O mercúrio e suas consequências para a saúde
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<strong>mercúrio</strong> nos órgãos alvos e especialmente reduzindo sua acumulação nos rins (SUZUKI &<br />
OGRA, 2001).<br />
O etanol, aparentemente pode aumentar a toxicidade do metilmercurio. Deficiências<br />
nutricionais podem alterar de maneira significativa a interpretação de resultados da avaliação<br />
toxicológica em indivíduos expostos ao metilmercurio, seja pela redução da sensibilidade ao<br />
teste, ou pela exacerbação dos efeitos tóxicos, aumentando potencialmente a sensibilidade à<br />
toxicidade do metal. Alguns fatores nutricionais como a deficiência de ferro ou de acido<br />
fólico, que atuam no desenvolvimento neural, possivelmente podem aumentar o impacto da<br />
exposição ao metilmercurio (BAETA et al., 2006).<br />
3.3 Emissões do <strong>mercúrio</strong> <strong>para</strong> a atmosfera<br />
O Brasil tem testemunhado uma mudança nas fontes antrópicas de <strong>mercúrio</strong>, levando<br />
a um aumento de sua emissão. Isto ocorre devido a alguns fatores como controle pela<br />
legislação, que se faz apenas <strong>para</strong> fontes pontuais como as empresas de produção de cloro,<br />
que se localizam em regiões industrializadas onde a fiscalização é mais forte. No entanto, a<br />
emissão pela mineração de ouro ocorre principalmente na região da Amazônia (de difícil<br />
monitoramento), onde um controle inadequado poderá resultar em um impacto negativo e<br />
inesperado <strong>para</strong> o meio ambiente (LACERDA et al., 1997).<br />
As emissões naturais de <strong>mercúrio</strong> originam-se a partir de solos e vegetação,<br />
queimadas naturais de florestas, superfície de águas naturais e fontes geológicas como<br />
atividades vulcânicas e terremotos (OLIVARES, 2003).<br />
Segundo Olivares (2003), as concentrações de <strong>mercúrio</strong> em diferentes fontes naturais<br />
apresentam uma grande variação, no entanto é possível destacar os quatro principais<br />
processos que emitem <strong>mercúrio</strong> <strong>para</strong> atmosfera: a) evaporação de depósitos geológicos<br />
minerais; b) emissões de atividades vulcânicas; c) fotorredução do <strong>mercúrio</strong> bivalente em<br />
águas naturais e d) formação biológica do dimetil<strong>mercúrio</strong>.<br />
A partir de fontes antrópicas, o <strong>mercúrio</strong> pode ser liberado <strong>para</strong> atmosfera como Hgº<br />
(vapor), Hg+², partículas de Hg e Hgº. O <strong>mercúrio</strong> elementar (Hgº) é considerado a espécie<br />
com maior contribuição <strong>para</strong> a emissão antrópica de <strong>mercúrio</strong> atmosférico (LACERDA,<br />
1997).<br />
Apesar do metil<strong>mercúrio</strong>, a mais relevante espécie tóxica do <strong>mercúrio</strong>, não estar<br />
presente na emissão atmosférica, este pode ser produzido através da atividade bacteriológica<br />
sobre o Hg+² (OLIVARES, 2003).