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A Região Centro-Oeste não tem dados
sequenciais para o cálculo, mas de qualquer
forma visualiza-se uma descontinuidade de
produção no período em análise. No entanto, em
relação a 2008, apresentou um aumento de
202,97%, enquanto que o Norte mostrou um
crescimento de 23,5% para esse segmento.
Em relação ao VBPF brasileiro, em 2010,
segundo dados da ABRAF (2011) apresentou
crescimento de 20,7% em relação a 2008,
passando de R$ 43 bilhões para R$ 51,08 bilhões
relativos aos principais produtos (celulose e
papel, painéis de madeira industrializada,
siderurgia a carvão vegetal, indústria da madeira
e móveis). O VBPF dos três produtos da
silvicultura (carvão, lenha e madeira em tora) teve
crescimento de 4,6%, 6,3% e 6,9% a.a.,
respectivamente, em todo o período analisado
(1995 a 2009).
Se for considerado o valor da madeira em
tora para papel e celulose, o VBPF seria bem
maior, mas se optou em extraí-lo, em termos
metodológicos, para se evitar a contagem em
duplicidade. Todavia, individualmente, o VBPF
deste segmento no Brasil foi de R$ 1,7 bilhões,
em 1995, saltando para R$ 3,2 bilhões, em 2009,
ou seja, uma variação de 95,5%. Registra-se que
para este período não houve VBPF para o Norte
relativo ao produto carvão, indicando que o
produto nessa região é oriundo da floresta nativa.
Mas o que importa saber é que a madeira em
tora representa 68,18% do VBPF, carvão 16,75%
e lenha 15,1%.
O Brasil, em 2010, segundo dados da
ABRAF (2011), alcançou a marca de 6,5
milhões de ha de florestas plantadas, sendo
que 4.754.334 ha foram destinados à
plantação de eucalipto e 1.756.359 ha à
plantação de pinus. Deste total, a maior
concentração de área plantada encontra-se na
Região Sudeste (45,32%), sendo que o estado
com maior contribuição é Minas Gerais com
23,6% do total de área plantada de eucalipto,
seguido por São Paulo com 18,53% e Espírito
Santo com 3,18%.
Observa-se que a expansão da silvicultura
ocorre de forma sustentável, evitando-se a
monocultura e, portanto, diminuindo os riscos, ou
seja, outras espécies de árvores estão sendo
plantadas nas regiões brasileiras, como mostra a
Tabela 8. Assim, tem-se que, de 5.567.979 ha, em
2005, passou-se para 6.779.760 ha, em 2009, logo,
uma variação positiva de 21,8%, sendo o eucalipto
com registro de maior plantio, seguido do pinus,
isto quer dizer que, em 2009, o plantio deste
representou 66,61%, devido, talvez, a diversidade
de seu emprego. Em 2007, a produção de madeira
em tora de eucalipto, no Brasil, correspondeu a
142,6 milhões m 3 /ano, dos quais 122,9 milhões
m 3 /ano foram oriundos do Sul, Sudeste e Nordeste.
Naquele ano, o Norte registrava uma produção de,
apenas, 7,6 milhões de m 3 /ano.
Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 13, jul./dez. 2011. 46