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1 INTRODUÇÃO<br />
O volume constitui uma <strong>da</strong>s informações<br />
de maior importância para o conhecimento do<br />
potencial disponível em um povoamento<br />
florestal, haja vista que o volume individual<br />
fornece subsídios para a avaliação do estoque<br />
de madeira e análise do potencial produtivo <strong>da</strong>s<br />
florestas. Como essa variável não é facilmente<br />
mensurável, utilizam-se equações matemáticas<br />
para estimar o volume individual de to<strong>da</strong>s as<br />
árvores <strong>da</strong> população de interesse <strong>da</strong> pesquisa.<br />
Muitas equações matemáticas foram propostas<br />
e utiliza<strong>da</strong>s para estimar o volume de<br />
povoamentos florestais e, apesar <strong>da</strong> eficiência<br />
de alguns modelos, estes nem sempre se ajustam<br />
a to<strong>da</strong>s as espécies e condições <strong>da</strong>s populações<br />
florestais, sendo recomendável testá-los e, por<br />
meio de testes estatísticos, elege-se o modelo<br />
que melhor se adéqua ao caso estu<strong>da</strong>do<br />
(THOMAS et al., 2006).<br />
A quantificação do volume sólido de<br />
madeira em povoamentos florestais é<br />
imprescindível para a implementação de planos<br />
de manejo sustentável <strong>da</strong>s florestas. Para<br />
determi<strong>na</strong>r esse volume, faz-se um inventário<br />
florestal, que consiste <strong>na</strong> medição de parte <strong>da</strong><br />
população, isto é, <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong>des amostrais ou<br />
parcelas estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s, para depois extrapolar os<br />
resultados para a área total. Assim, visando<br />
planejar as operações florestais, têm-se<br />
estimativas <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong>de e <strong>da</strong> distribuição <strong>da</strong><br />
madeira disponível (LEITE; ANDRADE, 2002).<br />
A partir do conhecimento do Diâmetro a<br />
Altura do Peito (DAP) e/ou <strong>da</strong> altura de ca<strong>da</strong><br />
árvore <strong>da</strong> parcela, pode-se estimar o volume de<br />
ca<strong>da</strong> uma, ape<strong>na</strong>s substituindo os respectivos<br />
valores <strong>na</strong>s equações de volume a serem<br />
ajusta<strong>da</strong>s para os <strong>da</strong>dos amostrais. O método <strong>da</strong><br />
equação de volume é o mais preciso dos métodos<br />
de determi<strong>na</strong>ção de volume de árvores em pé,<br />
contrapondo-se aos métodos de volume cilíndrico<br />
<strong>Amazônia</strong>: Ci. & Desenv., Belém, v. 7, n. 13, jul./dez. 2011.<br />
e <strong>da</strong> área basal. A vantagem <strong>da</strong>s equações de<br />
volume é que permite o cálculo de volume sólido,<br />
de ca<strong>da</strong> árvore, através de modelos matemáticos,<br />
que serão testados e a opção é feita pelo que<br />
apresentar os menores erros possíveis. As<br />
equações de volume, cujos modelos incluem<br />
como variáveis independentes, a altura e o DAP<br />
<strong>da</strong> árvore, são mais gerais podendo abranger<br />
sítios diferentes (COUTO; BASTOS, 1987).<br />
O manejo de florestas <strong>na</strong>turais e a sua<br />
própria conservação deman<strong>da</strong>m conhecimentos<br />
sobre sua estrutura e estoque comercial, bem<br />
como os fatores que determi<strong>na</strong>m sua evolução<br />
ao longo dos anos. Para a obtenção dos<br />
parâmetros de uma floresta, é necessária a<br />
medição de todos os indivíduos, o que é inviável<br />
<strong>na</strong> maioria <strong>da</strong>s vezes, devido ao tempo necessário<br />
e ao alto custo. Dessa forma, realizar estimativas<br />
dos parâmetros, utilizando-se de uma amostra<br />
<strong>da</strong> população, tor<strong>na</strong>-se quase sempre, uma opção<br />
necessária (UBIALLI et al., 2009).<br />
O inventário florestal é um instrumento<br />
utilizado para determi<strong>na</strong>r o volume de madeira<br />
num determi<strong>na</strong>do povoamento. Para isso não é<br />
necessário cubar to<strong>da</strong>s as árvores de um<br />
povoamento, por menor que ele seja. Faz-se <strong>na</strong><br />
ver<strong>da</strong>de, uma “estimativa” do volume <strong>da</strong>s árvores<br />
a partir do volume de algumas árvores que são<br />
derruba<strong>da</strong>s (COUTO; BATISTA; RODRIGUES, 1989).<br />
Esta pesquisa trata <strong>da</strong> estimação de<br />
equações de volume para determi<strong>na</strong>r o volume<br />
total de madeira de uma área de floresta<br />
maneja<strong>da</strong> para sua exploração pela empresa Cikel<br />
Brasil Verde Madeiras Lt<strong>da</strong>. Assim, o objetivo foi<br />
selecio<strong>na</strong>r os modelos estatísticos que permitam<br />
estimativas volumétricas com maior segurança<br />
para as espécies florestais de terra firme no<br />
município de Paragomi<strong>na</strong>s, tendo como variáveis<br />
independentes o diâmetro (DAP) e a altura.<br />
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