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Vol. 4 - Instituto Politécnico da Guarda

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necessi<strong>da</strong>des emocionais <strong>da</strong> criança,<br />

<strong>da</strong> interacção entre educador e criança,<br />

numa relação profun<strong>da</strong> e autêntica); (2)<br />

Autonomia (respeita ao modo como o<br />

educador confere liber<strong>da</strong>de à criança ao<br />

nível de escolha <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de; escolha<br />

do processo e direcção <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de;<br />

respeito pelo trabalho <strong>da</strong> criança, suas<br />

ideias e julgamentos perante o produto<br />

final; oportuni<strong>da</strong>de para a criança<br />

negociar, resolver problemas e conflitos;<br />

participação <strong>da</strong> criança no estabelecimento<br />

de regras e acordos); (3) Estimulação<br />

(corresponde ao modo como<br />

o educador estimula a criança; inclui o<br />

enriquecimento do meio com novos e<br />

diversificados materiais, activi<strong>da</strong>des e<br />

oportuni<strong>da</strong>des).<br />

Apoiando-se na arquitectura de<br />

conceitos e práticas representados no<br />

esquema do templo, o educador cria<br />

um contexto educativo de quali<strong>da</strong>de<br />

centrado na criança, vendo o “olhar”<br />

<strong>da</strong> criança, como refere Oliveira-Formosinho<br />

e Araújo (2004), compreendendo<br />

a criança no seu quotidiano,<br />

como ser participante no contexto que<br />

lhe permite, não só o sentimento de<br />

pertença e o envolvimento ou implicação,<br />

mas também a aceitação e comunicação<br />

para explorar, construir e<br />

não desistir perante problemas, dúvi<strong>da</strong>s<br />

e obstáculos.<br />

3. O estudo desenvolvido<br />

Neste estudo, foram utilizados instrumentos<br />

de avaliação e monitorização <strong>da</strong><br />

quali<strong>da</strong>de:<br />

para a creche, o Self-Evaluation Instru-<br />

[Atas do XI Congresso <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de Portuguesa de Ciências <strong>da</strong> Educação, <strong>Instituto</strong> <strong>Politécnico</strong> <strong>da</strong> Guar<strong>da</strong>, 30 de junho a 2 de julho de 2011]<br />

ment for Care Settings (SICS) (Laevers<br />

et al., 2005), e para o JI, o Sistema de<br />

Acompanhamento <strong>da</strong>s Crianças (SAC)<br />

(Portugal e Laevers, 2010).<br />

O uso do SICS apoia a introdução<br />

de mu<strong>da</strong>nças significativas na<br />

prática educativa, promovendo o<br />

desenvolvimento profissional dos<br />

adultos. Com este processo, o educador<br />

aprende a reflectir sob a perspectiva<br />

<strong>da</strong> criança e a criar condições para<br />

o desenvolvimento sócio emocional e<br />

cognitivo <strong>da</strong> criança (Laevers, 2005).<br />

Este instrumento compreende três fases:<br />

(1) avaliação do BEE e implicação em<br />

creche; (2) análise <strong>da</strong>s cinco dimensões<br />

contextuais determinantes <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de<br />

do contexto – a oferta, a organização,<br />

a livre iniciativa, o estilo do adulto<br />

e o clima de grupo ; (3) estruturação<br />

de um plano por pontos de acção, com<br />

avaliação.<br />

O SAC, desenvolvido no âmbito <strong>da</strong><br />

abor<strong>da</strong>gem experiencial, “(…) oferece<br />

ao educador uma base para a avaliação<br />

e desenvolvimento do currículo na<br />

sua prática quotidiana, com base num<br />

ciclo contínuo de observação, avaliação,<br />

reflexão e acção, considerando- se o<br />

bem-estar, I/envolvimento, aprendizagem<br />

e desenvolvimento <strong>da</strong>s crianças<br />

como dimensões nortea<strong>da</strong>s de todo o<br />

processo” (Portugal e Laevers, 2010).<br />

Então, o SAC permite ao educador identificar<br />

e perceber atempa<strong>da</strong>mente quais<br />

são as crianç as em risco de desenvolvimento<br />

ou em sofrimento emocional,<br />

promovendo uma abor<strong>da</strong>gem mais<br />

individualiza<strong>da</strong> e assegurando que<br />

to<strong>da</strong>s as crianças obtenham o que ne-<br />

cessitam para o seu desenvolvimento.<br />

Desta forma, o ciclo de observação e<br />

reflexão inerentes ao SAC comporta três<br />

fases: (1) observação e avaliação geral<br />

do grupo de crianças (fichas1g e 1i) –<br />

tendo em conto os níveis de bem-estar<br />

emocional, I e desenvolvimento global<br />

<strong>da</strong>s crianças, usando uma escala de 5<br />

níveis (nível baixo - 1 e 2, médio – 3 e<br />

? e alto – 4 e 5); (2) análise e reflexão<br />

sobre a observação e avaliação geral<br />

(fichas 2g e 2i) e (3) definição de objectivos<br />

e iniciativas para o grupo em<br />

geral e para algumas crianças em particular<br />

(fichas 3g e 3i).<br />

No final do processo de implementação<br />

dos planos de acção, foi feita a<br />

análise dos <strong>da</strong>dos (do processo vivido)<br />

e procedeu-se a nova avaliação dos<br />

níveis de BEE e I nas crianças.<br />

3.1. População (envolvi<strong>da</strong> no estudo) e<br />

contexto<br />

A amostra foi constituí<strong>da</strong> por quatro<br />

crianças, com i<strong>da</strong>des compreendi<strong>da</strong>s<br />

entre 3 e 6 anos, que se encontram<br />

em acolhimento institucional e que frequentam<br />

a creche e JI <strong>da</strong> sua área de<br />

residência, na sala dos 2 anos e na sala<br />

dos 5 anos. Participaram do estudo<br />

quatro crianças (três do sexo masculino<br />

e uma do sexo feminino).<br />

3.2. Alguns <strong>da</strong>dos disponíveis<br />

A recolha dos <strong>da</strong>dos processou-se de<br />

Novembro de 2010 a Março de 2011,<br />

a partir dos quais se analisou os <strong>da</strong>dos<br />

Tabela 1: Níveis de BEE e implicação nas activi<strong>da</strong>des disponíveis na creche, nas crianças C1 e C2, no 1º e 2º momentos de observação.<br />

Activi<strong>da</strong>des<br />

Criança C1 Criança C2<br />

1.º momento 2.º momento 1.º momento 2.º momento<br />

BEE I BEE I BEE I BEE I<br />

Jogo (associação de imagens) 4 4 4 4 - - - -<br />

Casinha 2 2 4 4 3 3,5 2 3<br />

Acolhimento 4 4 4 4 3 3,5 4 4<br />

Desenho 4 4 4 4 2 3 4 4<br />

Visualização de imagens pc 3 3 4 3 - - - -<br />

Brincar livre 3 3 3 3 4 4 2 3<br />

“Aula” de música 4 3 3 3 3 2 3 3<br />

Interacção com fantoche 3 2 4 4 - - - -<br />

Caixa <strong>da</strong>s emoções e histórias 4 4 4 4 4 4 4 4<br />

Colagem 4 4 4 4 4 4 4 4<br />

Jogo para registo 3 3 3 3 3 3 4 4<br />

Pintura - - - - 4 4 3 3<br />

Canções - - - - 3 3 3 3<br />

Momento do conto - - - - 4 4 2 3<br />

Visualização imagens emoções - - - - 4 4 4 4<br />

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