strong><br />

Presi<strong>de</strong>nte da República <strong>de</strong>monstra “... as<br />

insuficiências resultantes da redução <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> direito <strong>de</strong>mocrático aos processos<br />

e instrumentos típicos <strong>do</strong>s or<strong>de</strong>namentos<br />

liberais.”<br />

Para que os sindicaliza<strong>do</strong>s <strong>do</strong> <strong>SIMESC</strong><br />

compreendam o que se passou <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

advento da Constituição em outubro <strong>de</strong><br />

1988, refira-se que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a redação original<br />

<strong>de</strong>sta já constava tal omissão, ainda<br />

que fosse <strong>uma</strong> faculda<strong>de</strong>:<br />

Artigo 40 – o servi<strong>do</strong>r será aposenta<strong>do</strong>:<br />

....<br />

§1° Lei complementar po<strong>de</strong>rá estabelecer<br />

exceções ao disposto no in-<br />

MI 874 – O que mudará na vida <strong>do</strong>s médicos beneficia<strong>do</strong>s?<br />

Dra. Lucila Moura Santos Car<strong>do</strong>so<br />

Assessora Previ<strong>de</strong>nciária <strong>do</strong> <strong>SIMESC</strong><br />

O Manda<strong>do</strong> <strong>de</strong> Injunção 874 irá facilitar a vida <strong>do</strong>s médicos, pois na maior parte eles<br />

exercem suas ativida<strong>de</strong>s em diversos lugares e em conseguin<strong>do</strong> antecipar sua aposenta<strong>do</strong>ria,<br />

em <strong>uma</strong> <strong>de</strong>ssas ativida<strong>de</strong>s, po<strong>de</strong>rão continuar trabalhan<strong>do</strong> mais tranquilamente<br />

nas <strong>de</strong>mais, o que lhes dará <strong>uma</strong> melhor qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e melhoria no exercício da sua<br />

profissão. O MI 874 veio preencher a lacuna que existia no Serviço Publico com relação a<br />

ativida<strong>de</strong> especial que é <strong>uma</strong> constante no exercício <strong>do</strong> trabalho <strong>do</strong>s médicos.<br />

ciso III, a e c,, no caso <strong>de</strong> exercício<br />

<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s consi<strong>de</strong>radas penosas,<br />

insalubres ou perigosas.<br />

Em 1998, houve nova redação ao dispositivo<br />

constitucional com a EC n°<br />

20/1998:<br />

§ 4º - É vedada a a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> requisitos<br />

e critérios diferencia<strong>do</strong>s para<br />

a concessão <strong>de</strong> aposenta<strong>do</strong>ria aos<br />

abrangi<strong>do</strong>s pelo regime <strong>de</strong> que trata<br />

este artigo, ressalva<strong>do</strong>s os casos<br />

<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s exercidas exclusivamente<br />

sob condições especiais que<br />

prejudiquem a saú<strong>de</strong> ou a integrida<strong>de</strong><br />

física, <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s em lei complementar.<br />

Por fim, a atual Redação dada pela EC<br />

n° 45/2005:<br />

§ 4º É vedada a a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> requisitos<br />

e critérios diferencia<strong>do</strong>s para a concessão<br />

<strong>de</strong> aposenta<strong>do</strong>ria aos abrangi<strong>do</strong>s<br />

pelo regime <strong>de</strong> que trata este artigo,<br />

ressalva<strong>do</strong>s, nos termos <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s<br />

em leis complementares, os casos <strong>de</strong><br />

servi<strong>do</strong>res:<br />

I - porta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência;<br />

II - que exerçam ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> risco;<br />

III - cujas ativida<strong>de</strong>s sejam exercidas<br />

sob condições especiais que<br />

prejudiquem a saú<strong>de</strong> ou a integrida<strong>de</strong><br />

física.<br />

4 GOMES CANOTILHO, JOSÉ JOAQUIM. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 7ª edição. Coimbra: Edições Almedina, 2003, p. 1036.

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