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A medida do olhar: objetividade e autoria na ... - Monitorando

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INTRODUÇÃO<br />

Crise de paradigmas <strong>na</strong> Ciência<br />

Paradigma de crise no Jor<strong>na</strong>lismo<br />

8<br />

“Na verdade, nós redefinimos a função da ciência<br />

como a descoberta de leis que nos permitirão predizer<br />

os eventos dentro <strong>do</strong>s limites impostos<br />

pelo princípio da incerteza”<br />

Stephen Hawking – físico inglês<br />

“O Jor<strong>na</strong>lismo, tal como está disposto nos<br />

meios de comunicação atuais, pratica ao<br />

mesmo tempo técnicas de informação<br />

e desinformação”<br />

Leão Serva – jor<strong>na</strong>lista brasileiro<br />

O<br />

s planetas e o sol giravam em torno da Terra até que um polonês<br />

perturbou a ordem <strong>do</strong> sistema. Era a primeira metade <strong>do</strong> século XVI, e<br />

Nicolau Copérnico concluía o volume De revolutionibus orbium<br />

caelestium, onde apresentava a teoria segun<strong>do</strong> a qual a Terra dava uma volta diária em<br />

torno de si e uma volta anual ao re<strong>do</strong>r <strong>do</strong> sol. O modelo colocava por terra a idéia de<br />

que o planeta era o centro <strong>do</strong> universo, tese que vigorava há 1300 anos pelo menos.<br />

Mais <strong>do</strong> que avançar nos estu<strong>do</strong>s astronômicos de então, a intervenção de Copérnico<br />

desencadeou uma revolução <strong>na</strong> ciência, <strong>na</strong> filosofia e <strong>na</strong> religião. O deslocamento da<br />

Terra <strong>do</strong> centro <strong>do</strong> universo propiciava pensar num outro papel e importância <strong>do</strong><br />

homem <strong>na</strong> <strong>na</strong>tureza e acabava por questio<strong>na</strong>r alguns <strong>do</strong>gmas da Igreja.<br />

Trezentos anos depois, viriam outros <strong>do</strong>is graves golpes <strong>na</strong>s certezas huma<strong>na</strong>s<br />

no Ocidente: o homem deixava de ser o centro da <strong>na</strong>tureza e da História. No século<br />

XIX, o cientista inglês Charles Darwin e o filósofo alemão Karl Marx vão soterrar essas<br />

idéias ao afirmar que o homem é resulta<strong>do</strong> de leis e processos evolutivos que incidem<br />

sobre todas as espécies vivas e que existem outras variáveis que determi<strong>na</strong>m os<br />

caminhos e descaminhos da trajetória huma<strong>na</strong>.

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